segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Das páginas para as telas #1

Eis que 2012 já começa com uma novidade aqui no blog. Pelo menos uma vez por mês pretendo ler um livro que tenha sido adaptado (pode ser para o cinema ou para a TV) e, em seguida, assistir à obra adaptada. O comentário sobre os dois será feito junto, traçando um comparativo entre as duas obras. Mas, para valer para esse novo projeto, ambos tem que ser inéditos para mim. E não vale livros lançados após o filme (tipo roteiros ou guias ilustrados), o original tem que ser o livro. Vou começar com Eu sou o número quatro, minha primeira leitura finalizada em 2012.

Eu sou o número quatro 
(Os legados de Lorien - livro 1)
Autores: Jobie Hughes e James Frey, sob o pseudônimo de Pittacus Lore
Editora: Intrínseca
Ano: 2011
Páginas: 350
ISBN: 9788580570137
Tradução: Débora Isidoro



"Esperança? - ele diz - Sempre há esperança, John. Novos acontecimentos ainda são aguardados. Nem toda informação já foi divulgada. Não. Não perca a esperança, ainda. Ela é a última coisa que se vai. Quando você a perde, já perdeu tudo. E quando você pensa que tudo está perdido, quando tudo é sinistro e sombrio, sempre há esperança." (p. 103)

O planeta Lorien foi totalmente destruído pelos mogadorianos. Nove crianças, juntamente com seus protetores, são enviadas à terra. Mas elas não são crianças normais. Seu destino é crescer e desenvolver seus poderes para poder destruir os mogadorianos e impedir que os lorienos se extinguam totalmente. Cada um recebeu um número. Foram protegidos por um feitiço, que só permite que eles sejam mortos na ordem crescente, de acordo com seus números. Três foram mortos. John Smith (uma de suas várias identidades) - o número quatro - sabe que será o próximo...

O livro conseguiu me prender e me conquistar já em suas páginas iniciais. A trama é bem desenvolvida e é exatamente o tipo de livro que me atrai. Já começa com um ritmo eletrizante, com muita aventura e muita coisa acontecendo. E esse ritmo se mantém ao longo das 350 páginas.

John, o personagem central, está cansado de fugir e tudo o que ele quer é levar uma vida normal. Quando ele chega à pequena cidade de Paradise, começa uma amizade com Sam - um típico adolescente nerd americano, que é alvo constante dos jogadores do time de futebol americano e aficionado por aliens -, se apaixona por Sarah - a ex namorada do capitão do time - e se torna inomigo de Mark - o ex de Sarah. John finalmente se vê vivendo uma vida "normal", ao passo que passa a desenvolver seus poderes, ou legados.

O livro tem seu ápice na batalha de John, seus amigos e seu guardião contra os mogadorianos, que finalmente o encontram. Junta-se ao grupo número seis, uma garota que vive sozinha desde a morte de sua protetora. 

O livro traz diversos elementos que agradam: ação, aventura, romance, uma pitada de dramalhão, amizade... prende do início ao fim e vale a pena ser lido. Termina de uma forma que se torna impossível não querer ler a continuação, O poder dos seis, já lançado no Brasil. Em breve... 


Eu sou o número quatro (I am number four)
Ano: 2011
Gênero: Ação
Direção: D.J. Caruso
Roteiro: Alfred Gough, Miles Millar e Marti Noxon, baseado no livo de Jobie Hughes e James Frey
elenco: Alex Pettyfer, Dianna Agron, Timothy Olyphant, Teresa Palmer, Kevin Durand, Callan McAuliffe, Jake Abel, Jeff Hochendoner, Patrick Sebes, Greg Townley, Emily Wickersham, Brian Howe, Andy Owen, Reubem Langdon

Mais um típico caso em que o livro é bem melhor do que o filme...

Vou começar falando do elenco que, como um todo, é bastante inexpressivo. O protagonista não tem carisma algum, a mocinha parece estar mais preocupada em não bagunçar o cabelo do que em atuar, o ex namorado ciumento e valentão tem cara de leso... Escapam o amigo nerd, que é exatamente como eu imaginei que ele fosse e o protetor, o único com alguma consistência em sua atuação.

O filme, entretanto, começa muito bem. Segue fiel à obra original e, apesar do elenco fraco, se desenvolve bem nos primeiros trinta minutos. É quando começa a haver alterações no enredo original que o longa se perde totalmente... Além do mais, o filme foca apenas nos fatos, deixando de lado os elementos subjetivos dos personagens, como o crescente amor entre John e Sarah, os conflitos internos vivenciados pelo protagonista, o desenvolvimento de seus poderes, suas visões do seu planeta natal, a amizade que surge, ao final, com Mark, dentre outros...

A história se transforma, então, em um típico dramalhão adolescente americano, cheia de efeitos e com pouco conteúdo... Entretanto, uma coisa merece destaque: a trilha sonora, composta por hits da música pop, incluindo uma que eu adoro, Rolling into deep, de Adele.

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