domingo, 31 de outubro de 2010

Foto da semana


Fuçando mais fotos aqui no meu computador, encontrei esta que achei legal. Esta flor metálica fica na Plaza de las Naciones Unidas, em Buenos Aires. A flor tem um mecanismo que abre e fecha as suas pétalas, dependendo do horário e das condições climáticas. A foto foi tirada em dezembro de 2009.

Livros - Olhai os lírios do campo


"Eugênio Pontes, moço de origem humilde, a custo se forma médico e, graças a um casamento por interesse, ingressa na elite da sociedade. Nesse percurso, porém, é obrigado a virar as costas para a família, deixar de lado antigos ideais humanitários e abandonar a mulher que realmente ama. Sensível, comovente, 'Olhai os Lírios do Campo' é um convite à reflexão sobre os valores autênticos da vida." (Sinopse retirada do Skoob)

Erico Veríssimo criou um personagem cativante. Complexo, porém bastante cativante. Um homem que vive em uma constante infelicidade, fruto de um grande complexo de inferioridade, ocasionado por uma infância pobre e sofrida. Para fugir desse complexo de inferioridade, ele acaba se casando com uma moça rica, Eunice. Entretanto, Eugênio sempre foi apaixonado por Olívia, sua colega na faculdade de medicina, com quem tem uma filha, mas não sabe. Mas, ainda em decorrência do mencionado complexo de inferioridade, Eugênio também não se sente capaz de exercer a sua profissão, considerando-se indigno dela.

Passados alguns anos, Olívia, que tinha ido embora, retorna, e Eugênio finalmente conhece a filha. Ele volta a viver com Olívia, e quando decide se separar de Eunice, sua amada morre. O médico leva adiante seus planos de separação e passa a viver com a filha. É quando se dá a grande transformação em sua vida.

Eugênio passa a reconsiderar seus valores, deixando de dar valor às coisas materiais e ao dinheiro, e passa a dedicar-se de corpo e alma à medicina.

Um livro de uma leitura simples, que flui bem, mas ao mesmo tempo com uma história bastante complexa, que passeia entre os mais variados sentimentos humanos. Trata-se de uma verdadeira lição de vida, onde vemos na transformação ocorrida no personagem o que realmente importa na vida. O autor nos ensina, através dos sentimentos do protagonista, a quais princípios e valores devemos realmente nos apegar. Ao final da leitura, é impossível não fazer grandes reflexões acerca da vida...

sábado, 30 de outubro de 2010

100 coisas para fazer antes de morrer

Sei que existe um livro com esse título. Procurei para baixá-lo na net, já que é o tipo de livro que eu não gasto meu suado dinheirinho comprando. Não achei. Mas encontrei uma lista de 100 coisas para fazer antes de morrer. Não sei se é a mesma lista do livro, mas achei interessante e resolvi postá-la aqui, e contar quantas das coisas listadas eu já fiz... Vamos lá:

01. Salvar a vida de alguém
02. Nadar com golfinhos selvagens (não sei se eram selvagens, mas já nadei com golfinhos na praia de Pipa, paraíso que fica há menos de uma hora aqui de Natal, onde moro. Será que vale?)
03. Subir uma montanha
04. Fazer um test drive num ferrari
05. Estar dentro da grande pirâmide
06. Pegar numa tarântula
07. Tomar um banho à luz de velas com alguém
08. Dizer "eu te amo" e senti-lo (bem, eu certamente já disse, sentindo, mais de uma vez e para mais de uma pessoa...)
09. Abraçar uma árvore (Não lembro exatamente quando, mas tenho certeza que já abracei uma árvore em algum momento da minha vida)
10. Bungee jumped
11. Visitar Paris (janeiro de 1995. Faz tempo, mas mesmo assim conta... Pretendo voltar, naturalmente!!)
12. Observar uma tempestade em alto mar
13. Ficar acordado a noite inteira e ver o nascer do sol (graças à minha insônia, faço isso constantemente... heheheh)
14. Escrever a tua própria linguagem no computador
15. Ser eleito para um cargo público
16. Matar e preparar um animal para come-lo
17. Cultivar e comer os teus próprios vegetais
18. Tocar um iceberg
19. Dormir sob as estrelas
20. Mudar a fralda de uma criança (já troquei fraldas das minhas duas sobrinhas... filhos, ainda não!!)
21. Fazer um passeio num balão de ar quente
22. Ver uma chuva de meteoros
23. Vender uma peça artística feita por ti a alguém que não te conhece
24. Dar mais do que se pode por caridade
25. Olhar para o céu noturno por um telescópio
26. Ter um ataque de riso na pior altura possível (também não sei qual foi o pior deles, mas já tive város ataques de riso...)
27. Fazer uma luta de comida
28. Seleccionar um autor importante que não trabalhou na escola e lê-lo (como boa leitora que sou, faço isso constantemente...)
29. Convidar um estranho para sair
30. Fazer uma batalha de bolas de neve ( a última foi em Farellones, no Chile, em setembro de 2008)
31. Gritar tão alto quanto se possa (na época do colégio, eu tinha um grito especial que era igual a uma sirene... ehehehhe)
32. Pegar num cordeiro
33. Ver um eclipse total
34. Andar de montanha russa (já andei em várias, na Disney)
35. Comer tomates fritos
36. Dançar como um louco e não te preocupares com quem está a ver (algumas vezes também...)
37. Falar com sotaque por um dia inteiro
38. Estar mesmo feliz com a tua vida, mesmo que só por um momento (quem nunca teve um momento de felicidade, ainda não descobriu o verdadeiro prazer da vida...)
39. Ter dois hard drives para o computador (Serve ter dois computadores? Porque eu tenho)
40. Conhecer o teu país
41. Fazer de uma barata um animal de estimação
42. Ter amigos fantásticos (Tenho sim...)
43. Dançar com um estranho num país estrangeiro
44. Ver baleias selvagens
45. Roubar uma placa/sinal de trânsito (Eu roubei uma placa de um carro, será que vale?)
46. Andar de mochila às costas pela Europa
45. Fazer parapente
48. Fazer escalada
49. Fazer um passeio noite dentro pela praia
50. Fazer paraquedismo
51. Visitar a Islândia
52. Ficar de coração partido mais tempo do que se esteve realmente apaixonado (clássica...)
53. Sentar-te na mesa de um estranho num restaurante e comer com ele
54. Visitar o Japão
55. Mudar a opinião de alguém sobre alguma coisa em que acreditas profundamente
56. Ordenar os seus CD’s alfabeticamente (Serve DVD's? Pois os meus estão sempre organizados assim)
57. Fingir que é um super-heroi (quando criança eu fazia isso direto...)
58. Cantar karaoke (já cantei algumas vezes... mal, mas cantei)
59. Preguiçar na cama o dia todo (vários e vários dias preguiçando na cama... aliás, ontem foi um deles...)
60. Fazer uma festa surpresa para alguém
61. Fazer mergulho
62. Dar um beijo na chuva
63. Brincar na lama (Acredito que brinquei na lama quando era criança)
64. Brincar na chuva (Com certeza brinquei na chuva quando era criança)
65. Ir a um cinema drive-in
66. Visitar a grande muralha da China
67. Começar um negócio (bem, a advocacia não deixa de ser um negócio...)
68. Apaixonar-se e não ficar de coração partido
69. Visitar locais ancestrais
70. Fazer uma arte marcial (fiz judô no colégio, quando era criança. Até hoje sei alguns golpes...)
71. Jogar um jogo mais de 6 horas seguidas (Banco imobiliário, é claro!! Adoro)
72. Casar
73. Ter a tua fotografia nos jornais (fiz algumas campanhas publicitárias na adolescência... Também já sai algumas vezes em colunas sociais, apesar de eu não gostar nem um pouco...)
74. Ser penetra numa festa
75. Ficar sem comer 5 dias
76. Fazer biscoitos desde o começo
77. Rapar a cabeça
78. Ganhar o primeiro lugar num concurso
79. Andar de gôndola em Veneza
80. Ser um DJ
81. Fazer canoagem
82. Estar num programa de televisão como especialista
83. Receber flores sem razão
84. Representar num palco (já participei de espetáculos de ballet, será que conta?)
85. Dormir mais de 24 horas seguidas (Consigo fácil, fácil. E sem precisar tomar nenhum remédio para dormir...)
86. Andar a cavalo (Várias vezes... Adoro!)
87. Fazer um safari fotográfico em Africa
88. Fazer um passeio de canoa que dure mais do que 2 dias
89. Ir à Tailândia
90. Comprar uma casa
91. Estar numa zona de guerra
92. Sepultar um dos seus pais
93. Fazer um cruzeiro
94. Falar mais do que uma língua fluentemente (desde os 15 anos, mais ou menos...)
95. Alguém confiar a si um segredo que não contou nunca (Essa difícil, porque a qualquer momento eu posso contar o segredo... heheheh. Mas os que me foram confiados estão bem guardados...)
96. Educar uma criança
97. Acompanhar o tour da tua banda favorita
98. Criar e nomear as tuas próprias constelações de estrelas
99. Fazer um passeio exótico de bicicleta num país estrangeiro
100. Mudar de cidade simplesmente para começar de novo (Mudança de Natal para Brasília, em 2001. Eu acabei voltando para Natal, mas passei 6 anos na Capital Federal...)

