quinta-feira, 29 de julho de 2010

Livros - A rainha do castelo de ar


"Último volume da trilogia Millennium, A Rainha do Castelo de Ar reúne os melhores ingredientes da série: um enredo de tirar o fôlego, personagens que ficam gravados na imaginação do leitor e surpresas que se acumulam a cada página.
Mikael Blomkvist está furioso. Furioso com o serviço secreto russo, que, para proteger um assassino, internou Lisbeth Salander - na época com apenas doze anos - num hospital psiquiátrico e depois deu um jeito de declará-la incapaz. Furioso com a polícia que agora quer indiciar Lisbeth por uma série de crimes que ela não cometeu. Furioso com a imprensa, que se compraz em pintar a moça como uma psicopata e lésbica satânica. Furioso com a promotoria pública, que pretende pedir que ela seja internada de novo, desta vez - ao que parece - para sempre.
Enquanto Lisbeth recupera-se, num hospital, de ferimentos que quase lhe tiraram a vida, Mikael procura conduzir uma investigação paralela que prove a inocência de sua amiga. Mas a jovem não fica parada, e muito mais do que uma chance para defender-se, ela quer uma oportunidade para dar o troco. Com a ajuda de Mikael, Lisbeth está muito perto de desmantelar um plano sórdido que durante anos articulou nos subterrâneos do Estado sueco, um complô em cujo centro está o pai dela, um perigoso espião russo que ela já tentou matar. Duas vezes."

Um final eletrizante para uma das melhores histórias que li nos últimos tempos. Toda a trilogia é perfeita, e é uma pena que o autor tenha falecido sem poder nos brindar com a obra completa (fala-se por aí em 10 volumes). É claro que não temos como saber se os 10 volumes manteriam o mesmo ritmo ou se se tornariam prolixos mas, para mim, na forma de trilogia, a série Milenium terminou com chave de ouro.

Novos personagens são acrescidos à trama nesse volume e ficamos sabendo toda a história da "Seção", grupo que está por trás de todo o mal que ocorreu a Lisbeth Salander e que protegeu o seu pai ao longo dos anos. Para alguns, a introdução desses novos elementos e a história da Seção tornou o livro um pouco menos atraente do que os volumes anteriores, o que tendo a concordar apenas em parte.

A verdade é que o leitor já está tão acostumado com a dupla de personagens central da trama, que o fato de eles serem deixados um pouco "de lado" para que esse novo elemento seja introduzido gera uma certa impaciência. Mas isso não faz com que a qualidade do livro caia, pelo contrário, é preciso ter sempre em mente que a trilogia Milenium não trata apenas de Mikael e Lisbeth, tem um aspecto muito mais grandioso.

O clímax é, sem dúvida, o julgamento de Lisbeth Salander, onde a verdade é exposta de forma nua e crua em uma estratégia brilhante criada por Mikael Blomkvist. Principalmente nessa parte, o livro é daqueles em que é literalmente impossível parar de ler. Somos tomados pela necessidade de saber o desfecho da história.

Como eu disse na resenha do primeiro livro, Os homens que não amavam as mulheres, a história trata de temas fortes e relevantes, com personagens inesquecíveis, principalmente pelo fato de fugirem do convencional, e que prende o leitor do início ao fim, ao longo das mais de 1700 páginas de toda a trilogia.

Definitivamente, entrou para a minha lista de livros favoritos.

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