segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Livros - Cidade dos ossos


Estava eu uma belo dia passeando pelo submarino, doida para gastar alguns reais, quando vi uma promoção desse livro e do segundo volume da série por R$ 29,90. Acabei colocando no carrinho e comprando. Eu não sabia do que se tratava, apenas que é uma série e que já saiu até o terceiro volume. Vejo direto comentários e resenhas nos blogs sobre a série, mas nunca tinha parado para ler nenhum. Mas, a compradora compulsiva aqui não resistiu a uma boa promoção e comprou... hehehe

De cara, já vou dizendo uma coisa: com poucas exceções, eu não gosto de livros em série!!! Porque geralmente acontecem três coisas comigo: ou eu adoro e fico louca pelo próximo volume; ou eu não me interesso muito e perco o interesse (e fico com as coleções incompletas na estante - detesto!!); ou eu gosto e, quando compro o volume seguinte, já esqueci dos detalhes e fico querendo reler a série inteira antes de ler o lançamento (aliás, isso acontece com as séries de TV também, quando eu fico muito tempo sem assistir).

Eu me pergunto qual o problema de um autor escrever um livro com começo, meio e fim. Por que dividir em vários volumes (alguns deles com apenas 200 páginas)? Pra vender mais? Por que é moda? Enfim... O mesmo está acontecendo com os filmes, agora com parte 1 e parte 2 (Harry Potter, Amanhecer). Sei não...

Outra coisa que eu não gosto muito é essa coisa de todo mundo escrever sobre o mesmo tema: vampiros, bruxos, lobisomens, anjos... hello!!! As pessoas querem ler outra coisa também!!!! Por essas e outras razões, eu tinha dito a mim mesma que iria ficar um tempo afastada desses modismos (a última série de livros que li foi As crônicas de Artur - mas aí é outro nível, né?  - e o último livro de romance adolescente/criaturas sobrenaturais que li foi Sussurro, no final de 2010). 

Isso até esbarrar na tal promoção e comprar os dois primeiros volumes da série Instrumentos mortais. Quando recebi os livros, confesso que fiquei curiosa e adiei a leitura de Eu sou o número quatro, que já estava na minha cabeceira, pronto para começar a ser lido e fui logo ler Cidade dos ossos, ainda sem saber direito do que se tratava. Mas a essa altura eu já tinha mais ou menos uma noção.

A história do livro é mais ou menos a seguinte: Clary é uma típica adolescente de Nova York que presencia um assassinato em uma casa noturna, cometido por três jovens. O problema é que só Clary consegue ver os jovens e eles ficam surpresos quando percebem que ela conseguem vê-los. Isso porque eles não são jovens normais: são caçadores de sombras, guerreiros que combatem e perseguem monstros e criaturas do submundo. De repente, Clary se vê envolvida nesse novo mundo, cheio de criaturas que ela sequer imaginava serem reais, e o pior, descobre que não apenas ela está envolvida, mas sua mãe também, que foi sequestrada pelo terrível vilão Valentim.

Clary vai parar no Instituto, local de treinamento dos jovens caçadores de sombras, com Jace, Alec e Isabelle, os três jovens que ela viu matarem um demônio. Lá ela descobre que não é uma simples mundana e que está mais do que envolvida em todo esse novo mundo... Descobre também que sua mãe era a guardiã de uma arma poderosíssima, um cálice que tem o poder de criar novos caçadores e que Valentim quer usar o cálice para formar um exército particular.

Naturalmente, ela se apaixona por Jace e ele por ela... Jace é um cara que tem a autoestima lá em cima, dono de um humor um tanto sarcástico e de uma valentia nobre. E, como todo drama adolescente, forma-se um triangulo amoroso quando Simon, o melhor amigo de Clary se declara a ela. 

(A partir desse ponto, contém Spoilers) Por que eu gostei do livro? Por várias razões... Vamos lá: a primeira delas é que eu gostei dos personagens, especialmente de Clary. Ao contrário de outras protagonistas dessa séries adolescentes (tipo Bella de Crepúsculo e Norah de Sussurro - aliás, as únicas que eu conheço) ela tem atitude, é uma garota decidida, que sabe o que quer e corre atrás. Também gostei de Jace, com seu jeito meio metido. Só não gosto muito de Alec, que descobrimos ser gay ao longo da trama (mas não é por isso que eu não gostei dele, achei o personagem meio apagado). Isabelle e Simon também são legais.

Também gostei pela história propriamente dita que, apesar de ter todos os elementos esperados desse tipo de leitura, é bastante envolvente. O ritmo do livro é muito bom. O começo é frenético, depois ele cai um pouco (sem se tornar enfadonho) para terminar com uma série de reviravoltas incríveis - daquelas de cair o queixo e de querer devorar as páginas finais.

O capítulo em que Luke conta toda a história dele a Clary é, disparado, o melhor do livro. A narrativa é muito boa, prende totalmente o leitor. E é quando se percebe que a trama foi muito bem amarrada, não há fios soltos, tudo se encaixa direitinho. Muito bom mesmo!!

(Spoiler - Final do livro revelado) Agora, o que eu mais gostei mesmo foi do final. Saber que Clary e Jace são irmãos foi um verdadeiro choque! Que ela era filha de Valentim eu comecei a desconfiar lá pela página 100, mas que ele era o irmão supostamente morto... meu queixo caiu na hora!! E quando Valentim tá quase convencendo Jace a ir com ele, eu juro que fiquei me perguntando se ele era mesmo o malvadão da história... a autora quase me convenceu!!

(Spoiler - Final do livro revelado) Depois que li o livro finalmente li algumas resenhas e vi que algumas pessoas não gostaram do fato de eles serem irmãos. Teve uma até que disse que não acreditava, que achava que algo seria revelado no segundo livro dizendo que eles não são irmãos... Mas isso nada mais é do que a aquela síndrome de que o casalzinho apaixonado tem que ficar junto e viver felizes para sempre. O que vai acontecer nos outros volumes eu não sei (óbvio, ainda não li), mas foi justamente isso que eu mais gostei no livro. O fato de eles serem irmãos surpreendeu, fugiu do esperado, do convencional... 


Muito bom, merecedor de 4 estrelas no Skoob.

0 comentários:

Postar um comentário