quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Livros - O guardião de memórias


"Com mais de três milhões de exemplares vendidos nos Estados Unidos, O Guardião de Memórias é uma fascinante história sobre vidas paralelas, famílias separadas pelo destino, segredos do passado e o infinito poder do amor verdadeiro. Inverno de 1964. Uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos gêmeos. O menino, primeiro a nascer, é perfeitamente saudável, mas o médico logo reconhece na menina sinais da síndrome de Down. Guiado por um impulso irrefreável e por dolorosas lembranças do passado, Dr. Henry toma uma decisão que mudará para sempre a vida de todos e o assombrará até a morte: ele pede que sua enfermeira, Caroline, entregue a criança para adoção e diz à esposa que a menina não sobreviveu. Tocada pela fragilidade do bebê, Caroline decide sair da cidade e criar Phoebe como sua própria filha. E Norah, a mãe, jamais consegue se recuperar do imenso vazio causado pela ausência da menina. A partir daí, uma intrincada trama de segredos, mentiras e traições se desenrola, abrindo feridas que nem o tempo será capaz de curar. A força deste livro não está apenas em sua construção bem amarrada ou no realismo de seus personagens, mas, principalmente, na sua capacidade de envolver o leitor da primeira à última página. Com uma trama tensa e cheia de surpresas, O Guardião de Memórias vai emocionar e mostrar o profundo - e às vezes irreversível - poder de nossas escolhas." (Sinopse retirada do Skoob)

O livro começa muito bem. De início, somos apresentados a uma família aparentemente perfeita, a espera de seu primeiro filho. Em uma noite de nevasca, Norah entra em trabalho de parto e seu marido, o Dr. David Henry, faz o parto dos filhos gêmeos. O garoto nasce saudável, entretanto, o médico descobre que sua filha é portadora da Síndrome de Down. Em uma atitute desesperada, que visa proteger a esposa, ele pede que a enfermeira leve a garota e a entregue a uma instituição. Só que Caroline não consegue entregar a pequena Phoebe, e decide criá-la como se fosse sua própria filha. Uma decisão que mudou para sempre a vida de todos os envolvidos, até daqueles que não sabiam do ocorrido...

A história é bastante intrigante e poderia ter resultado em uma obra-prima. Afinal, a separação de duas crianças de forma trágica e as consequências dessa separação para os envolvidos, principalmente pelo fato de uma das crianças ser portadora da Síndrome de Down, é um excelente material para uma trama. Entretanto, o maior problema do livro está em sua narrativa.

A autora revisita várias vezes o passado, repete os fatos ocorridos, se apega muito em detalhes, em descrições, o que torna a leitura um tanto cansativa... A história se arrasta, as coisas demoram para acontecer e, quando finalmente aconteceram, confesso que não foram exatamente da forma como eu esperava que ocorressem...

Mas a obra tem sim um aspecto bastante positivo, que é a luta da enfermeira Caroline pelos direitos da sua filha Phoebe, para que ela possa ser incluída na sociedade, juntamente com outras crianças portadoras da síndrome, e que possa levar uma vida normal, dentro, é claro, das suas limitações.

Um livro que poderia ter sido excelente mas que, devido aos excessos da autora, é apenas bom.

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