quinta-feira, 31 de março de 2011

Livros - Excalibur (DL 2011)

Desafio literário - mês de março - livro 3



Em meio à correria que essa semana foi, ainda não sei como consegui terminar de ler esse livro. Mas eis que, novamente aos 45 do segundo tempo, chega a minha resenha para o desafio. Apenas recapitulando, esse mês eu li 3, e não apenas 2 livros para o desafio, e os escolhidos foram justamente os que compõem a trilogia As crônicas de Artur, de Bernard Cornwell.

Não vou ficar me repetindo nem fazer desta uma resenha muito longa. Eu já disse nas outras duas o quão envolvente e bem escrita a obra é, como um todo. Vou apenas destacar alguns pontos que me chamaram a atenção durante a leitura de Excalibur.

O primeiro deles é que o ritmo eletrizante mantido ao longo de todo o segundo volume diminui consideravelmente no início do volume final. O autor guarda a emoção para os dois últimos capítulos, que fecham a trilogia com chave de ouro, fazendo com que o leitor esqueça tudo o que ele já tenha lido, visto ou ouvido acerca da lenda Aturiana.

Mais uma vez, destaco também a narrativa das batalhas, com ênfase na final, entre Artur e Mordred. A evolução das personagens femininas no terceiro volume também merece destaque.

Li em algum lugar, não lembro exatamente onde, o comentário de um leitor indignado com o fato de a trilogia ainda não ter sido adaptada para o cinema. Pelolovedogod, que ninguém tenha essa idéia, pois eu não acredito que um filme, por mais que seja dividido em 10 partes, possa transpor para as telonas a riqueza de detalhes e a magnitude da história contada pelo autor. Para mim, nem a mais inovadora das tecnologias será capaz de ter a mesma força das palavras escritas por Cornwell nessa obra única e verdadeiramente fascinante.

Nota: 5, com louvor.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Um dia não é nada...


Um dia não é nada. Em um dia não dá para conhecer alguém verdadeiramente, não dá para fazer nascer um grande amor, para solidificar uma amizade. Um dia é pouco para colocar a vida em ordem, para cumprir todas as promessas de final de ano, para realizar antigos sonhos, para planejar aquela viagem... Um dia é pouco para construir uma carreira, um futuro. Em um dia não se perdoa uma decepção profunda. Em um dia não se esquece um grande amor... Um dia não é nada.

Um dia não é nada, mas é tanto. Em um dia é possível se apaixonar, é possível perder o controle. Um dia é suficiente para destruir amizades antigas, para a paixão terminar, ou até para ela começar. Um dia é tanto para quem está com saudade, para quem está lutando pela vida, para quem está no corredor da morte. Um dia é suficiente para mudar de emprego, para trocar de namorado, para perder o ano letivo. Em um dia a vida acaba e novamente se inicia. Em um único dia é possível magoar as pessoas e cometer erros que nos perseguirão pelo resto de nossas vidas. Um dia é tanto...

domingo, 27 de março de 2011

Lista ilustrada das pequenas coisas que me fazem feliz #12

Fofocar ao telefone



Adoro chegar em casa depois de um longo dia no trabalho, ou acordar no fim de semana para saber as resenhas, as novidades. Sou completamente viciada em telefone. É uma excelente ferramenta de trabalho, é verdade, mas, para mim, a sua principal utilidade é bater papo, seja com a família que mora longe, com as amigas ou com os paquerinhas...

Mas nem sempre essa maravilhosa invenção traz notícias boas - como hoje, por exemplo - mas mesmo assim não dá pra viver sem ele... Portanto, seja com ou sem fio, fixo ou celular, um bom papo ao telefone é sempre bem vindo!!!

sábado, 26 de março de 2011

Livros - O inimigo de Deus (DL 2011)

Desafio Literário - mês de março - livro 2


Segundo volume da trilogia As crônicas de Artur, esse livro foi o meu escolhido para o reserva para o mês de março no Desafio Literário. Na verdade, a minha intenção é ler três livros esse mês para o desafio, pois já estou no terceiro volume, Excalibur (só me resta saber se vai dar tempo... espero que sim!)