Bem, fiz 33 das coisas enumeradas na lista. Sei que jamais farei as 100, pois não há a menor possibilidade de eu pegar em uma tarântula, matar e preparar um animal para comê-lo (a parte do preparar é fácil, mas matar, tô fora!!!) e muito menos ter uma barata como animal de estimação (eu não consigo sequer ficar no mesmo cômodo que uma barata, tenho verdadeiro pavor!!!!).

Mas, de qualquer forma, achei a lista divertida e interessante...

Seriados - Desperate Housewives - 5ª e 6ª temporadas


Depois de rever as quatro primeiras temporadas da série (post dia 14/10), assisti finalmente à quinta e a sexta temporadas. Sei que a sétima está em andamento, mas só vou ver quando acabar... Como eu já disse em outras oportunidades aqui no blog, não tenho paciência de ficar esperando um novo episódio toda semana, prefiro esperar acabar e ver tudo de uma vez (sou uma pessoa extremamente ansiosa e curiosa... hehehe)

Muitas coisas aconteceram nessas temporadas mencionadas. Como eu disse no finalzinho do outro post sobre a série, houve um salto temporal de 5 anos e as coisas estavam bem diferentes: Susan e Mike divorciados, e ela namorando um pintor totalmente apático e sem carisma algum; Bree uma empresária de sucesso; Gabrielle sem o seu glamour de sempre e mãe de duas filhas; e Lynette com os filhos crescidos e dando cada vez mais trabalho...

(A partir desse ponto, o texto contém vários spoilers)

Muitas coisas me surpreenderam nessas duas temporadas. A principal delas foi, sem dúvida, a morte e Edie. Eu realmente não esperava e, sinceramente, não gostei muito. Eu adorava a personagem, com seu jeito todo peculiar de ser... Tudo bem que aquele marido dela era totalmente maluco, mas ela não precisava morrer. Não sei se foi a atriz que pediu pra sair, ou se houve alguma briga entre o elenco, sinceramente, eu não acompanho fofocas de celebridades, mas acho que a série perdeu com a morte da personagem...

Também não gostei da morte de Karl. Eu estava simplesmente adorando ele e Bree juntos. Acho que ficar com um cara cafajeste como ele fez um grande bem à personagem, que perdeu um pouco daquele seu lado "não me toque". E, finalmente, quando eles estavam prontos para assumir o romance, a morte dele, deixando a ruiva com o mala do Orson, ainda mais paralítico...

Também achei meio estranho o filho de Rex que apareceu na sexta temporada, querendo tomar tudo de Bree. Acho que ela cedeu muito facilmente à chantagem dele.

Mas enfim, apesar de não ter gostado de algumas coisas que ocorreram ao longo das duas temporadas, eu não consigo não gostar de Desperate Housewives. A série já mora no meu coração e espero que não acabe nem tão cedo...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Livros - Assassinato no campo de golfe


Mais um clássico de Agatha Christie. Mais uma obra da autora cheia de mistério, suspense, reviravoltas e, é claro, assassinato. Mais um caso para o incrível Hercule Poirot que, além de ter que desvendar o misterioso assassinato, tem que enfrentar também o detetive Giraud, que questiona os seus métodos de investigação e tenta desacreditá-lo, julgando ultrapassado.

O que eu achei mais interessante nesse livro foi o desfecho, pois quando tudo leva a crer que o crime está esclarecido e o mistério solucionado, há uma grande reviravolta nos fatos e a história toma um rumo completamente novo. Li alguns comentários de pessoas que não acharam o final crível, convincente, mas eu, particularmente, gostei bastante.

De qualquer forma, à exceção de alguns poucos títulos, ler Agatha Christie é sempre uma experiência gratificante. Ler (ou reler) todos os livros da autora faz parte da minha lista de 101 coisas para fazer em 1001 dias. É um item que, definitivamente, tem me proporcionado horas bastante agradáveis, de puro entretenimento.

Mais um meme a caminho...

Mais um meme de 30 dias para o mês de novembro... E dessa vez, sobre livros (adoro)!!! A idéia foi da Tábata - Happy Batatinha (happybatatinha.com.br). E eu, é claro, quero participar. Eis os temas de cada dia:

Dia 01 – um livro que te surpreendeu completamente: pode ser tanto positivamente ou negativamente. Ou ambos. Vai de vocês. :)
Dia 02 – um livro que te fez chorar
Dia 03 – o melhor livro que você leu nos últimos 12 meses
Dia 04 – um livro que você leu mais de uma vez
Dia 05 – o primeiro livro que você lembra de ter lido
Dia 06 – capa de livro favorita
Dia 07 – um livro que achou difícil de ler:
o difícil pode ser tecnicamente (ortografia, estilo) ou emocionalmente.
Dia 08 – um livro que todos deveriam ler pelo menos uma vez
Dia 09 – a melhor cena que você já leu: assim como nos filmes, sempre tem uma cena literária que fica marcada na nossa memória.
Dia 10 – um livro que você não terminou de ler: não esqueça de explicar o motivo do abandono.
Dia 11 – seu tipo de livro favorito: Romance? Suspense? Aventura? Ficção?
Dia 12 – um livro que te faz lembrar alguém
Dia 13 – um livro que você gostaria que virasse filme
Dia 14 – personagem de livro favorita: pode ser homem ou mulher.
Dia 15 – um livro que te conforta: aquele que você gosta de ler quando está triste, jururu, beiçuda com o mundo. O livro-chocolate da sua vida.
Dia 16 – um livro que você gostou e que virou filme
Dia 17 – uma personagem de livro que você gostaria de chamar de seu:para namorar, casar, amassar, ter um love ou coisa do tipo.
Dia 18 – um início de livro que você gosta
Dia 19 – um livro que mudou a tua cabeça sobre um determinado assunto
Dia 20 – um final de livro surpreendente: como no dia 01, pode ser tanto positivamente ou negativamente. Ou ambos. E cuidado com os spoilers!
Dia 21 – um livro guilty pleasure
Dia 22 – casal literário favorito
Dia 23 – uma personagem irritante:
pode ser homem ou mulher.
Dia 24 – uma citação de livro que você gosta
Dia 25 – 5 livros que estão na tua pilha de “vou ler”
Dia 26 – um livro que você gostaria de ter escrito
Dia 27 – se um livro tem ___, você sempre lê:
não deixe de mencionar um livro que tenha o seu item indispensável.
Dia 28 – um livro que você gostaria de ler mas que por algum motivo nunca leu
Dia 29 – um escritor que você adora e um que você detesta

Dia 30 – qual(is) livro(s) você está lendo agora?

