sexta-feira, 30 de julho de 2010

Livros - A menina que não sabia ler


“Em uma distante e escura mansão, onde nada é o que parece, a pequena Florence é negligenciada pelo seu tutor e tio. Guardada como um brinquedo, a menina passa seus dias perambulando pelos corredores e inventando histórias que conta a si mesma, em uma rotina tediosa e desinteressante. Até que um dia Florence encontra a biblioteca proibida da mansão. E passa a devorar os livros em segredo.Mas existem mistérios naquela casa que jamais deveriam ser revelados. Quem eram seus pais? Por que Florence sonha sempre com uma misteriosa mulher ameaçando Giles, seu irmão caçula? O que esconde a Srta. Taylor? E por que o tio a proibiu de ler? Florence precisa reunir todas as pistas possí­veis e encontrar respostas que ajudem a defender seu irmão e preservar sua paixão secreta pelos livros - únicos companheiros e confidentes - antes que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo literário. Ou será que tudo isso não seria somente delí­rios de uma jovem com muita imaginação?”

Vi esse livro pela primeira vez em uma livraria. Não conhecia o autor, John Harding, mas fiquei com vontade de ler. A primeira coisa que merece ser destacada é que, quando isso aconteceu, imaginei uma história completamente diferente. Na verdade foi uma surpresa para mim a forma como a história se desenvolveu. Mas não posso dizer que tenha sido uma surpresa de totalmente boa. Entendam, não é que o livro seja ruim, mas é que a história se perde em determinados momentos.

Gostei bastante do início do livro, que é narrado em primeira pessoa pela personagem Florence, uma menina de 12 anos bastante eloqüente para a sua idade. Mas aos poucos a história vai se tornando confusa e um tanto mirabolante. Não dá para saber o que é realidade e o que não é. O que pode até ter sido a intenção do autor. O problema é que o livro acaba e o leitor continua sem saber o que de fato ocorreu, tendo que tirar as suas próprias conclusões. O autor joga uma série de questionamentos ao longo da história, mas não os responde, o que torna o final um pouco frustrante.

Durante toda a narrativa conhecemos Florence, sabemos do seu amor pelo seu irmão, da sua paixão pela leitura, que ela aprendeu a ler sozinha, que vive em uma decadente mansão do seu tio. Mas a verdade é que terminamos o livro sem de fato saber quem é Florence. Ela é uma menina ingênua, com uma grande imaginação, ou tem um sério desvio comportamental? Ela é a mocinha ou a vilã da história?

Tenho que concordar com a maioria dos comentários que li sobre o livro. Tinha tudo para ser bom, mas acabou se perdendo do final. É verdade que o desfecho da história foge do tradicional. No entanto, um final diferente não significa necessariamente um final bom. O autor perdeu o rumo no desfecho de sua trama...

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