O autor, que já havia me conquistado com sua narrativa seca e sua versão dos acontecimentos e personagens de uma história tão amplamente difundida, agora provou ser brilhante. O livro é incrível, empolga e contagia da primeira à última página! O principal defeito do primeiro volume, a meu ver, foram as páginas iniciais, onde a história e os personagens são apresentados, que achei que se deu de forma muito lenta. Já esse volume não traz esse problema. É emoção do início ao fim.

Cornwell continua retratando de forma bastante realista a vida à época dos acontecimentos narrados. As batalhas continuam a ser descritas de forma rica e árdua, sem poupar o leitor dos detalhes mais sangrentos. Os costumes da época são retratados de forma bastante realista e o romantismo que geralmente norteia as histórias de Artur é deixado totalmente de lado.

Destaque, no segundo volume, para a presença mais marcante e constante de Merlin no enredo, bem como para a forma como o autor retratou Lancelot, relevando aspectos da personalidade do personagem nunca antes tratados de forma tão clara.

Também gostei bastante de ler a história de Tristão e Isolda narrada por Derfel.

Excelente leitura, digna de louvor!!!!

Nota: 5

sexta-feira, 25 de março de 2011

Minha vida é andar por este Estado... #2

Semana cheia de viagens no trabalho. Foram 28 cidades visitadas em 3 dias. Naturalmente, foram dias de muito trabalho, mas deu para aproveitar também. Seguem algumas fotos do primeiro dia de "aventuras"...

São Tomé


Em algum lugar entre Rui Barbosa e Caiçara
do Rio do Vento


Cofre de banco transformado em 
arquivo de processos


O carro não subia de jeito nenhum... tivemos 
que fazer um desvio de 50 km para chegar
ao destino




quinta-feira, 24 de março de 2011

Coisas para fazer antes dos 30



Uma amiga me mandou um e-mail com essa lista de coisas para fazer antes dos 30 há alguns meses, mas eu nunca havia dado muita atenção a ele. Hoje, faltando 30 dias para o meu aniversário de 30 anos, resolvi dar uma olhada melhor e ver quais dessas “proezas” eu já realizei na vida...

Beber uma garrafa de tequila
De tequila jamais... basta virar 3 shots para eu ficar louca... mas será que serve de whisky? Pois eu já derrubei, sozinha, um litro de Chivas. Onde? Em Pipa, é claro...

Transar com um de seus melhores amigos
Aiaiai... tá bom, eu admito. Mas não digo com quem foi nem sob tortura... hehehe

Encontrar com alguém da net
No...

Fazer uma tatoo
Tenho muita vontade de fazer, mas vivo adiando... será que ainda dá tempo?? De Henna, já fiz várias vezes...

Subir em um palco e dançar loucamente
Nos bons tempos do Hooters... a pessoa paga cada mico na vida...

Fugir de casa
Algumas vezes, na minha fase mais rebelde na adolescência. Sempre acabava na casa do meu tio ou de uma amiga.

Pular de Bumg Jump
No... Essa eu vou ficar devendo... Só tirolesa e rapel, em Pirenópolis

Matar aula pra ir no buteco (o erro de português não é meu, tava assim no e-mail)
Eu passei o meu ano do pré praticamente inteiro nos butecos de Natal... como entrei na faculdade? Mistério...

Passear sem calcinha
Já. Sem muitos comentários...

Agarrar seu amor platônico
Ainda estou esperando a oportunidade... mas acho que não vai dar tempo...

Fingir ser estrangeiro e falar um idioma que não existe
Em Fortaleza, certa vez, passei a noite inteira falando inglês e fingindo ser canadense... atraí vários gatinhos!! Achei melhor falar inglês do que batroviskaia... (o quê, não sabe o que é isso? É o idioma criado pela família Marinho... Todo Marinho que se preze – pelo menos os da minha família – tem que saber falar batroviskaia)

Ficar com alguém 10 anos mais velho do que vc
Já, eu tinha 17 e ele 32. Será que isso dá cadeia?

Sair de casa na sexta à noite e voltar na segunda de manhã
Várias vezes... muitos fins de semana prolongados ao longo dos anos...

Dormir com a roupa que saiu depois de um porre
Nossa, várias vezes... A última foi na época do carnatal do ano passado, em Pipa (sempre em Pipa). Deixei Duda (uma amiga) passando mal e arriei na cama, não tive coragem nem de tirar a máquina fotográfica do bolso. E acordei na mesma posição em que fui dormir...