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Tédio

As tardes no meu trabalho tem sido cada vez mais entediantes... O desânimo é total, e como todo mundo sabe que meio que está com os dias contados (mudança de governo em janeiro), ninguém tem mais vontade de fazer nada... Até fuçar as coisas na net perde a graça depois de um tempo.
Eu até trouxe coisa pessoal para fazer hoje. Estou terminando de ler um livro para fazer um trabalho da pós-graduação, mas o tédio parece que é contagioso, e eu não consegui ler mais do que três páginas desde que cheguei. E ainda não são nem três horas da tarde...
Pelo menos tenho mais duas horas para tentar ler um pouco mais... Será que tem algum joguinho bom aqui no computador? Como boa brasileira que sou, termino o trabalho amanhã... O prazo é sexta feira, de qualquer forma...
Ai, ai, ai... O tempo nao passa...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Desafio Literário 2011 - minha lista

Relutei um pouco em participar do Desafio Literário 2011, pois não havia gostado dos temas de alguns meses. Mas eu sabia que não ia acabar resistindo e acabei elaborando a minha lista, com dois livros para cada mês. Eis os temas e os livros que eu escolhi:

Janeiro - Literatura Infanto-Juvenil
No mês das férias, vamos nos divertir com a criançada e aproveitar o tempo junto da família com muita leitura! Que tal escolher algumas obras destinadas às crianças e aos adolescentes para o Desafio Literário 2011? No site da Revista Crescer há uma variedade de sugestões, considerando as faixas etárias de 1 a 10 anos.

Não tive dificuldades em escolher os livros para o mês de janeiro. Dois títulos que eu sempre quis ler, mas sempre adiei. Na verdade, o livro dois eu até comecei a ler, mas acabei deixando de lado, não porque eu não estivesse gostando, mas por falta de tempo mesmo. São eles:

Livro 1 - A fantástica fábrica de chocolate, de Roald Dahl
Livro 2 - As crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis

Fevereiro - Biografia e/ou memórias
A biografia é um gênero literário por meio do qual se narra a história de vida de uma pessoa após sua morte. Na atualidade, este gênero está passando por mudanças, tendo em vista que as pessoas têm escrito suas próprias memórias. Que tal ler aquela biografia e/ou livro de memórias de nosso ídolo?

Aqui também não tive problema em escolher o primeiro livro, pois eu adquiri um exemplar recentemente da obra, e agora já tenho a oportunidade perfeita para lê-lo. Também o segundo livro, eu sempre quis ler, mas senpre adiei... São eles:

Livro 1 - Uma mente brilhante, de Sylvia Nasar
Livro 2 - O diário de Anne Frank, de Anne Frank

Março - Romance épico
O gênero épico é uma das mais antigas manifestações literárias. O enredo caracteriza-se por ressaltar os feitos dos heróis ou as aventuras de um povo. Neste mês, vamos desengavetar aqueles romances épicos que compramos por impulso e acabaram no esquecimento!

Esse na verdade foi um dos dois meses mais fáceis de escolher. Os livros que escolhi são continuações, duas parte de uma trilogia, As crônicas de Artur. Na verdade, eu vou me esforçar ao máximo para conseguir ler os três livros no mês de março, apesar de só os dois primeiros fazerem parte do Desafio Literário. São eles:

Livro 1 - O rei do inverno, de Bernard Cornwell
Livro 2 - O inimigo de Deus, de Bernard Cornwell

Abril - Ficção científica
As obras de ficção-científica são aquelas que retratam, de modo real ou imaginário, o impacto da ciência e da tecnologia sobre a vida das pessoas, em particular, e da sociedade, em geral. No Brasil, este gênero literário não é muito popular, por isso, neste mês, que tal experimentar o gosto pelo tema?

Esse foi o outro dos dois meses mais fáceis de escolher. Sem problemas algum. Um tema, aliás, que eu gosto bastante. Acabei escolhendo:

Livro 1 - Contato, de Carl Sagan
Livro 2 - Eu, robô, de Isaac Asimov

Maio - Livro-reportagem
O casamento da literatura com o jornalismo tornou o livro-reportagem um gênero literário. Com isso, os autores, que são jornalistas profissionais, têm uma alternativa para publicar seus textos, quando estes não podem ser veiculados em jornais e revistas devido ao extenso conteúdo. Vamos eleger nosso jornalista preferido?

A escolha do primeiro livro foi bastante fácil, mas o segundo eu fiquei meio que sem saber o que escolher. Foi quando eu me dei conta que havia um livro desse gênero que já estava separado para eu ler (inclusive, já estava listado no meu Skoob como "lendo"). Corri para tirá-lo de lá, adiando um pouco mais a leitura. Os escolhidos foram:

Livro 1 - Caixa-preta, de Ivan Sant'Anna
Livro 2 - O livreiro de Cabul, de Asne Seierstad

Junho - Peças teatrais
Oba! As férias estão chegando, vamos ao teatro? De gênero dramático, as peças teatrais contemplam obras cujo enredo é baseado nos diálogos entre os personagens, os quais devem ser encenados pelos atores de acordo com o roteiro proposto pelo dramaturgo e direcionado pelo diretor.

Esse foi um dos temas que confesso que não gostei muito, a princípio. Mas, como se trata de um desafio, se tivesse só coisa que eu gostasse seria muito fácil. não é? Ainda não sei como vou conseguir os livros, mas depois eu procuro na net, ainda tem bastante tempo. Acabei escolhendo, meio que por acaso, e usando a lista de sugestões do próprio desafio, os seguintes títulos:

Livro 1 - Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri
Livro 2 - Liberdade, Liberdade, de Flávio Rangel e Millor Fernandes

Julho - Novos autores
Neste mês, a proposta é: incentivar a leitura de obras de autores nacionais, que ainda estão no anonimato, e divulgar o que há de melhor na literatura contemporânea. No Blog Desafio Nacional, vocês encontram uma relação de diversos novos autores.

O primeiro livro foi fácil, mas para a escolha do segundo, acabei recorrendo, mais uma vez, à lista de sugestões do próprio desafio. E os escolhidos foram:

Livro 1 - A batalha do apocalipse, de Eduardo Spohr
Livro 2 - Vítimas do silêncio, de Janethe Fontes

Agosto - Clássico da literatura brasileira
Se durante a vida estudantil, muitos de nós “fugimos” dos clássicos da literatura brasileira por considerá-los chatos, agora é hora do desbloqueio literário. Neste mês, vamos nos dedicar aos autores nacionais, cujas obras definiram os movimentos literários do país a partir do século 19.

