terça-feira, 31 de maio de 2011

Livros - O livreiro de Cabul (DL 2011)

Desafio literário - mês de maio - livro 2




Desde que eu li O caçador de pipas e conheci um pouco mais da cultura afegã, esse livro entrou na minha lista de "livros para serem lidos". Entre uma coisa e outra, sempre acabei adiando a leitura, até que a oportunidade se apresentou com o Desafio literário.

Após a queda do regime Talibã, a jornalista Asne Seierstad foi para o Afeganistão para cobrir a guerra e lá acabou se instalando na casa de uma típica família afegã e dividindo com eles o cotidiano por aproximadamente 3 meses. O livro traz justamente o relato desses três meses, com o dia a dia da família, seus hábitos e suas várias histórias. Aliás, contar histórias parece ser uma coisa bem comum no Afeganistão. As pessoas, pelo que pude perceber com o pouco que já li, adoram, de uma forma geral, contar histórias.

A autora foca cada capítulo do livro em um "personagem", em um membro da família, o que eu achei bastante interessante, pois deu uma dinâmica legal à obra. Os relatos são, em sua maioria, cativantes e capazes de despertar a atenção para a cultura afegã, para os seus costumes. São capazes também de fazer despertar os mais variados sentimentos pelos "personagens". É impossível, em alguns momentos, não sentir muita raiva de Sultan Khan, nome fictício dado ao chefe da família - o tal livreiro que dá nome ao livro -, não sentir pena de sua esposa.

Aliás, o Sultan, cujo nome verdadeiro eu li em algum lugar mas esqueci, ficou p da vida com o livro da jornalista, dizendo que ela revelou "mais do que deveria" e acabou escrevendo o seu próprio livro, dando a sua versão dos fatos, Eu sou o livreiro de Cabul. Pode até ser uma leitura interessante, para comparar as duas versões da mesma história. 

Mas, voltando a esse livro, achei um leitura interessante, um tanto polêmica, porém a obra não conseguiu me prender o suficiente, razão pela qual ela vai levar apenas uma nota 3. Mas leiam, vale a pena sim.

1 comentários:

Vivi disse...

Li opiniões tão divergentes sobre esse livro. Não sei se me animo a ler, mas não descarto um talvez, algum dia. Ótima resenha!

Beijocas

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