Ir a uma praia de nudismo
Essa eu nem fiz e nem vou fazer... Definitivamente vou ficar devendo!!

Ficar com o seu professor
Aquele 15 anos mais velho, que citei acima. Mas não foi só uma ficada não, foi mais de um ano de “namoro” (óbvio que meus pais nem sonharam, eu tinha 17 anos quando começou...) Mas teve outro também. Foram dois no total.

Roubar o namorado de alguém
Muito feio, mas já fiz sim... E também já tive o meu roubado.

Ir para a escola bêbada
Naquele mesmo ano do pré...

Se apaixonar à 1ª vista
Sim...

Usar a melhor roupa para ir ao mercado
Nunca fui de vestido longo para o supermercado, mas já fui muito arrumada, principalmente antes de alguma farrinha na casa de amigos, pra comprar algo de última hora

Sair com o melhor amigo do seu ex
Sim, mas sem nomes, ok?

Pintar o cabelo de uma cor absurda
Tirando alguns tons de louro horrorosos, não... nunca pintei meu cabelo de verde, rosa, roxo ou coisa parecida...


Chorar vendo um desenho
Já... eu sou sensível... chorava assistindo Cavalo de fogo, sempre que Sarah tinha que voltar para o seu mundo e deixar seu cavalo (sou apaixonada por cavalos)

Ir parar na delegacia
Só pra soltar o povo ou em visitas da Corregedoria... acho que não conta... ou será que conta?

Beber até ter amnésia alcóolica
Algumas vezes... Destaco meu primeiro grande porre, em uma festa de aniversário da minha irmã, que eu fiquei falando inglês e repetindo sem parar “Os índios estão chegando!!!” (totalmente sem noção)

Aprender a tocar algum instrumento
Não... minha total falta de coordenação motora jamais me permitiu, apesar de ter muita vontade...

Ter um diário secreto
Sim... qual adolescente nunca teve?

Beijar um passante
Totalmente desconhecido, sem saber nem o nome, só uma vez, no Recifolia, pra me vingar de um ex que tinha ido sem me avisar... fui bater lá só para flagrá-lo e, ainda por cima, “peguei” o primeiro que passou na minha frente (pelo menos eu dei uma olhadinha pra ver se era bonitinho – e era!!!)

Ir a uma festa chique de short e chinelo
Não, meu eu Patty não me permite fazer essas coisas...

Assaltar uma loja
Afff, claro que não!!! Já fui assaltada na loja da minha mãe uma vez, mas assaltar, jamais!!! O máximo que eu fiz foi roubar chocolate das Americanas – hehehe

Pegar carona com um desconhecido
No, sou medrosa demais para isso...

Ir pra balada de ônibus
Again, meu lado Patty não deixa...

Dormir na rua
Essa eu também vou ficar devendo...

Bem, dos 33 itens eu fiz 18 da forma como estão na lista, 3 mais ou menos e fiquei devendo 12... Será que meu resultado final foi satisfatório??

quarta-feira, 23 de março de 2011

Era uma vez uma advogada...


Eu sempre quis fazer Direito. Desde antes de entrar na faculdade, ficava deslumbrada e encantada com o mundo jurídico, com o mundo acadêmico e suas intermináveis discussões, com os estudantes entusiasmados e sonhadores que queriam mudar o mundo e as barbaridades sociais e jurídicas existentes nos dias atuais.

Quando comecei o curso, como era de se esperar, fui tomada por esse mesmo ideal. Vi-me, diversas vezes, indignada com as injustiças praticadas contra os mais fracos e, principalmente, com o total descaso com as leis, com os direitos humanos, sociais e individuais. Vi-me indignada com a corrupção e com a impunidade, com os "embargos de gaveta", com a conformidade diante do desrespeito às leis e à Constituição Federal.

Tive a oportunidade de estudar em Brasília, terra das grandes decisões judiciais e dos Tribunais Superiores. Fiz estágio por dois anos no STJ, por um ano e meio na AGU, tive aulas na graduação com Ministros desses Tribunais. Apaixonei-me pelo Direito Penal, mas acabei casando com o Civil. Vivi todas as experiências gratificantes que um estudante desse curso pode vivenciar ao longo de sua formação.