Para esse mês, escolhi dois clássicos dos clássicos. Como já disse em várias ocasiões, eu sempre gostei de ler, mas nunca tive paciência para ler esses clássicos da nossa literatura. Na época do colégio, eu lia os resumos e acabava gastando minhas horas livres lendo Agatha Christie e John Grisham... Mas vou ler, na íntegra, finalmente:

Livro 1 - Vidas secas, de Graciliano Ramos
Livro 2 - Dom Casmurro, de Machado de Assis

Setembro - Autores regionais
Vamos descobrir os talentos literários escondidos nos recantos deste imenso país? Neste mês, então, devemos ler obras de autores que são reconhecidos apenas no lugar onde nós vivemos. Está valendo autores do nosso município, da nossa região ou do nosso Estado. Este mês promete revelações literárias!

Aqui, acabei escolhendo o mais renomado escritor norte rio-grandense de todos os tempos. O outro autor, escolhi ao acaso, pela lista de autores do site do próprio desafio. Os livros para o mês de setembro são:

Livro 1 - Lendas brasileiras, de Luís da Câmara Cascudo
Livro 2 - Dias estranhos, de Rodrigo Levino

Outubro - Nobel de literatura
O Prêmio Nobel de Literatura é concedido desde 1901 aos autores, cujas obras se distinguem pela ideologia que carregam em seu conteúdo. Mas, pouco se conhece sobre quem são os premiados e muito menos quais obras eles escreveram. Que tal pesquisar, ler e resenhar obras de autores premiados com o Nobel?

Sem problemas para o mês de outubro. Acabei escolhendo autores que já li antes. Eis os títulos:

Livro 1 - Crônica de uma morte anunciada, de Gabriel García Marquéz
Livro 2 - Paris é uma festa, de Ernest Hemingway

Novembro - Contos
O ano está acabando e, como sempre, é tão atarefado, não é mesmo? Então, vamos relaxar um pouco com a leitura de obras que contenham contos. Numa breve descrição, os contos são pequenas narrativas, reais ou imaginárias, da vida cotidiana que impressionam o leitor com desfechos surpreendentes.

Bem, tem uma coletânea de contos de mistério que eu sempre quis ler. Excelente oportunidade. Mas acabei deixando esse como livro 2. Para o primeiro livro, um autor que eu adoro:

Livro 1 - Contos, de Oscar Wilde
Livro 2 - Os 100 melhores contos de crime e mistério da literatura universal, de Flávio Moreira da Costa (Organizador)

Dezembro - Lançamentos do ano
Para encerrar o ano com “chave de ouro”, devemos ler aquele livro que “bombou” em 2011 em todos os meios de comunicação e redes sociais. Quais serão as surpresas do mercado editorial? Que tal a leitura daquele livro que ganhamos em datas comemorativas e não o lemos porque a pilha não parou de crescer?

Bem, aqui não há o que fazer, apenas aguardar para ver o que vai ser sucesso no ano que vem... E que venha 2011!!

Livro 1 - Surpresa
Livro 2 - Surpresa

domingo, 24 de outubro de 2010

Livros - O caçador de pipas


Essa deve ter sido bem a quinta ou sexta vez que li esse livro (fora as vezes que vi o filme). Mas é o tipo da obra que sempre que eu leio consegue despertar os mais variados sentimentos em mim. A história sempre me comoveu bastante, por tratar de sentimentos belos entre as pessoas, como amizade, lealdade, redenção, arrependimento. Mas também por trazer um tema central bastante humilhante e dificilmente retratado de forma tão humana quanto nas páginas da obra de estréia de Khaled Hosseini: a covardia. A covardia de um menino que se transforma em seu maior arrependimento e o consome por toda a sua vida, até que ele busca a sua redenção na figura de um outro menino.

Acho que a essa altura a obra dispensa sinopse, pois quem não a leu ao menos viu o filme. Mas aqueles que, porventura, não a conhecem, procurem conhecê-la, preferencialmente lendo o livro. Garanto que, apesar de a história ser bastante triste, vocês também experimentarão vários sentimentos ao longo da leitura, e terminarão o livro encantados com a história...

sábado, 23 de outubro de 2010

Foto da semana


Hoje andei relembrando o tempo que morei em Brasília, vendo algumas fotos antigas. No meio das quais encontrei esta, da "terceira ponte", como é conhecida por lá. Deixando de lado política, superfaturamento e robalheira, não há como negar que é uma obra arquitetônica fantástica. Juntando então com esse céu bem típico de Brasília, dá uma bela imagem.

Confesso que mexi um pouco na foto no photoshop, mas apenas para tirar um pouco de chão, que estava demais.


Facetas


Tem uma frase do livro “a droga da obediência”, de Pedro Bandeira, da qual eu sempre gostei, desde a primeira vez que li as aventuras do grupo de amigos de que se autointitulam “os karas” (já comentei a série de livros aqui no blog, no mês de setembro). A frase é dita pelo Dr. QI, em mais de uma passagem, e é a seguinte : “A verdade tem várias facetas”.

Assim como a verdade, acho que cada um de nós temos várias facetas. Eu sei que eu tenho. Tenho a minha faceta nerd, que adora montar quebra-cabeças, que lê três livros ao mesmo tempo, que gosta de escrever, de estudar; que adora ficar em casa, assistir seriados, é cinéfila. Tenho a minha faceta patricinha, que adora fazer compras, andar na moda, ir ao salão de beleza. Tenho também a minha faceta advogada e profissional, que busca a solução de um problema tão logo ele ocorre, que defende o direito de trabalhadores, de consumidores, das minorias, que defende o meio ambiente e as águas. Tenho a minha faceta dona de casa, que gosta de tudo organizado, que adora receber os amigos, cozinhar para eles. Tenho a minha faceta mulher, que gosta de tratar bem o homem amado e ser bem tratada por ele, que gosta de se surpreendida, mimada, e porque não, de surpreender e de mimar. Tenho a minha faceta baladeira, que adora sair com uma turma de amigos, beber, dançar, se divertir, viajar... E tenho outras facetas também, que não merecem ou não devem ser destacadas.

Acho que o ideal na vida é saber administrar essas várias facetas que cada um temos, é fazer com que todas elas vivam em harmonia, formando assim o todo que molda nossa personalidade, nosso caráter, que nos diz quem nós somos.

Só que de uns tempos pra cá eu tenho negligenciado algumas dessas facetas, enquanto outras se destacam mais. E a verdade é que não estou satisfeita com o resultado. Sinto que vem havendo um desequilíbrio, e com esse desequilíbrio, venho perdendo um pouco da minha identidade, me transformando em uma pessoa que eu náo sei se é quem de fato sou...

Talvez seja apenas uma decorrência normal das transformações que venho passando na minha vida, ou talvez seja o meu verdadeiro eu se revelando em detrimento de um antigo que eu achava ser de fato quem eu era... Não sei. Só sei que algumas das minhas escolhas e decisões tem me assutado um pouco e que, mesmo que haja um novo eu despertando dentro de mim, não posso e não quero deixar que o antigo caia totalmente no esquecimento. Preciso reencontrar o meu equilíbrio...

Inspiração... Será que ela voltou?

