Visita inesperada. Chega sem avisar. Instala-se em nossas mentes, levando consigo não apenas o nosso sono, mas os nossos momentos de maior tranquilidade. Anda sempre acompanhada de um turbilhão de sentimentos, que vão desde a alegria mais intensa já vivida ao receio de que nossos segredos mais íntimos sejam revelados, passando por outros menos importantes, como o medo de adormecer e perder a hora.
Não tão educada, insiste em ficar, mesmo quando gentilmente convidada a se retirar. Na tentativa de fazê-la ir embora, travamos uma verdadeira batalha, na qual usamos todas as nossas armas e estratagemas: TV ligada sem som, um bom livro, ou até um bem chato, do tipo que "dá sono", papel e caneta, a fim de transpor todos os pensamentos para a tinta, na tentativa de esvaziar nosso cérebro.
Quando já não nos resta mais forças, simplesmente deitamos, apagamos a luz e ficamos a esperar que ela se canse e parta. Irritamo-nos por não conseguir pensar em nada que a espante. É quando nos viramos de um lado para o outro da cama. Até que ela se cansa, e vai embora quando lhe convém. Mas ainda assim achamos que vencemos a batalha!
E finalmente o sono chega. Só que ele também não vem só. Pela janela fechada podemos ver que trouxe consigo os primerios raios de sol. Exaustos pela luta travada contra a insônia, nos rendemos. Mas já é hora de levantar e enfrentar um novo dia que se inicia...
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