Mas nada do que eu vivi conseguiu mudar a minha revolta, a minha indignação. Foi por isso que acabei optando, ainda durante a faculdade, pela advocacia. Foi por isso que, sempre que algum professor perguntava em sala de aula o que queríamos fazer após o término do curso, enquanto oitenta ou noventa por cento da sala levantava a mão para a opção concurso público, eu levantava a minha para a opção advocacia.

Na minha ingenuidade eu achava que, como advogada, eu poderia defender os direitos violados, poderia fazer a diferença para os injustiçados. Eu sonhava em fazer valer, com as minhas próprias mãos, as garantias asseguradas pela nossa legislação. Eu queria ver a satisfação no rosto dos clientes quando eu os informasse que os seus direitos haviam sido reconhecidos pelo Judiciário e as injustiças contra eles reparadas.

E assim eu fiz... Terminei o curso, voltei para Natal, passei no exame da OAB e encarei a advocacia. De frente. E sozinha. Pois eu não queria fazer parte da equipe de um grande escritório, me matar de trabalhar para fazer o nome de outras pessoas e, o pior de tudo, sem qualquer reconhecimento. Eu queria fazer o meu próprio nome, construir a minha carreira. Tinha plena consciência de que dessa forma seria mais difícil, mas, para mim, quanto maior o desafio, melhor...

As coisas começaram a acontecer, os clientes começaram a aparecer e eu comecei a achar que, de fato, estava fazendo a diferença. Os ideais e a sede por justiça afloraram novamente. Vi-me em êxtase diante de cada liminar concedida, de cada sentença procedente, de cada recurso provido. O trabalho era árduo, mas a recompensa era deliciosamente gratificante.

É claro que eu sabia que a advocacia também tem as suas desvantagens... Prazos a cumprir, sob pena de, muitas vezes, perecer o direito do cliente; noites sem dormir peticionando; clientes que ligam a qualquer hora do dia ou da noite e acham que o advogado tem que estar sempre à disposição dele; não poder adoecer, tirar férias ou viajar; ter que aguentar todo tipo de desculpas dos clientes na hora de receber os honorários a que faz jus... E essas foram apenas algumas das dificuldades que encontrei.

Mais a maior de todas, sem dúvida, a mais desestimulante, vem do próprio Poder Judiciário, na forma como a classe é tratada. Pela lei, não deve haver hierarquia entre juiz, advogado e promotor, mas a prática, muitas vezes, se apresenta de forma bastante diversa. Perdi a conta de quantas vezes tive que esperar horas na porta de um juiz para conseguir falar com ele, muitas vezes sobre a necessidade de diligência em uma medida urgente. Perdi a conta de quantas vezes fui desrespeitada por serventuários mal humorados, que achavam que estavam me fazendo um favor, quando, na verdade, estavam apenas fazendo o trabalho deles. Perdi as contas de quantas vezes tive que praticamente implorar por um simples despacho, mesmo o meu processo já estando empilhado no gabinete do juiz por meses... Que a justiça é cega eu já sabia, mas não sabia que ela também é surda!

E assim persisti por quatro anos. Até chegar ao ponto em que as dificuldades superaram o prazer em exercer a profissão. Até chegar ao ponto em que o desafio, que antes era estimulante, passou a ser frustrante. E assim acabei, no final do ano passado, desistindo da advocacia. Se um dia eu vou voltar, não tenho como dizer, mas, por hora, para mim, não dá mais... Amadureci a idéia durante algum tempo, avaliei as minhas possibilidades, escolhi uma nova carreira para tentar seguir (pois eu me recuso a ser um desses concurseiros que "atiram para todos os lados"); elaborei um plano B - just in case - e continuei a batalha. Uma nova batalha, é verdade, mas a guerra permanece a mesma. Pois os ideais do Direito e a sede por justiça ainda existem dentro de mim. A vontade de fazer valer as garantias, de ser a portadora de boas notícias para os injustiçados e, principalmente, de fazer a diferença, persiste.

Quem sabe, agora, eu finalmente consiga...

terça-feira, 22 de março de 2011

Livros - Coração apaixonado


Esse é o segundo volume da trilogia Coração Ferido e, vou logo adiantando, é muito, mas muito melhor do que o primeiro. Se o primeiro livro já mereceu cinco estrelas, esse então mereceria mais... Lembro que quando comentei sobre o primeiro livro disse que esperava que a personagem Gretchen fosse um tanto mais marcante, mais manipuladora do que ela se revelou. 