Parece que eu e minha inspiração estamos fazendo as pazes... não é nada excepcional ainda, ainda um pequeno rascunho, sem correções, sem maiores análises, simplesmente do jeito que veio... algumas doses de whisky, uma frustração e eis o resultado:



Fim de festa. Noite fria. Solidão. Reduzo o passo para não chegar logo em casa. Nada me espera além de uma cama vazia e da conversa silenciosa de quatro paredes. Pequenas risadas atrás de mim. Disfarço. Pelo canto do olho, vejo alguém falar ao telefone. Numa indiscrição sem medida, presto atenção à conversa. “Você estava linda. Não está tão tarde assim. Só um chocolate quente e te deixo em casa, prometo. 10 minutos, ta bom? Mais do que isso a saudade me mata. Também te amo. Beijo...”

Duas lágrimas. Uma dose de whisky. Zombei da minha própria carência. Pensei em ligar para alguém. Não há ninguém. Lembrei dele, talvez por hábito. Mas ele também se foi. Para onde? Em busca de si mesmo. Fica longe? Noutro mundo. Posso ir junto? Não há espaço. Mas aqui há tanto espaço sobrando, sinto-me perdida. Ocupe-o com seus sonhos. Ele levou meus sonhos. Precisa de novos sonhos. Ele roubou meu sono e ainda por cima o meu coração. Você tem que parar de ter pena de si mesma. Mas eu não tenho pena de mim. De quem, então? Dele... por ter levado tão pouco. Pouco? Esqueceu o mais importante comigo. O que? Ele mesmo.

Minha consciência por uns segundos se calou e então algo surpreendente me ocorreu. Em busca de si mesmo. Isso quer dizer que... Ele vai voltar.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Marcadores de livros

Passeando pelo blog da Happy Batatinha (happybatatinha.com.br), vi a sessão de marcadores de livros que ela publica semanalmente. Nessa semana, ela ensinou como fazer marcadores usando páginas de histórias em quadrinhos. No blog dela tem todo o passo a passo de como fazê-los. Resolvi fazer alguns para mim só que, ao invés de revistas em quadrinhos, resolvi buscar a minha inspiração em uma edição antiga da Vogue (tem mais o meu estilo - hehehe). Eis o resultado:


Sei que alguns não ficaram perfeitos, alguns inclusive ficaram bem tortos, mas me diverti bastante fazendo. Mais algumas fotos:






segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Livros - O clube das chocólatras e A dieta das chocólatras


Em primeiro lugar, quero dizer que os livros de Carole Matthews são deliciosos de ser ler. Ok, considerando que eu sou uma chocólatra assumida, e que adoraria fazer parte desse clube, sei que o trocadilho saiu meio fraco... mas é a mais pura verdade.
Os livros relatam as aventuras de quatro amigas: Lucy, Chantal, Nadia e Autumn. Um relacionamento que começou de forma sutil, o que as uniu foi a paixão pelo chocolate, mas que acabou se transformando em uma amizade sólida e verdadeira. Cada uma delas, ao longo dos dois livros, enfrenta vários problemas. Alguns relacionados a homens (namorados e maridos); alguns relacionados à família; outros relacionados ao trabalho; e outros relacionados a dinheiro.
Mas o que dá força a essas quatro amigas para enfrentar as adversidades da vida, é a certeza de que podem sempre contar uma com as outras, assim como a certeza de que, se as coisas ficarem realmente complicadas, poderão se esbaldar no paraíso do chocolate, local de encontro do quarteto, bastando para tal enviar uma simples mensagem de texto com as palavras EMERGÊNCIA CHOCOLATE.
Os livros são muito divertidos, são leituras leves, que fluem bem. É claro que algumas situações e alguns dos problemas enfrentados pelas protagonistas fogem um pouco do crível, mas mesmo assim, não há como não se divertir ao longo das leituras, não há como não torcer para que os problemas se resolvam e elas sejam felizes e, definitivamente, não há como não ter muita vontade de comer chocolate enquanto lemos as histórias.
Achei o primeiro livro um pouco melhor do que o segundo, mas recomendo ambos.

domingo, 17 de outubro de 2010

Palavras soltas


Durante muito tempo, escrever fez parte da minha vida. Mais do que isso até, era uma parte de mim. As palavras simplesmente fluiam quando os meus dedos se aproximavam do teclado, era algo que eu não podia controlar. Alguns dos meus textos nunca saíram do papel, outros ficaram arquivados apenas na memória de um computador antigo, que o tempo cuidou de destruir. Outros foram publicados em blogs que mantive no passado, que também se perderam e foram apagados pelos servidores onde eram armazenados.

Hoje, por uma razão bem específica, procurei por esses textos, mas não consegui encontrar um único sequer. Os cadernos eu não sei onde foram parar (perdidos ou no lixo em alguma das minhas várias mudanças), os arquivos sumidos... procurei em e-mails antigos, em CDs guardados dentro de caixas e de gavetas, mas não consegui encontrar um único sequer. A frustração foi grande...

Na época em que foram escritas, aquelas palavras significavam muito para mim. Refletiam o que eu pensava, o que eu sentia... e se perderam no tempo e no espaço virtual... assim como também se perdeu a minha inspiração, que há muito tento reencontrar, em vão.

Uma parte de mim também está perdida junto com aqueles arquivos e cadernos. E o pior é que tinham coisas muito boas neles. Tem dois textos específicos que eu queria me lembrar ou encontrar em algum lugar. Mas apenas consigo lembrar do início e do final deles. Dói saber que eu nunca mais vou conseguir reproduzir aquelas palavras, que eu nunca mais vou conseguir juntá-las de forma com que elas façam o mesmo sentido que fizeram na época em que foram escritas...

Quer um bom exemplo de ironia? O nome do blog onde eu publiquei os textos era “Palavras soltas”. E é exatamente isso o que elas são hoje em dia. Palavras soltas na minha mente, pequenos pedaços de um todo que eu jamais irei recuperar...

Mas, pelo menos uma coisa eu tenho esperanças de um dia voltar a encontrar... inspiração para juntar novas palavras e dar a elas um significado único, só meu. Já que eu não tenho como recuperar o passado, ao menos que eu possa voltar a escrever no futuro...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Seriados - Desperate Housewives (1ª a 4ª temporadas)


Para mim é um prazer falar da série Desperate Housewives. Eu simplesmente adoro. Apaixonei-me pela série desde a primeira vez que vi, logo após o lançamento da 1ª temporada em DVD aqui no Brasil. Provavelmente foi em 2005. De lá para cá, venho acompanhando a história das donas de casa. Mas, de uns tempos para cá, deixei a série de lado, e não assisti a 6ª temporada. Antes de assistir, decidi rever toda a série, o que não me arrependo de forma alguma, pois só me trouxe momentos de grande prazer.

Nesse post, vou tratar dos eventos ocorridos nas quatro primeiras temporadas, que já acabei de rever. Mas, ao invés de focar nos eventos em si, vou focar nas personagens e nos seus dramas pessoais. Recomendo àqueles que não conhecem a série e que pretendem assisti-la que não leiam este post, pois muitos fatos serão revelados.

Mary Alice Young é a primeira personagem que merece comentários. Para quem não sabe, a série tem início com o seu suicídio, e um dos mistérios em torno dos quais a primeira temporada gira é justamente a descoberta das razões que levaram a dona de casa a praticar tal ato. Mary Alice é a narradora da série.

