sábado, 5 de maio de 2012

Livros - O advogado

O advogado
Autor: John Grisham
Editora: Rocco
Ano: 1998
Páginas: 356
ISBN: 853250891X
Tradução: Aulydes Soares Rodrigues



"Não me atrevi a pensar no futuro; o passado ainda estava acontecendo."

Que eu sou fã de Grisham, todo mundo que acompanha meu blog já sabe. Mas, das obras do autor, O advogado definitivamente não está entre as minhas favoritas. 

O jovem Michael é um advogado com um futuro promissor na firma onde trabalha, até o dia em que é feito refém, juntamente com outros colegas, de um homem que quer ser chamado apenas de Senhor. O incidente termina mal e Michael de repente se vê consumido pela culpa. Seguindo uma dica, ele acaba descobrindo um terrível segredo envolvendo sua firma de advocacia. 

É quando tudo começa a acontecer. Ele descarta uma grande promoção e a possibilidade de se tornar sócio da firma, acaba sendo demitido, seu casamento desmorona, ele sofre um acidente e acaba sendo considerado um ladrão, por estar na posse de documentos comprometedores que envolvem seu antigo escritório. 

Ele passa a morar em um pequeno apartamento, deixando de lado sua vida antiga promissora, passa a exercer uma advocacia totalmente diferente da que exercia antes, voltada principalmente para os desabrigados e sem teto, passa a ser pessimamente remunerado. Ou seja, sua vida vira de ponta cabeça de uma hora para outra. Mas, mesmo as mudanças não sendo aparentemente boas para ele, parece que ele finalmente descobre a sua vocação e a sua realização profissional.

Eu gosto do livro, mas não gosto tanto. O meu lado materialista e consumista não me permite concordar com as atitudes do jovem advogado Michael. Tá, eu concordo que não dá para trabalhar em um lugar cercado de segredos e de coisas escusas, mas ele também não precisava jogar tudo para o alto e praticamente viver igual aos seus clientes. Dava pra encontrar um meio termo. Ter alguns clientes que paguem, para poder viver bem e exercer a advocacia pro bono. Pronto, problema resolvido. Só que o jovem Michael é idealista, e com ele não tem meio termo. É tudo ou nada...

John Grisham mantém sua excelente narrativa, com uma trama muito envolvente, especialmente no início. Porém, o terço final do livro, tenho que admitir, é um tanto maçante. Mas, mesmo assim, Grisham é Grisham e eu adoro!!

Curiosidade: um dos poucos livros do autor que a narrativa é em 1ª pessoa.

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