domingo, 20 de novembro de 2011

Filmes - A felicidade não se compra

# 18 do projeto 300 filmes para ver antes de morrer


A felicidade não se compra (It's a wonderful life)
Ano: 1946
Gênero: Drama
Direção: Frank Capra
Roteiro: Frances Goodrich, Albert Hackett e Frank Capra, baseado em estória de Philip Van Doren Stern
Elenco: James Stewart, Donna Reed, Lionel Barrymore, Thomas Mitchell, Henry Travers, Beulah Bondi, Frank Fayden,  Ward Bond, Gloria Grahame, H. B. Warner, Todd Karns, Samuel S. Hinds, Sheldon Leonard

Resolvi dar um gás no projeto nesse final de ano e por isso estou tendo a oportunidade de ver/rever filmes maravilhosos. Como ainda estou muito no começo da lista, tenho escolhido os filmes aleatoriamente, ou entre os que tenho em DVD ou entre aqueles que consigo encontrar facilmente download na net.

E por falar em final do ano, é justamente na época do natal em que o filme se passa. Por esse motivo e pela bela mensagem que traz, muitas pessoas gostam de assisti-lo exatamente nessa época do ano. Nos Estados Unidos, é praticamente sagrado. Muitas famílias se sentam na frente da telinha para rever ao clássico no dia de natal ou na semana que antecede a data. Eu nunca tinha visto.

E é exatamente por ter sobrevivido ao longos anos desde a sua estréia que o filme mostra o seu valor, mostra o quão atual ele e a mensagem nele inserida podem ser. Mostra como valores simples e muitas vezes esquecidos nunca saem de moda e o quão brutal a ganância humana pode ser. Aqui, abro um parênteses para dizer que gostei mais do título traduzido para o português do que do título original do longa, pois o nosso está muito mais inserido no contexto da trama.

Mas vamos ao enredo, para quem não conhece. O filme conta a história de George Bailey, um homem cuja vida sempre foi pautada por sentimentos nobres, como solidariedade, honestidade e compaixão. Um homem que desde garoto foi capaz tanto de gestos simples quanto de atos heroicos para ajudar ao próximo. Um sonhador, que sempre sonhou em ganhar o mundo e deixar para trás a cidadezinha em que nasceu.

Mas a vida pregou algumas peças no protagonista e ele acabou ficando na cidade, se casando e assumindo o negócio da família, uma espécie de banco para financiar moradia à população de baixa renda, em condições mais que especiais. 

Um dia, mais precisamente na noite de natal, George se vê diante de uma encruzilhada financeira, que pode acarretar em sua prisão e decide tirar a própria vida, se jogando de uma ponte. É quando o anjo Clarence desce à terra para mostrar a ele o quão especial é a sua vida e como sua pequena cidade seria diferente se ele não existisse. No final, é claro, tudo dá certo, e George vê quantos amigos verdadeiros ele tem e como é querido por todos na sua pequena cidade...

O roteiro é de uma simplicidade e ao mesmo tempo de um brilhantismo incríveis, pois as cenas todas se encaixam perfeitamente, formando uma bela história de vida, com momentos de alegria, como a festa em que todos terminam dentro da piscina; de romantismo, como o dia em que ele e Mary jogam pedras nas janelas de uma velha casa; de emoção, como o discurso acalorado que ele faz ao conselho do banco após a morte do seu pai e de determinação, como no dia em que todos da cidade decidem retirar seu dinheiro do banco, quase levando-o a fechar o negócio.

Um belo filme para ser visto não apenas na época do natal, mas sempre...

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