Bree Van de Kamp é a minha personagem favorita das 5 protagonistas. Adoro o jeito delicado dela, sua elegância e seu charme. Mesmos nas adversidades, a personagem não deixa os bons modos e a aparência de lado. Ela tem o que, visto de fora, parece ser a família perfeita. Um marido devotado e um casal de filhos. Mas a realidade não é bem assim... Bree enfrenta, ao longo das quatro temporadas, os mais variados problemas: a separação, a morte do marido pelo seu namorado psicopata, a descoberta de que o seu filho é homossexual, que culmina na expulsão dele de casa (por vários outros fatores também, não apenas pelo fato de ele ser gay); alcoolismo; o novo casamento e as suspeitas em torno do marido; as sogras infernais; a gravidez da filha adolescente e sua falsa gravidez... A vida da dona de casa não é fácil, definitivamente. Mas, como eu disse, Bree enfrenta todos esses problemas com uma graça e uma dignidade invejáveis...

Gabrielle Sollis é uma ex-modelo que largou a vida na cidade para se casar com Carlos Sollis e viver no subúrbio. Para as amigas, a vida de Gabrielle é perfeita. Seu marido a idolatra, ela tem tudo do bom e do melhor, ele faz todas as suas vontades... Mas, mais uma vez, basta olhar um pouco para o casal para perceber que as coisas não são como aparentam ser. Gabrielle não é feliz. Segundo ela própria disse em um dos primeiros episódios da série, ela quis todas as coisas erradas na vida. E acabou presa a um marido que não a idolatra, mas idolatra o fato de tê-la, e a exibe como um troféu. Ela busca, então, o afeto que Carlos não lhe dá nos braços do seu jardineiro adolescente, com quem tem um caso. Muita coisa também acontece na vida dessa dona de casa ao longo das quatro temporadas: ela sofre um aborto, se divorcia de Carlos, tenta de todas as formas ter um filho, sem sucesso, casa novamente com um homem que, mais uma vez, a trata como um objeto, fica viúva e termina voltando para Carlos, que fica cego.

Susan Mayer é uma trapalhona. Tudo na sua vida parece dar errado. Ela não sabe cozinhar, é divorciada e vive brigando com o ex-marido. A única coisa perfeita na vida de Susan é sua filha, Julie, o modelo de adolescente perfeita. Assim como as demais donas de casa da série, Susan também teve bons e maus momentos ao longo dessas quatro temporadas. Importante ressaltar que esses momentos, de uma forma ou de outra, sempre acabam envolvendo Mike, seu vizinho por quem ela é apaixonada. Ao longo dos anos, Susan colocou fogo acidentalmente na casa de Edie, viu sua cozinha ser incendiada, depois toda a sua casa; enfrentou o coma de Mike; se apaixonou novamente pelo ex; acabou e reatou seu romance com ele várias vezes; teve que enfrentar a obsessão do filho de Mary Alice por Julie; se apaixonou por Ian, foi pedida em casamento por ele; se perdeu no meio da floresta... e acabou a quarta temporada casada com Mike e mãe de um lindo bebê.

Edie Brit é uma corretora de imóveis e uma verdadeira predadora, quando o assunto são homens. Ao longo das temporadas, ela ficou com quase todos os ex das outras personagens: Karl, o primeiro marido de Susan; Carlos, quando ele e Gabrielle estavam separados; Mike, após ele acordar do coma; e até mesmo Orson, segundo marido de Bree. A loira pode ser definida como uma pessoa ardilosa e, em alguns momentos, até mesmo inescrupulosa, capaz de várias artimanhas para conseguir o que quer, seja vender uma casa ou "pegar" um homem.

Por fim, temos Lynette Scavo, uma publicitária que deixou a carreira de lado ao descobrir que estava grávida e acabou, de alguma forma, mãe de quatro filhos e ainda teve que assumir, temporariamente, uma enteada que a odiava. Lynette é das personagens centrais a que eu menos gosto, o que não quer dizer que eu não gosto dela, mas apenas que eu não concordo com muitas coisas que ela faz, principalmente com a maneira como ela conduz as coisas em sua casa, sendo muitas vezes "o homem da casa" e interferindo diretamente na vida do marido. Tem uma frase dela com relação ao marido que, para mim, retrata bem a principal característica da personagem, quando Tom desiste da publicidade e está em busca do seu sonho. Ela diz mais ou menos assim: "Eu quero que ele realize o sonho dele, desde que o sonho dele seja algo que eu concorde". Lynette é, de todas, a que vive o casamento mais sólido, talvez pelo fato de o marido morrer de medo dela. Mas a vida dela não é fácil, e a mesma também teve sua quota de dificuldades: perdeu o emprego, viu o marido perder o emprego, teve que lidar com os vários problemas dos filhos, abriu uma pizzaria, quase se apaixonou por seu chef, teve câncer...

O fim da quarta temporada representa também uma grande transição na série. Temos um salto temporal de cinco anos nos instantes finais, onde temos uma prévia das grandes mudanças que estão por vir... Gabrielle não é mais a mulher glamorosa que sempre foi e é mãe de duas meninas; Bree se transforma em uma executiva bem sucedida e aceita Orson de volta em sua vida; os problemas de Lynette com os filhos aumentam, à medida que eles crescem; e Susan tem um novo amor, não está mais com Mike...

Nenhuma dessas mulheres tem uma vida fácil. Mas o que torna os problemas delas mais interessantes do que os nossos próprios problemas? Certamente é a certeza que elas tem que, não importa o quão desagradável seja a situação, elas sempre podem contar umas com as outras, mesmo que alguns desentendimentos surjam ao longo do caminho.

Outro fator que torna a série bastante interessante, a meu ver, é que todas essas mulheres possuem características especiais, qualidades que fazem com que queiramos ser parecidas com elas. Mesmo que algumas dessas características não sejam sempre positivas, como a capacidade de manipulação que todas elas tem; o egoísmo de Gabrielle; o jeito "avoado" de Susan; a mania de Lynette de interferir na vida de todos, mesmo assim são características especiais e deliciosas de ver na telinha...

É uma das várias séries que adoro na atualidade, e que eu realmente espero que mantenha a qualidade e permaneça no ar por alguns anos ainda...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Livros - O guardião de memórias


"Com mais de três milhões de exemplares vendidos nos Estados Unidos, O Guardião de Memórias é uma fascinante história sobre vidas paralelas, famílias separadas pelo destino, segredos do passado e o infinito poder do amor verdadeiro. Inverno de 1964. Uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos gêmeos. O menino, primeiro a nascer, é perfeitamente saudável, mas o médico logo reconhece na menina sinais da síndrome de Down. Guiado por um impulso irrefreável e por dolorosas lembranças do passado, Dr. Henry toma uma decisão que mudará para sempre a vida de todos e o assombrará até a morte: ele pede que sua enfermeira, Caroline, entregue a criança para adoção e diz à esposa que a menina não sobreviveu. Tocada pela fragilidade do bebê, Caroline decide sair da cidade e criar Phoebe como sua própria filha. E Norah, a mãe, jamais consegue se recuperar do imenso vazio causado pela ausência da menina. A partir daí, uma intrincada trama de segredos, mentiras e traições se desenrola, abrindo feridas que nem o tempo será capaz de curar. A força deste livro não está apenas em sua construção bem amarrada ou no realismo de seus personagens, mas, principalmente, na sua capacidade de envolver o leitor da primeira à última página. Com uma trama tensa e cheia de surpresas, O Guardião de Memórias vai emocionar e mostrar o profundo - e às vezes irreversível - poder de nossas escolhas." (Sinopse retirada do Skoob)

O livro começa muito bem. De início, somos apresentados a uma família aparentemente perfeita, a espera de seu primeiro filho. Em uma noite de nevasca, Norah entra em trabalho de parto e seu marido, o Dr. David Henry, faz o parto dos filhos gêmeos. O garoto nasce saudável, entretanto, o médico descobre que sua filha é portadora da Síndrome de Down. Em uma atitute desesperada, que visa proteger a esposa, ele pede que a enfermeira leve a garota e a entregue a uma instituição. Só que Caroline não consegue entregar a pequena Phoebe, e decide criá-la como se fosse sua própria filha. Uma decisão que mudou para sempre a vida de todos os envolvidos, até daqueles que não sabiam do ocorrido...

