sábado, 14 de maio de 2011

Filmes - Beleza americana

#5 do projeto 300 filmes para ver antes de morrer


Beleza americana (American beauty)
Ano: 1999
Gênero: Drama
Direção: Sam Mendes
Roteiro: Alan Ball
Elenco: Kevin Spacey, Annette Bening, Thora Birch, Wes Bentley, Mena Suvari, Peter Gallagher, Chris Cooper, Scott Bakula,



Pra ser sincera, eu nunca gostei muito desse filme... Achei que ele foi superestimado à época do seu lançamento. Na verdade não é que eu não tenha gostado, acho que a expressão é muito forte para expressar minha opinião, pois o filme traz elementos técnicos inovadores, além de atuações perfeitas, mas não achei nada demais. Não achei quando o vi pela primeira vez e não achei agora, quando revi para o projeto.

Todo mundo fez o maior bafafá quando o filme estreou, afirmando ser um "tapa na cara" no estilo de vida suburbano americano. Para mim, nada mais é do que um filme sobre duas famílias disfuncionais, que acabam se tornando vizinhas. Uma - a principal - formada por um cara passando por uma crise de meia idade, que se dá conta de que desperdiçou sua vida; uma mulher neurótica e ambiciosa e uma filha adolescente complexada. A outra, composta por um oficial do exército, que nunca teve coragem de assumir sua homossexulaidade, uma esposa reprimida e submissa e um filho drogado. O encontro dessas duas família, é claro, não poderia terminar de uma forma boa...

O que não me agrada no longa é o seu enredo propriamente dito, mas tecnicamente falando, o filme tem aspectos extremamente positivos. O primeiro deles que destaco é justamente a frase inicial, dita pelo personagem de Kevin Spacey: "Meu nome é Lester Burnham. Essa é minha vizinhança. Essa é a minha rua. Essa é a minha vida. Eu tenho 42 anos e, em menos de um ano, estarei morto. É claro, eu ainda não sei disso. E, de certa forma, eu já estou morto." Esse começo, é verdade, aumenta o clima de suspense em torno da trama, e dá um certo quê de curiosidade ao espectador.

Há também o elenco, que traz interpretações brilhantes. Kevin Spacey prova ser um dos maiores atores que existem na atualidade (ele me ganhou em Seven e, depois disso, só subiu no meu conceito). Ele dá profundidade ao personagem e, a cada nova aparição, revela uma nova faceta de Lester. A parceria com Annette Bening é perfeita. O restante do elenco também está muito bem, a exceção de Peter Gallagher, que achei totalmente inexpressivo (mas o personagem dele também não ajuda). Destaco ainda Web Bentley (Rick), que consegue se expressar mais com seu olhar do que até mesmo do que com sua câmera...

E, por falar na câmera de Rick, ela é a responsável por uma das cenas mais comentadas do filme: o famoso saco plástico voando. É legal mas eu, sinceramente, não consegui captar toda a poesia do momento. Como também não achei nada demais nas rosas, as American beauties que dão nome ao filme e sempre estão presentes quando o Lester fantasia sobre a amiga de sua filha, Angela.

Enfim, um filme, a meu ver, superestimado, que eu dou por visto (e revisto)...

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