sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Livros - Crescendo

Crescendo (Hush, hush - volume 2)
Autora: Becca Fitzpatrick
Editora: Intrínseca
Ano: 2011
Páginas: 286
ISBN: 9788576793922
Tradução: Lívia de Almeida





"Por um momento fugaz, achei que tinha a resposta - desistiria dos meus sonhos. Era simples assim.  Fechei meus olhos e abandonei meus sonhos como se fossem balões amarrados em finos e longos fios. Eu não precisava daqueles sonhos.  Não poderiam sequer ter certeza de que se realizariam. E, se fossem realizados, eu não iria querer passar o restante da minha vida sozinha e torturada por saber que tudo o que fizera não significava nada sem Patch." (pág. 44)

Já fazia algum tempo que eu havia lido Sussurro. Tanto é que optei por reler o primeiro volume antes de iniciar a leitura desse. Com a releitura, continuei gostando bastante da obra, o que me deixou empolgada em finalmente ler o segundo, já que já tinha visto diversos comentários dizendo que Crescendo é muito melhor do que Sussurro. 

Eu não achei, já começo dizendo. Terminei o livro há alguns dias já e ainda não tinha tido coragem de parar para escrever este post. Isso porque eu não sabia direito o que dizer - como, aliás, continuo sem saber. A verdade é que o livro é bastante confuso, o enredo é fraco, muita coisa acontece ao mesmo tempo e Nora... bem Nora caiu bastante no meu conceito, digamos assim. A personagem central continua destemida, é verdade, mas esse foi uma das coisas que me incomodou. Ela é destemida até demais. Muita coisa estranha acontece ao seu redor: vozes misteriosas, fantasmas do pai, venenos, coisas que só ela vê e ela não parece se assustar nem um pouco. Pelo contrário, resolve investigar, invadir casas, fica sozinha na casa longe da civilização numa boa... fico me perguntando se é possível uma jovem ser tão corajosa assim!

"Deixar o fantasma do meu pai descansar em paz? E eu? Como eu poderia descansar até saber a verdade? Vee não compreendia. Seu pai não havia sido arrancado dela de forma tão inexplicável e violenta. Sua família não fora destroçada. Ela ainda tinha tudo.
A única coisa que me restava era a esperança." (pág. 104)

A revelação da verdade por trás da morte do pai de Nora foi uma das coisas que eu mais gostei, pois sempre achei que o personagem teria uma importância maior na trama do que o primeiro livro deu a entender. Foi bom ver alguma coisa ser (bem) explicada na obra. E, como era de se esperar, essa revelação veio acompanhada de uma série de outras descobertas e novos mistérios...

"Para onde eu deveria ir agora? Para casa? A fazenda não parecia mais um lar. Não parecia um refúgio seguro. Parecia uma caixa de mentiras. Meus pais haviam me vendido uma história sobre amor, união e família. Mas, se Marcie estivesse dizendo a verdade - e meu maior medo era esse -, minha família era uma fraude. Uma grande mentira da qual eu nunca suspeitara. Será que não houvera sinais? Eu não deveria ter percebido que suspeitava de tudo secretamente, mas que havia escolhido a negação em vez da dolorosa verdade? Esse era meu castigo por confiar nos outros. Era o meu castigo por procurar o lado bom das pessoas. Por mais que eu odiasse Patch naquele momento, eu invejava o distanciamento frio que o separava de todos. Ele esperava o pior das pessoas. Por mais que elas se rebaixassem, ele sempre esperava por isso. Era endurecido e vivido, mas as pessoas o respeitavam." (pág, 216)

Coitadinha de Nora... Quanto sofrimento! A leitura, para mim, foi apenas boa. Não fiquei mais tão empolgada com a série. Definitivamente não é a minha favorita no estilo YA (perde feio para Os instrumentos mortais). Mas, como eu não gosto de deixar as coisa pela metade, é bem provável que em algum momento eu leia os dois últimos volumes, mas não são leituras prioritárias.

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