A história é bastante intrigante e poderia ter resultado em uma obra-prima. Afinal, a separação de duas crianças de forma trágica e as consequências dessa separação para os envolvidos, principalmente pelo fato de uma das crianças ser portadora da Síndrome de Down, é um excelente material para uma trama. Entretanto, o maior problema do livro está em sua narrativa.

A autora revisita várias vezes o passado, repete os fatos ocorridos, se apega muito em detalhes, em descrições, o que torna a leitura um tanto cansativa... A história se arrasta, as coisas demoram para acontecer e, quando finalmente aconteceram, confesso que não foram exatamente da forma como eu esperava que ocorressem...

Mas a obra tem sim um aspecto bastante positivo, que é a luta da enfermeira Caroline pelos direitos da sua filha Phoebe, para que ela possa ser incluída na sociedade, juntamente com outras crianças portadoras da síndrome, e que possa levar uma vida normal, dentro, é claro, das suas limitações.

Um livro que poderia ter sido excelente mas que, devido aos excessos da autora, é apenas bom.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Cinema - Tropa de Elite 2

Tropa de Elite 2
Ano: 2010
Gênero: Ação
Direção: José Padilha
Roteiro: Bráulio Mantovani
Elenco: Wagner Moura, André Ramiro, Maria Ribeiro, Milhem Cortaz, Pedro Van Held, Seu Jorge, Irandhir Santos, Tainá Müller, Sandro Rocha, André Mattos, Fabrício Boliveira, Emílio Orciollo Neto, Dudu Nobre.



Durante muito tempo especulou-se sobre o filme Tropa de elite 2. A mídia caiu em cima, questionando se o filme conseguiria ser tão bom quanto o seu predecessor, muita jogada de marketing foi feita em torno da trama, guardada a sete chaves. A espera foi terrível para os fãs, que não viam a hora de ver o Capitão (agora Coronel) Nascimento de volta às telonas. Eu, particularmente, contei os minutos, para não dizer os segundos. Devo dizer que a espera valeu a pena, pois o filme é fantástico , sensacional...

E respondendo àqueles que perguntaram se o filme seria tão bom quanto o primeiro, aqui vai a minha resposta: ele não é apenas tão bom quanto, é muito melhor. A história é muito mais empolgante, muito mais complexa, muito mais envolvente...

O filme já começa com um tapa na cara de muita gente, ao abrir com a seguinte frase: "Apesar de possíveis coincidências com a realidade, este filme é uma obra de ficção." O longa tem início com a cena que foi bastante divulgada do carro do Coronel Nascimento sendo alvejado por vários bandidos, mas os fatos que levaram a esse acontecimento são tão incríveis que são até difíceis de descrever...

Eu não quero adentrar muito na trama, para não estragar as surpresas... Mas apenas em linhas gerais, após uma operação no presídio de Bangu 1, Nascimento é transferido do BOPE e passa a ocupar um cargo dentro da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, onde ele conhece uma nova faceta da sua profissão, e se depara com politicagem (e não política), milícias e muita armação para a ocupação das favelas do Rio de Janeiro.

Nascimento acha que está fazendo algo bom, contribuindo para limpar os morros da cidade e demora para se dar conta de que não passa de um peão no joguete de políticos bandidos e sem escrúpulos. Quando se dá conta do que realmente está ocorrendo, Nascimento tenta consertar as coisas, mas danos demais já foram causados...

O filme é daqueles que faz o espectador ficar tenso do início ao fim, que faz com que ele torça para os mocinhos e queira ver os bandidos se dando mal, que faz com que nem se sinta o tempo passar dentro da sala de projeção... É uma obra-prima (com hífen ou sem hífen? Na dúvida, vou deixar o tracinho inofensivo...). Não me causou nenhum espanto quando a sala lotada aplaudiu o filme ao final da exibição. É uma dura exposição da realidade, de eventos que todos sabemos que ocorrem, e que nos indignam... É um retrato fiel do que ocorre não apenas no Rio de Janeiro, mas em todo o nosso país. Ao mesmo tempo que é feito para nos entreter, o filme nos passa uma mensagem muito clara: enquanto não fizermos nada, nosso país continuará nas mãos de bandidos e políticos como os que nos são brilhantemente apresentados.

O Coronel Nascimento é considerado para alguns um herói, para outros um fascista. Mas a verdade é que ele é um dos poucos que faz algo para tentar mudar a realidade em que vivemos todos. O personagem me lembra em certos aspectos outro que ao longo de oito anos teve a sua moral e a sua forma de conduzir as situações questionada: o inesquecível Jack Bauer. Eu respeito aqueles que não são favoráveis ao personagem, mas tenho que dizer que talvez o nosso país estivesse em uma situação um pouco melhor se existissem mais pessoas como o Coronel Nascimento por aí...

Aqui no blog eu ainda não tinha tido a oportunidade de expressar a minha admiração pelo ator Wagner Moura, coisa que já fiz em outros blogs que tive no passado. Sou fã do ator desde muito antes de ele fazer sucesso nas novelas globais. Admiro o trabalho dele desde o início de sua carreira, quando ele nos brindou com interpretações magníficas em filmes como Abril despedaçado, As três Marias e O caminho das nuvens. Mas, se no primeiro filme ele conseguiu transformar o então Capitão Nascimento em um personagem inesquecível, nesse segundo ele conseguiu se superar, com uma atuação impecável. Para mim, sem querer tirar o mérito dos demais, é o melhor ator brasileiro da atualidade.

Mas não é só ele quem merece destaque pela sua atuação em Tropa de elite 2. Todo o elenco é bastante consistente. Irandhir Santos interpreta o sociólogo Frada, que representa a antítese de tudo o que Nascimento acredita, além de representar também um problema na vida pessoal do Coronel. Brilhante também a interpretação do ator. André Ramiro volta como o policial idealista André Mathias. Mais maduro e melhor do que no primeiro filme, ele é responsável por um dos momentos inesquecíveis (a tortura com o saco). André Mattos vive Fortunato, um apresentador de televisão sensacionalista (qualquer semelhança com Datena é mera coincidência?), que acaba eleito deputado estadual. Sandro Rocha é o Major Rocha, quem controla as milícias nos morros. Milhem Cortaz está de volta como o Capitão Fábio, que ganha mais destaque no segundo filme, Maria Ribeiro é a ex-mulher de Nascimento. Seu Jorge aparece apenas no início do filme, mas rouba a cena na pele do bandido Beirada. E Pedro Van Held interpreta Rafael, o filho de Nascimento, com quem o Coronel tenta manter um relacionamento, apesar de o filho não ser muito favorável às atividades profissionais do pai.

