sábado, 19 de fevereiro de 2011

Livros - Férias!

#4 do desafio 52 semanas, 52 livros



A autora Marian Keyes escolheu uma família para retratar em alguns dos seus livros, a família Walsh. São histórias independentes, mas sabemos que as personagens centrais são irmãs. Rachel, protagonista de Férias! é irmã de Claire, protagonista de Melancia. Esses foram os dois únicos livros da autora que li até o momento, e gostei mais desse do que do outro.

Rachel Walsh vive em Nova York onde divide um apartamento com sua amiga Brigit e passa muito tempo com seu namorado Luke, todos eles irlandeses. A vida de Rachel é regada de festas, drogas e bebidas. Até que um dia ela acaba tomando comprimidos demais para dormir e tem uma overdose, indo parar em um hospital. É quando sua família decide interná-la no Claustro, um centro de reabilitação na Irlanda, onde ela passará dois meses.

Rachel não consegue encarar que tem um problema com drogas, e acha que os dois meses de internação no Claustro serão como dois meses em um spa, fazendo massagens, tratamentos faciais e de pele, sempre ao lado de celebridades. Só que, ao chegar lá, ela percebe que a realidade é um tanto diferente daquela que ela havia imaginado...

Gostei mais de Férias! do que de Melancia por várias razões, mas a principal delas é que a personagem central é mais divertida, e sua história de vida é mais interessante. Além do mais, o livro traz uma mensagem importante de aceitação e superação dos seus problemas. O tema do vício em drogas já foi tratado das mais diversas formas possíveis, mas a autora consegue misturar o humor característico de suas obras com uma mensagem otimista e relevante.

A narrativa intercala momentos do presente da personagem, no Claustro, com fatos ocorridos na sua vida antes da internação, que fizeram com que sua vida chegasse ao ponto em que chegou. Esse fato dá mais dinâmica à obra e torna a leitura mais agradável.

A personagem enfrenta uma série de sentimentos ao longo do seu processo de "cura" e o que eu gostei bastante no livro foi que ele conseguiu me prender ao ponto de eu conseguir partilhar alguns desses sentimentos com Rachel: raiva, negação, medo, arrependimento, pena de si própria, aceitação, esperança...

Ao longo dos dois meses que passa no Claustro, ela se descobre como pessoa, eleva sua auto-estima e finalmente aceita o seu vício. É gostoso acompanhar todo esse processo. E ela também consegue colocar um pouco mais em ordem seus sentimentos com relação à sua família, que está longe de ser perfeita...

Finalmente, chega o momento de Rachel deixar o centro de recuperação e encarar sua nova vida... É aí que o livro perde um pouco do seu encanto, pois o final foi muito corrido, a meu ver... E me deixou com a sensação de que faltou algo...

Mas, mesmo assim, é uma leitura muito boa!

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