terça-feira, 19 de abril de 2011

Livros - Sex and the city

#10 do desafio 52 semanas, 52 livros


Sex and the city nunca foi um dos meus seriados favoritos, mas eu assisti e gostei bastante. Tenho, inclusive, todas as temporadas em minha coleção de DVD. Quando eu decidi comprar o livro Sex and the city, de Candace Bushnell, imaginei que iria me deparar com algumas histórias agradáveis do quarteto protagonista da série. Afinal de contas, foi o livro que inspirou o seriado. Doce ilusão...


Sinceramente, até agora eu não consegui entender o livro, não consegui sequer classificá-lo. Não é exatamente chick-lit, pois as histórias não estão totalmente interligadas. Também não é uma coletânea de pequenos contos, pois alguns estão interligados. Não se trata de um romance, ou de um livro de comédia. É um livro que simplesmente não diz a que veio...

As personagens do livro em nada se assemelham às do seriado. Nem sequer as profissões são as mesmas. A única coisa que as personagens do livro e da TV tem em comum são os nomes. Carrie, Mr. Big, Samantha, Miranda, Stanford e Charlote estão todos presentes na obra, mas são personagens totalmente estranhos aos fãs. Aliás, Charlote mal é citada na obra de Bushnell.

O primeiro ponto negativo que destaco é justamente a organização da história, ou das histórias, sei lá. Cada capítulo parece ser um enredo independente dos outros, mas alguns deles se completam. E, o mais estranho que achei, foram os subtítulos dos capítulos, que, sinceramente, não acresceram nada à obra, apenas a deixaram ainda mais confusa e sem noção.

Outro ponto extremamente negativo são os personagens, como um todo. Os principais, pelo motivo que eu já citei, por não apresentarem nenhuma semelhança com os que todos conhecem. Já os secundários, por serem tão superficiais que, muitas vezes, sequer é possível lembrar os nomes deles.

Também destaco, de forma negativa, a história propriamente dita, que se passa em um mundo de sexo, drogas e extrema futilidade. Eu sei que a série tinha tudo isso (sem tanta ênfase nas drogas), mas as histórias do livro são muito escancaradas. Eu já disse isso em outra ocasião aqui no blog: eu não sou puritana, acho que sexo é uma coisa perfeitamente normal e não vejo problema algum em ler uma obra sobre o tema, mas o assunto ainda gera, de certa forma, alguma polêmica. Justamente por isso, a linha entre o aceitável e o vulgar é extremamente tênue. E o livro ultrapassa bastante essa linha. Em alguns momentos mais se assemelha a um capítulo do Kama Sutra do que a qualquer outra coisa.

O livro explora apenas o que há de mais deplorável no ser humano. Pessoas sem valores, amorais (algumas até mesmo imorais), promíscuas. Um mundo que a gente sabe que existe, mas que não corresponde à realidade da maioria das pessoas “normais”. E isso faz até com que se torne difícil gostar do livro. Sinceramente, eu não vi muita gente falando bem dessa obra, e a média de 2,4 no Skoob para mim está boa demais (eu dei duas estrelas a ele).

Por fim, para encerrar esse post enorme, uma das coisas que mais me irritou na obra foi a personagem Carrie e seu romance bem no estilo dramalhão mexicano com Mr. Big. Que final péssimo foi aquele? (Spoiler) Primeiro, ela surta meio que do nada; depois, se recusa a sair de uma relação que claramente já não existia mais... Patético. Eu sei que a Carrie das telinhas (e também das telonas) também fez muita besteira, foi irracional e infantil em diversos momentos, mas jamais como a personagem criada por Candace Bushnell. Patética.

Quer um conselho? Se ainda não leu, passe longe, ocupe seu tempo com coisa melhor... Quer pagar pra ver? Depois não diga que eu não avisei...

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