segunda-feira, 30 de abril de 2012

Desafio literário - abril - livro 2

Um grito de amor do centro do mundo
Autor: Kyoichi Katayama
Editora: Alfaguara
Ano: 2010
Páginas: 160
ISBN: 9788579620423
Tradução: Lica Hashimoto



"Gostaria que esse sonho se tornasse realidade, e a realidade, um sonho. Sei que é impossível. E é por isso que sempre acordo chorando. Não de tristeza. Choro porque, ao deixar o sonho agradável e retornar para a realidade trista, existe uma fenda pela qual não há como passar sem derramar lágrimas. Já tentei inúmeras vezes; nunca consegui." (pág. 8)

"De repente, tive uma horrível certeza. Por mais que minha vida fosse longa, eu nunca seria tão feliz como agora. A única coisa que eu poderia fazer era preservar essa felicidade com cuidado. Senti medo de estar tão feliz.Se a quantidade de felicidade era determinada para cada pessoa, naquele momento eu talvez estivesse esbanjando a felicidade de uma vida inteira." (pág. 25)

É, não deu para cumprir a meta do mês. Li apenas dois livros para o DL, dos 4 que eu havia separado. Mas não faz mal. Esse eu já terminei de ler a alguns dias, mas entre uma coisa e outra, acabei deixando para a última hora. Mas vamos ao livro, que é lindo.

Singela. Se eu tivesse que escolher uma única palavra para definir a história, seria essa. O livro é fininho, de leitura rápida, mas muito envolvente, pela forma direta e simples com que o autor narra a sua história mas, principalmente, pela beleza do texto que lemos. Uma história de amor entre dois jovens, bruscamente interrompida por uma doença maligna...

Primeiro ponto interessante é que quem sobreviveu foi o rapaz. Se tivesse sido a garota, talvez a trama tivesse ganhado outra conotação e se transformado em um dramalhão. Mas não, foi bastante interessante a forma com que foi contada, sob a perspectiva do rapaz.

Segundo ponto interessante: os personagens secundários também são bastante envolventes. Destaque para o avô e o amigo, que leva os dois no barco.

Terceiro ponto interessante: mesmo já sendo um enredo bem "batido", a leitura não é em momento algum enfadonha, em decorrência de todos os fatores acima já apontados. O autor soube dar uma roupagem nova a uma trama antiga...

Sutil, delicado, emocionante, envolvente, verdadeiro, suave, sensível... Vale a pena a leitura.

Nota: 4

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