E é exatamente nesse ponto onde esse livro superou o primeiro, a meu ver. Porque nesse volume a serial killer se mostra mais envolvente, mais manipuladora, capaz de mais atrocidades. A autora conseguiu misturar o veneno e o charme da vilã na dose certa, transformando-a, agora sim, em uma personagem rica, marcante, completamente envolvente...

Ademais, esse volume tem muito mais ação e emoção do que o primeiro. Archie tenta recomeçar sua vida ao lado da família e cuidar mais da sua saúde, tentando diminuir o consumo de comprimidos. Porém, tudo começa a mudar quando ele recebe a notícia que Gretchen foi atacada na prisão. O que não passa de parte de um plano para que ela fuja da prisão...

A obsessão de um pelo outro fica mais evidente do que nunca nesse segundo volume. Uma obsessão doentia e perigosa, que vai fazer com que ambos cometam as maiores e mais diversas loucuras...

segunda-feira, 21 de março de 2011

Minha vida é andar por este Estado... #1

Como eu disse antes, faz parte do meu trabalho viajar pelo interior do Estado, participando de correições e inspeções criminais. Semana passada foi a minha primeira viagem e quarta feira agora a andança já recomeça. Não vou mentir, eu adoro!!! É bastante cansativo, mas acho muito legal e interessante, porque além de quebrar a rotina do trabalho, ainda me permite passear um pouco. A viagem foi bastante corrida, estive (ainda que rapidamente em alguma delas) em 7 cidades em 5 dias. Mas mesmo com a correria, deu tempo de registrar alguns cliques...

Igreja de Umarizal


Serra de Patu


Pracinha em frente ao fórum de Campo Grande

E tem também as fotos, no mínimo, curiosas, de coisas que a gente só vê em interior...


Certidão de um Oficial de Justiça. A foto não
ficou boa, mas dá para ler...


E teve gente no grupo que quis pedir o nº 40...
Quem aguenta comer tudo isso??


Testemunhas a serem ouvidas
em um inquérito...

domingo, 20 de março de 2011

Livros - O rei do inverno (DL 2011)

Desafio literário - mês de março - Livro 1


Para o mês de março do Desafio Literário escolhi ler a trilogia As crônicas de Artur, de Bernard Cornwell, composta pelos títulos O rei do inverno, O inimigo de Deus e Excalibur. Sempre fui fascinada pelas histórias de Artur, Merlin, Lancelot, Morgana e cia. Ano passado, li a coleção As brumas de Avalon, que é contada sob a perspectiva das personagens femininas da história, por isso achei que ficou faltando um pouco de ação, mas mesmo assim gostei bastante.

Já na história contada por Cornwell, ação é o que não falta. As cenas de batalha, por sinal, são o ponto forte do livro. São narradas com tamanha riqueza de detalhe que praticamente transportam o leitor para os campos, ao lado dos heróis. 

A saga é contada por Derfel, amigo pessoal e guerreiro de Artur, que se tornou monge cristão. Um personagem muito bem construído, que merece destaque. Aliás, dá pra notar que o autor pesquisou bastante antes de escrever a obra, optando por deixar de lado aspectos mais "fantasiosos" da saga. Artur, por exemplo, nunca foi rei; a espada Excalibur jamais esteve fincada em uma pedra; e Lancelot foi um bravo guerreiro, e não um covarde.

Nem tudo são flores, no entanto, pois o início da obra é muito lento e a história demorar a engrenar. Mas, superadas as 200 páginas iniciais, o leitor se vê diante de uma obra incrível, daquelas que não dá vontade de largar, que impressiona e surpreende a cada virada de página... AS conversas entre Derfel e a rainha, as batalhas e aventuras de Artur, a própria história da juventude de Derfel... tudo prende o leitor e torna a leitura bastante agradável.

Bem, vou terminar por aqui, pois ainda faltam dois volumes da trilogia (estou mais ou menos na página 150 do segundo) e não quero que as resenhas se tornem repetitivas...

Recomendadíssimo!!!!

Nota 4 (apenas pelo início lento)

Tem muita gente cara de pau por aí...


Este não é o meu primeiro blog. Se minhas contas estão corretas, na verdade é o quarto. Dos meus atuais (e parcos) seguidores, a única pessoa que acompanhou os meus blogs anteriores foi a Luma que, inclusive, participou do projeto blognovela comigo (foi assim que nos “conhecemos”). Isso foi em 2004 ou 2005, não tenho certeza.

