Desafio literário 2011 - mês de fevereiro - Livro 1
O tema do mês de fevereiro do Desafio Literário 2011 é biografias e/ou memórias. Confesso que quando vi o tema não fiquei muito animada, pois nunca fui muito fã de biografias, mas como já havia decidido encarar o desafio de qualquer forma, aceitei o tema e procurei os títulos mais interessantes para ler.
Há algum tempo, eu comprei a edição de bolso da obra Uma mente brilhante, de Sylvia Nasar, que relata a vida de John Forbes Nash Jr., matemático brilhante e esquizofrênico, um dos vencedores do Prêmio Nobel de economia em 1994. Comprei o livro pois sempre tive curiosidade em lê-lo, confesso que por causa do filme vencedor do Oscar de 2001, do mesmo nome, estrelado por Russell Crowe e dirigido por Ron Howard.
Para mim, foi a oportunidade perfeita de finalmente ler o livro e acabei escolhendo-o como o meu primeiro livro do mês de fevereiro.
De início, já vou logo dizendo que foi uma leitura bastante difícil e que, em vários momentos, eu quase larguei o livro pela metade, apesar de ter lido muito rápido. O fato de eu tê-lo lido em apenas 7 dias foi porque me obriguei a lê-lo. Sempre que eu queria parar de ler e ir fazer outra coisa, me obrigava a ler um ou dois capítulos a mais, antes de deixar o livro de lado.
Não estou dizendo com isso que o livro é ruim, mas é que eu tenho dificuldades de me concentrar quando estou lendo biografias e essa em particular foi mais difícil ainda, pois tinha momentos que parecia mais um tratado sobre matemática avançada. Mas consegui extrair muitas coisas relevantes da leitura...
A vida de Nash é muito bem retratada na obra, desde a sua infância. Vários aspectos da personalidade dele são revelados, bem como detalhes da sua esquizofrenia. O matemático sempre foi brilhante e extremamente competitivo. Ele tinha seus próprios métodos para solucionar problemas. "Nash adquiriu seu conhecimento de matemática não apenas estudando o que os outros matemáticos haviam descoberto, mas redescobrindo por si próprio as verdades dos outros."
Só que o brilhantismo de Nash foi destruído pela sua doença. "Provavelmente havia uma predisposição inerente para a esquizofrenia no exótico estilo de pensamento de Nash como matemático, mas a doença em seu grau mais avançado devastou sua capacidade para o trabalho criativo. Seus insights, antes inspirados, tornaram-se cada vez mais obscuros, contraditórios e repletos de significados puramente particulares, acessíveis apenas a ele próprio. Sua convicção permanente de que o universo era racional evoluiu para uma caricatura, transformando-se numa crença inarredável de que tudo tinha significado, tudo tinha uma razão, nada era aleatório ou coincidência."
Um gênio destruído por uma doença, várias vezes internado à força, que se considerava um cidadão do mundo, retratado em uma obra com uma narrativa boa, porém cansativa e muito extensa.
Nota: 3
6 comentários:
Ah, que pena que a leitura tenha percorrido um trajeto difícil, mas acho que também na parte que diz respeito ao "tratado de matemática avançada", eu me entediaria facilmente. Bela resenha!
Beijocas
nunca consigo ver o filme e me interessei muito em ler o livro
Nossa!!! Eu achei o filme MUITO bom!!! Mas pelo que vc falou do livro, será que um dia consigo ler???
Eu e matemática temos um relacionamento complicado kkkkkkkkkkkk
Resenha ótima e sincera!!!
Vi o filme, mas não li o livro. Me parece ser interessante a forma como foi contada a história. Embora não curta matemática. Mas, isso é apenas um detalhe, diante da oportunidade de conhecer a história de vida de Nash.
É uma pena que a leitura tenha sido para você difícil, mas ainda bem que tenha conseguido analisar os aspectos positivos do desafio do mês.
Parabéns.
Abs, Rê
Nossa me vi nos seus comentários sobre a luta para ler o livro, passei o mesmo lendo o último livro de janeiro para o DL (Eldest) e o que mais me entristesse é que é ainda tem o ultimo livro da saga para eu ler, é ruim ler livros empurrando com a barriga, mas alguns são um mal necessário rsss.
Adorei a resenha parabéns.
A leitura desta biografia não é mesmo de fácil percurso, a complexidade de Nash se reflete neste "arrastar" da leitura, e a torna por vezes enfadonha, mas como tu bem ressaltastes é uma obra de muita qualidade. Tua resenha está excelente.
estrelinhas coloridas...
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