segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Livros - O morro dos ventos uivantes


Falar sobre “O morro dos ventos uivantes” definitivamente não é uma tarefa fácil. O livro é um clássico e muita gente já disse muita coisa sobre a obra. É um livro denso, uma história pesada, que retrata o amor de uma forma que foge do convencional e do tradicional final feliz.

Catherine Earnshaw e Heathcliff são os protagonistas dessa história de amor, violenta e bastante possessiva, que acaba gerando o ódio entre duas famílias vizinhas. Isso porque, a jovem Catherine de repente se vê dividida entre Heathcliff, um jovem sem passado e sem família que foi morar na mesma casa (que dá nome ao livro) ainda criança, e o belo e rico Edgar Linton, seu vizinho. Ela acaba se casando com Linton. Com o coração partido, Heathcliff foge, retornando apenas anos depois, bastante mudado e com um sentimento de vingança reinante em seu coração (se é que ele tem um).

Como parte do seu plano de vingança, Heathcliff acaba se casando com a cunhada de Catherine, Isabella, e se torna dono da casa que dá nome à história. Catherine dá à luz a sua filha com Edgar, também chamada Catherine, e morre logo em seguida. O plano de vingança de Heathcliff não lhe traz a paz que almejava, e a morte de Catherine transforma-o em um ser humano amargo e sem coração. E durante anos, ele vive atormentado pelo fantasma de Catherine.

Apesar de ser uma história de amor, esse é o sentimento que os personagens menos vivenciam nas páginas da obra. Não o amor puro, feliz, como deve ser. O amor dos personagens centrais é mascarado por sentimentos negativos, como ódio, vingança, amargura e frieza. O personagem de Heathcliff é, sem dúvida, um dos mais odiados e incompreendidos de todos os tempos.

Mas mesmo assim é um livro muito bom. Uma história envolvente, que prende e encanta desde a primeira página. A leitura não se torna enfadonha em momento algum. Cada página traz um novo detalhe que torna o livro único, em toda a sua profundidade e densidade.

Gostei bastante e, definitivamente, recomendo.

P.S. Eu sempre tive vontade de ler esse livro. E a leitura nada teve a ver com uma certa saga de vampiros bonzinhos que também li recentemente. Apesar de ter gostado do jovem casal Edward e Bella, e de aparentemente esse ser o livro favorito deles, ele já estava na minha lista de “livros a ler” há muito tempo.

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