Recentemente, consegui recuperar o conteúdo de dois desses blogs (ainda não consegui o da blognovela, Luma. Se algum dia eu conseguir, passo para você). Agora, curtindo minha insônia, peguei alguns dos meus textos antigos e joguei trechos deles no Google, para ver se aparecia algo. Foi quando me deparei com o blog de uma “sujeitinha” que copiou vários desses textos e os publicou como se dela fossem. É muita cara de pau!!! Entrei em contato com a “indivídua” e disse a ela que remova imediatamente meus textos do seu blog. Para o azar dela, eu tenho provas da autoria deles...

Vejam bem, eu sou advogada, defensora ferrenha dos direitos autorais, escrevi minha monografia da graduação sobre o tema. Como posso permitir que alguém se aproprie das minhas palavras? Se a pessoa não tem capacidade de organizar seus próprios pensamentos, não saia por aí “roubando” os textos dos outros... Muito feio isso, pra não dizer que é crime.

Eu não sou escritora profissional, e não tenho pretensões de ser... (a não ser que algum dia venha a publicar alguma tese de mestrado ou coisa parecida). As coisas que escrevo são simplesmente desabafos, registros de fatos que de alguma forma me marcaram ou o resultado de várias e várias noites de insônia ao longo dos anos. Mas mesmo assim, são os meus desabafos, os meus sentimentos, as minhas horas acordadas... É a minha vida!

Como posso eu escolher defender os direitos das outras pessoas como meio de vida e não fazer nada quando vejo os meus próprios direitos serem discaradamente violados?

Sujeitinha cara de pau... Ela conseguiu me irritar, de verdade!!!!

sábado, 19 de março de 2011

Pistas de você



Vasculhando ums e-mails antigos, encontrei um que foi enviado de mim para mim mesma, de 2005, com o texto abaixo salvo em um anexo do word (uma coisa que faço muito quando escrevo algo e não tenho um pendrive por perto).

Sinceramente, eu não me lembro de ter escrito esse texto, nem quando escrevi, mas desconfio quem de quem possa ter inspirado as palavras (nessa mesma época, eu morava em Brasília e recebi uma proposta de casamento juntamente com uma mudança para o Rio de Janeiro - que recusei... Mas, enfim, essa é outra história). Fiz uma busca na net, pra ver se não se tratava de um texto de outra pessoa que por algum motivo eu copiei (antes de publicá-lo como se meu fosse), mas não encontrei nada. Fiz algumas mudanças, mas por fim acabei optando por postá-lo na forma original, que retrata o meu eu de 24 anos...

Hoje a tarde caiu em tons vermelhos, como um espetáculo estampado num céu apaixonado. E a noite se atravessou vagarosamente, trazendo a impressão de que a escuridão pedia licença para apagar a luz do dia que aos poucos se findava. E, enquanto a natureza dirigia a mudança de cenário, eu tentava imaginar em que lugar do mundo você assistia ao pôr-do-sol.

Talvez a consciência de que as minhas mãos são incapazes, por agora, de alcançar as suas faça meu coração procurar por conforto nas incertezas do futuro, tornando o meu presente um atalho perigoso para chegar ao ao abrigo dos seus braços, mas nem por isso deixa de ser o caminho mais hábil para acalmar a ansiedade que toda essa busca me traz.

Ás vezes fico a desenhar as suas feições em meu pensamento e gasto meu tempo a procurar a cor exata da sua íris em olhos que não lhe pertencem. E, como um tesouro perdido dentro de mim, guardo na mente lembranças dos momentos em que lhe encontrei nos meus sonhos.

Porém, muito embora eu tente com afinco resgatar cada detalhe da sua imagem projetada no meu inconsciente, nem sempre sou capaz de identificar seu rosto no meio de tanta gente que se põe diante de mim. Então, fico assim meio perdida e acabo confundindo sua boca com os lábios de um outro alguém. Só depois eu percebo que, apesar do aparente desejo, ainda não era você...

E volto a procurar seus passos, deixados como um rastro num caminho que ainda não percorri. Na esperança de que um dia o destino tropece nas pistas que você abandona por onde passa e me leve, finalmente, para a sua direção...

