quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Livros - A sombra do vento


Muito envolvente, completamente sedutor. Não há outra forma de descrever A sombra do vento, de Carlos Ruiz Zafón. Eu li o livro com aquela ânsia de devorar cada página, mas ao mesmo tempo com pena de chegar ao final. Ao passo que queria demais o que iria acontecer em seguida, lamentava cada página virada, que significava que eu estava cada vez mais próxima do fim, do desfecho da trama. E que desfecho...

A sinopse, que retirei do Skoob, é bastante extensa, mas vale a pena ser lida:

"A Sombra do Vento é uma narrativa de ritmo eletrizante, escrita em uma prosa ora poética, ora irônica. O enredo mistura gêneros como o romance de aventuras de Alexandre Dumas, a novela gótica de Edgar Allan Poe e os folhetins amorosos de Victor Hugo. Ambientado na Barcelona franquista da primeira metade do século XX, entre os últimos raios de luz do modernismo e as trevas do pós-guerra, o romance de Zafón é uma obra sedutora, comovente e impossível de largar. Além de ser uma grandiosa homenagem ao poder místico dos livros, é um verdadeiro triunfo da arte de contar histórias.
Tudo começa em Barcelona, em 1945. Daniel Sempere está completando 11 anos. Ao ver o filho triste por não conseguir mais se lembrar do rosto da mãe já morta, seu pai lhe dá um presente inesquecível: em uma madrugada fantasmagórica, leva-o a um misterioso lugar no coração do centro histórico da cidade, o Cemitério dos Livros Esquecidos. O lugar, conhecido de poucos barceloneses, é uma biblioteca secreta e labiríntica que funciona como depósito para obras abandonadas pelo mundo, à espera de que alguém as descubra. É lá que Daniel encontra um exemplar de "A Sombra do Vento", do também barcelonês Julián Carax. O livro desperta no jovem e sensível Daniel um enorme fascínio por aquele autor desconhecido e sua obra, que ele descobre ser vasta. Obcecado, Daniel começa então uma busca pelos outros livros de Carax e, para sua surpresa, descobre que alguém vem queimando sistematicamente todos os exemplares de todos os livros que o autor já escreveu. Na verdade, o exemplar que Daniel tem em mãos pode ser o último existente. E ele logo irá entender que, se não descobrir a verdade sobre Julián Carax, ele e aqueles que ama poderão ter um destino terrível."

A primeira coisa pela qual me apaixonei no livro foi pelo Cemitério dos Livros Esquecidos. A descrição do autor do local é fantástica e eu ficava me imaginando no meio daqueles corredores e mais corredores de livros, tendo a ingrata missão de escolher apenas um...

Outro fato que achei bastante interessante é que se trata de um livro cujo personagem central é, de certa forma, um outro livro. Isso porque, mesmo sendo Daniel o protagonista do romance, ele jamais ocorreria sem a presença, no enredo, do livro de Julián Carax.

Os personagens criados por Zafón tem, em linhas gerais, um lado sombrio bastante explorado pelo autor, o que aumenta o clima de mistério ao longo das páginas e torna a trama mais eletrizante e envolvente. AS histórias que se entrelaçam e se confundem também contribui bastante para isso.

Enfim, um livro muito bom, que prende da primeira à última página e que definitivamente merece ser lido e relido.

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