sexta-feira, 9 de março de 2012

Livros - A imaginação hiperativa de Olivia Joules

A imaginação hiperativa de Olivia Joules
Autora: Helen Fielding
Editora: Record
Ano: 2004
Páginas: 396
ISBN: 8501069582
Tradução: Alves Calado




"Fez algumas tentativas de alcançar o sutiã com os dentes, percebendo como devia estar ridícula, uma criatura de manto branco com um saco na cabeça tentando comer o próprio peito."

Helen Fielding caiu no gosto popular ao criar a personagem Bridget Jones, que virou um grande sucesso. A autora escreveu A imaginação hiperativa de Olivia Joules após o sucesso de Bridget e eu acho que foi mais um daqueles casos em que a autora aproveita um grande sucesso para tentar vender mais livros e acaba escrevendo histórias que não são tão boas.

O livro não é de todo ruim. Há momentos de diversão, em que é impossível não dar boas risadas. Mas é apenas isso: um livro divertido, mediano, para passar o tempo. Não acrescenta nada. A personagem central é uma jornalista que escreve sobre moda e celebridades. O problema de Olivia é que ela é tem uma imaginação um tanto quanto fértil e acaba inventando as melhores partes de suas matérias.

Em uma viagem aos Estados Unidos, ela se vê diante de uma situação real e por demais inusitada: terroristas explodem um navio transatlântico. A repórter não perde tempo e, se sentindo a própria James Bond, começa a investigar o que está acontecendo e acaba descobrindo que, na vida real, as coisas são um pouco mais complicadas do que nos filmes do famoso agente secreto.

O problema do livro, na minha opinião, é que a personagem "viaja" demais, e algumas de suas "deduções" são totalmente forçadas. Passam do ponto do engraçado e acabam virando ridículas, o que irrita um pouco durante a leitura. Além do mais, acontece muita coisa ao mesmo tempo, o que torna a história confusa e, em muitos momentos, "sem noção".

O que eu achei mais engraçado foram os acessórios de Olivia, como o sutiã que vira miniserra (o que explica a citação no início deste post) e o blush que vira bomba. 

Uma história divertida, que peca pelo excesso e pelo exagero. Uma boa leitura para um dia cinzento, para quem quer dar risadas.

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