Lista ilustrada das pequenas coisas que me fazem feliz #11

Fotografia




Eu já disse isso antes: estou longe de ser uma fotógrafa profissional. Não tenho a técnica nem o equipamento necessários para tal. Mas, mesmo assim, de uma forma amadora, eu adoro tirar fotografias (muito mais até do que sair nelas). Na farra com os amigos, minha câmera está sempre presente; nas viagens, saio tirando fotos de tudo o que vejo...

Essa foto foi tirada essa semana, em uma viagem do trabalho. É um açude em algum lugar do Alto Oeste do Rio Grande do Norte. Almoçamos com essa vista... Gostei!!

Profissional ou não, com fotos boas ou não, não importa! Fotografia é uma das pequenas coisas que fazem a minha vida feliz!!!

sábado, 12 de março de 2011

Lista ilustrada das pequenas coisas que me fazem feliz #10

Ouvir música alta




Minha vida tem trilha sonora, isso é fato. As pequenas coisas do dia a dia que faço, principalmente aquelas que eu não gosto tanto, se tornam muito mais prazerosas se feitas ao som de uma boa música. Seja quando estou na net, arrumando as coisas da casa, jogando, trabalhando, até lendo eu gosto de ouvir música... E, quanto mais alto o volume, melhor!!!! O estilo preferido: rock, é claro!!!!

É isso... mais uma pequena coisa que me faz feliz...

Cinema - Cisne negro

Cisne negro (Black swan)
Ano: 2010
Gênero: Suspense
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Andres Heinz e Mark Heyman, baseado em história de Andres Heinz
Elenco: Natalien Portman, Mila Kunis, Winona Ryder, Vincent Cassel, Barbara Hershey, Toby Hemingway, Janet Montgomery, Kristina Anapau, Sebastian Stan, Ksenia Solo




Eu finalmente assisti a esse filme, mas ainda estou na dúvida se gostei ou não. De início, já vou logo dizendo que a atuação de Natalie Portman é impecável e que ela mereceu todos os prêmios que ganhou, e ainda merecia mais. A atriz perdeu peso, aprendeu a dançar e se entregou de corpo e alma à Nina, sua personagem. 


O filme explora a psiquè da personagem, uma bailarina que busca a perfeição. Ela acaba se ser eleita a primeira bailarina de sua companhia, e vai estrelar uma nova versão de O lago dos Cisnes. Só que é exatamente na busca dessa perfeição que Nina acaba se perdendo, e perdendo também a sua sanidade.


O problema do filme é que ele abusa dos "sustos" e dos conflitos psicológicos da protagonista, chegando ao ponto de não sabermos mais o que é verdade e o que não é. Com isso, a personagem, que a princípio parecia bastante interessante, acaba se tornando confusa demais, mesmo com a brilhante atuação de Natalie Portman.


Ponto positivo para as cenas de dança, muito bem feitas e emocionantes e para o elenco como um todo, que traz atuações consistentes e profundas.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Livros - Todas as histórias do analista de Bagé

#6 do desafio 52 semanas, 52 livros




Ninguém pode dizer que deitou no divã do analista de Bagé e não saiu curado... Pode até questionar os métodos do analista, mas não a sua capacidade de curar seus pacientes... Um dos melhores personagens de Luis Fernando Veríssimo.

Um livro curto, com apenas 80 páginas, que é facilmente lido de uma única vez e ainda deixa com gostinho de quero mais... É claro que existem algumas histórias que são melhores do que as outras, mas como um todo, é uma obra muito boa, leve e divertida, com um personagem regado a sarcasmo e irreverência...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Livros - A hospedeira

#5 do desafio 52 semanas, 52 livros




Aqui estou eu, em pleno mês de março, terminando o mês de janeiro do desafio... Totalmente atrasada. Mas não tem problema, ainda tenho muito tempo para colocar em dia o desafio. Sei que ele não vai seguir direitinho um livro por semana, mas o importante é que, no final do ano, eu tenha atingido a marca dos 52 livros.

Eu acabei de ler o livro, literalmente. E confesso que estou tendo um pouco de dificuldades de escrever sobre ele. A verdade é que o início do livro é chato, enfadonho e eu tive vontade de desistir algumas vezes. Mas da metade para o final, a história cresce, a trama se torna bastante interessante e o livro ganha muita força, chegando a tirar o fôlego em determinados momentos até chegar a um final muito bom.