Enfim, o filme, como eu disse, é uma obra-prima, que me deixou muito feliz ao saber que o nosso cinema não deixa em nada a desejar com o de outros países e é capaz de produzir uma obra com tamanha qualidade, mas ao mesmo tempo triste, em saber que grande parte do sucesso do longa se dá pelos fatos que ele mostra que, apesar de serem ficção, em muito se assemelham à realidade de nosso país...

sábado, 2 de outubro de 2010

Livros - Coleção Desventuras em série


A coleção Desventuras em série é uma delícia de se ler. Tem todos os elementos que uma boa literatura juvenil deve ter. É cativante, tem mistérios e aventuras na dose certa. Uma leitura simples (porém não simplória), que flui bem e muito gostosa. Os livros contam as desventuras dos três irmãos Baudelaire após a morte de seus pais, em um incêndio que também destruiu a casa da família. Os três irmãos, cada um com suas características peculiares, são - como já dito - cativantes.

No primeiro volume, Mau começo, eles recebem a notícia que os pais morreram e que ficarão sob a tutela de um parente distante, Conde Olaf. Mas logo eles descobrem que a sua nova vida não será nem um pouco divertida e em nada parecida com a vida que levavam antes, e que o Conde Olaf se tornará o pior de seus pesadelos, haja vista que o vilão quer, a todo custo, roubar a fortuna deixada pelos pais Budelaire para os seus três filhos.

No segundo volume, A sala dos répteis, os irmãos ganham um novo tutor, o Tio Monty. Finalmente as coisas parecem estar dando certo para os irmãos, que podem ver a felicidade novamente em suas vidas. Mas, é claro, que essa felicidade não dura muito tempo. Pois o Conde Olaf está de volta! Nesse volume, os irmãos descobrem que, além de muito mal, Olaf também é um mestre dos disfarces.

No terceiro volume, O lago das sanguessugas, mais uma nova tutora, Tia Josephine, que mora em uma casa à beira de um lago cheio de sanguessugas e tem medo de tudo. Novamente o Conde Olaf aparece, disfarçado, para acabar com a tentativa dos irmãos de recomeçar a sua vida.

No quarto volume, Serraria baixo-astral, os órfãos viverão sob a tutela de um homem conhecido simplesmente por Senhor. E a situação deles piora ainda mais, pois além de não terem uma casa, são obrigados a trabalhar em uma serraria, onde recebem de almoço apenas chicletes.

O quinto volume da série continua trazendo as desventuras do jovem, que dessa vez vão viver em um colégio interno. O nome do livro é Inferno no colégio interno. Com mais um de seus disfarces, o Conde Olaf continua a bolar seus planos mirabolantes para roubar a fortuna dos órfãos. Nesse volume, ele praticamente leva os jovens Budelaire à exaustão. Mas, por pior que as coisas sejam, os órfãos se dão conta de que nem tudo está perdido, pois encontram dois novos amigos, que acabam sendo sequestrados pelo malvado Conde Olaf.

Em O elevador Ersatz os jovens vão morar em um luxuoso apartamento, com o casal Squalor, seus novos tutores. Os órfãos estão preocupados com os seus amigos, que continuam desaparecidos, e tentam bolar um plano para encontrá-los. Mas eles são surpreendidos com a descoberta de que Ésme Squalor, na verdade, é namorada e parceira de maldades do Conde Olaf. Os irmãos encontram seus amigos, mas não conseguem salvá-los. Eles se deparam com mais um grande mistério, talvez o maior de todos: C.S.C. Eles precisam descobrir o que essas letras querer dizer.

No sétimo livro, A cidade sinistra dos corvos, os jovens estão sob a guarda de toda uma cidade. Uma cidade estranha, cheia de regras, habitada por pessoas ainda mais estranhas. Os jovens são obrigados a trabalhar para todos os moradores da cidade, mas encontram um aliado. Eles conseguem resgatar seus amigos das garras de Ésme e Olaf, mas, mais uma vez, eles são obrigados a se separar, e acabam fugindo, sozinhos, abandonados à própria sorte.

O hospital hostil é o oitavo livro da série. Após perambularem sozinhos, os Baudelaire acabam encontrando um grupo de voluntários e se juntam a eles, indo parar em um hospital. Lá, eles acreditam que podem encontrar respostas para o que vem a ser CSC e para o mistério em torno da morte de seus pais. Mas, a cada pergunta respondida, os três encontram mais e mais indagações. Mas de uma coisa os irmãos passam a ter certeza: a maldade do Conde Olaf e o fogo estão intimamente relacionados.

Em O espetáculo carnívoro os três irmãos acabam indo parar em um parque de diversões, onde são obrigados a se disfarçar de aberrações e trabalhar no parque, ao lado do seu maior inimigo, o Conde Olaf. Só que dessa vez os órfãos estão com uma certa vantagem, já que o vilão não sabe que são eles. Os Budelaire aproveitam para tentar descobri mais sobre a misteriosa organização chamada CSC.

A saga dos órfãos chega ao seu décimo volume em O escorregador de gelo. Nesse capítulo, os órfãos descobrem uma das sedes da organização CSC, mas quando conseguem chegar lá, o local foi consumido pelo fogo. Mais algumas perguntas são respondidas, enquanto novas surgem. Mas, mesmo assim, os irmãos sabem que estão cada vez mais perto de desvendar todo o mistério.

No livro onze, A gruta gorgônea, os irmãos vão parar em um submarino de aliados, onde recebem uma missão: encontrar a todo custo o açucareiro desaparecido, enquanto se dirigem para o hotel, o último local seguro. Um fungo perigoso quase tira a vida da pequena Sunny, que consegue escapar. Mas é claro que o Conde Olaf consegue colocar as garras no fungo, que pode ser uma arma letal.

O livro doze, O penúltimo perigo, poderia ser também chamado de "O começo do fim". Os órfãos finalmente esclarecem suas dúvidas com relação a CSC e ao incêndio que matou seu pai. Mas o perigo ainda está próximo, na figura do Conde Olaf, que ainda não desistiu da fortuna dos Budelaire.

Por fim, chegamos ao último livro, O fim. Os órfãos estão em um barco, à deriva, na companhia do Conde Olaf. Por causa de uma tempestade, eles vão parar em uma ilha, aparentemente pacífica. Mas, é claro, que eles descobrem que as coisas não são bem assim e que mistérios rondam os moradores da ilhas, assim como mais respostas e mais informações sobre os seus pais. O final das desventuras dos órfãos se aproxima, de forma bastante inusitada.

Depois dessa pequena descrição dos principais eventos de cada livro, vamos às minas impressões. Em primeiro lugar, quero dizer que gostei bastante do estilo do autor. A linguagem dos livros é muito dinâmica e funciona perfeitamente tanto para o seu público alvo quanto para os grandinhos que desejam se aventurar nas desventuras dos órfãos Budelaire. É claro que existem algumas situações absurdas nos livros, que não devem ser levadas tão a sério.

Outra coisa que adorei no estilo do autor foi o fato de ele se "meter" várias vezes na narrativa, ora aconselhando o leitor a largar os livros e procurar ler alguma coisa com um final feliz, ora explicando palavras difíceis. Também as traduções dos sons indecifráveis emitidos por Sunny são hilárias.

Apenas uma coisa que eu não recomendo a quem deseja ler todos os livros. Não leiam todos de uma vez, como eu fiz. Eu li os 13 livros em 13 dias. Exatamente. E isso fez com que em vários momentos as histórias se tornassem repetitivas e cansativas. Procurem intercalar com outras leituras, tenho certeza de que será mais prazeroso assim.

Mas, eu não me arrependo, e devo dizer que considerei os livros bons, de uma forma geral.