sábado, 7 de maio de 2011

Filmes - O show de Truman

#4 do projeto 300 filmes para ver antes de morrer


O show de Truman (The Truman show)
Ano: 1998
Gênero: Drama
Direção: Peter Weir
Roteiro: Andrew Niccol
Elenco: Jim Carrey, Ed Harris, Laura Linney, Natascha McElhone, Paul Giamatti, Noah Emmerich, Holland Taylor, Brian Delate, Blair Slater, Peter Krause, Heidi Schanz, Ron Taylor, Don Taylor, Philip Baker Hall.


O show de Truman é um filme que, ainda nos dias de hoje, nos faz parar para pensar. Quando da sua estréia, em 1998, programas como o Big Brother – que eu me recurso veementemente a assistir - sequer existiam (a primeira edição, nos Países Baixos, foi em 1999 e no Brasil o programa estreou em 2002). Talvez hoje em dia, passados 13 anos de seu lançamento, algumas pessoas já se acostumem mais com a idéias de terem suas vidas vigiadas constantemente, ou – como resta evidenciado pelo sucesso do programa – de assistirem à vida de outros, ao invés de se importarem com as suas. Mas eu simplesmente não consigo conceber essa idéia.


E é justamente nesse ponto que está o principal ponto de reflexão do filme. O personagem central, Truman, magnificamente vivido por Jim Carrey, é um sujeito comum, que vive em uma cidadezinha em uma ilha. O que ele não sabe é que a cidade nada mais é  do que um gigantesco set de filmagens, que seus amigos, parentes e até mesmo sua esposa nada mais são do que atores e que a sua vida é transmitida ao vivo para o mundo inteiro em um programa de TV, desde o seu nascimento.

De repente, Trumam começa a perceber coisas estranhas acontecendo ao seu redor e percebe que algo está errado. Ele tenta, de todas as formas, deixar a cidade para ir em busca do seu verdadeiro amor, mas sempre é impedido pelos produtores do show, que controlam tudo ao seu redor.

Não somos todos de certa forma controlados por outras pessoas? Não podem as nossas vidas ser facilmente rastreadas? Compras são facilmente acompanhadas, podemos ser localizados por GPS, há câmeras de segurança em todo lugar... E mesmo quando ainda nos é dada a possibilidade de permanecer no anonimato, optamos por escancarar nossas vidas na internet, nos Twitter e Facebook da vida...

Mas o que mais me incomoda no filme é quando eu me coloco na situação do protagonista. Imagine descobrir, de uma hora para outra, que toda a sua vida nada mais foi que uma grande mentira, que o mundo inteiro sabe quem você é e tudo o que você faz, que você nunca esteve verdadeiramente sozinho... Pois é quando estamos sozinhos que nos mostramos 100%...

Um grande filme!!

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