quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Livros - A mulher do viajante no tempo

"Henry sofre de um distúrbio genético raro. De tempos em tempos, seu relógio biológico dá uma guinada para frente ou para trás, e ele se vê viajando no tempo, levado a momentos emocionalmente importantes de sua vida tanto no passado quanto no futuro. Causados por acontecimentos estressantes, os deslocamentos são imprevisíveis e Henry é incapaz de controlá-los. A cada viagem, ele tem uma idade diferente e precisa se readaptar mais uma vez à própria vida. E Clare, para quem o tempo passa normalmente, tem de aprender a conviver com a ausência de Henry e com o caráter inusitado de sua relação." (sinopse retirada do Skoob)

Eu sempre tive vontade de ler esse livro. Não vi o filme, e nem sei se quero ver, pelas críticas que li, que dizem ser bastante inferior à obra literária. Isso porque não quero que nada atrapalhe as lembranças que tenho da inusitada, e ao mesmo tempo linda, história de amor entre Clare e Henry.

Apesar de Henry ser o personagem mais forte do romance, acho que o livro é sobre a vida de Clare (e, considerando o título da obra, creio que a autora compartilha do meu pensamento). Só que a beleza do livro é justamente o fato de que Henry é a vida de Clare. Uma vida que ela passou esperando por ele, seja quando criança, esperando por aquele homem a princípio estranho, que vinha do futuro, e que logo foi conquistando sua confiança e seu amor; seja quando passou a conviver com o Henry do presente, esperando por cada desaparecimento dele mas, principalmente, por cada retorno.

O livro dá uma nova dimensão à idéia do verdadeiro amor, que sobrevive ao tempo e à distância. É claro que não é uma história feita apenas de momentos felizes, mas feitas de momentos marcantes.

O início do livro pode parecer um tanto conturbado, difícil de pegar, de entender. Mas que isso não sirva para desanimar os leitores, porque idas e vindas no tempo são constantes e inevitáveis em toda a história. Mas, a medida que as páginas vão passando, vamos percebendo que tudo faz todo o sentido, e que a ordem cronológica dos fatos é um mero detalhe na vida do casal protagonista.

Não costumo transcrever passagens das obras nos meus comentários, mas essa me chamou a atenção, pois capta a essência da obra:

"Há muito tempo, os homens iam para o mar e as mulheres ficavam na praia a esperá-los, procurando o barquinho no horizonte. Agora espero Henry. Ele some sem querer, sem avisar. Espero-o. Tenho a sensação de que cada minuto de espera é um ano, uma eternidade. Cada minuto é lento e transparente como vidro. Através de cada minuto, vejo uma fila de infinitos minutos, à espera. Por que ele foi aonde não posso ir atrás?"

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