A terra já não é mais habitada por humanos. Seres extraterrestres, chamados simplesmente de almas, tomaram conta dos corpos humanos e passaram a comandar nosso planeta, em um mundo pacífico e aparentemente sem problemas.Mas alguns humanos ainda resistem, e o mais importante, alguns humanos conseguem resistir mesmo depois de terem as almas inseridas em seus corpos. Seus corpos já não são mais controlados por eles, mas suas mentes resistem e, em alguns casos, conseguem inclusive se comunicar com seus hospedeiros.

É o que acontece com Melanie, uma humana que ainda sobrevive, apesar de seu corpo ter sido habitado por Peregrina, uma alma. Melanie convence Peregrina a ir em busca de seu amado e de seu irmão e, então, a vida da alma toma um rumo totalmente inesperado.

O bacana do livro é ver o desenvolvimento da relação existente entre Melanie e Peg. A forma como evolui do ódio ao amor, ao ponto do sacrifício extremo proposto por Peg. Ademais, existem ainda os conflitos vividos pelos humanos resistentes, onde confiança, medo, esperança, sobrevivência, convivem lado a lado, em uma situação extrema.

Acho que o livro poderia ser um pouco mais curto. Como eu disse, às vezes ele se torna enfadonho. Como um todo, é um a boa leitura e levou três estrelas no Skoob.

sábado, 5 de março de 2011

Livros - Assassinato no expresso do oriente



Várias pessoas, de várias idades e de várias nacionalidades diferentes, de repente se vêem ligadas por um assassinato ocorrido no Expresso do Oriente, famoso trem. O assassinato ocorreu enquanto o trem estava parado, no meio de uma nevasca, o que tornou impossível a alguém de fora entrar ou sair. A primeira conclusão lógica a que Hercule Poirot chega, portanto, é a de que o assassino ainda está no trem.

Usando o seu famoso método de investigação, o detetive entrevista todos os possíveis suspeitos, chegando, ao final, a uma descoberta surpreendente.

Esse é, sem dúvida, um dos livros mais famosos de Agatha Christie. Confesso que já o havia lido na adolescência, mas não me lembrava dos detalhes da história nem, principalmente, do seu final, um dos mais originais da autora que já li.

Uma ótima leitura, um verdadeiro clássico da autora.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Lista ilustrada das pequenas coisas que me fazem feliz #9

Cozinhar em ocasiões especiais



Essa foto está famosa hoje... ela já passou pelo meu Facebook, pelo Twitter e agora está aqui no blog. Foi o bolo que fiz para o aniversário da minha sobrinha e afilhada, Beatriz, que veio passar o carnaval aqui em Natal comigo, trazida por meus pais. E, para completar a alegria, ontem (ou melhor, dia 02), foi o aniversário dela, 5 aninhos.

Eu gosto muito de cozinhar, mas não no cotidiano, até porque não tenho tempo. Mas, em ocasiões especiais, simplesmente adoro ir para a cozinha (principalmente se tiver alguém para limpar a bagunça que eu deixo - hehehe). E, definitivamente, o bolo de Bia foi uma ocasião especial. Demorei três horas para fazê-lo...

O bolo já foi devidamente comido (não todo, ainda tem) e aprovado. Ainda bem!!!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Cinema - Bruna Surfistinha, o filme

Bruna Surfistinha, o filme
Ano: 2011
Gênero: Drama
Direção: Marcus Baldini
Roteiro: Antonia Pelegrinno, Homero Olivetto e José Carvalho, baseado em livro de Raquel Pacheco
Elenco: Deborah Secco, Drica Moraes, Cássio Gabus Mendes, Fabíula Nascimento, Erika Puga, Brenda Lígia, Guta Ruiz, Cristina Lago, Gustavo Machado.


Antes de mais nada, quero deixar uma coisa bem clara. Eu pretendo neste post falar do filme Bruna surfistinha e não da pessoa Bruna Surfisitinha (ou Raquel Pacheco, como prefiram). Eu não gosto dela, não gosto do estilo de vida dela, não a consideraria para ser minha amiga. Mas eu não estou aqui para julgá-la. Cada um faz da sua vida o que quiser.

Mas falando do filme, eu tenho que admitir: não achei ruim. Está longe de ser excelente, mas é um bom filme sim. Acho que o que tem atraído tanta gente para os cinemas é a vida dela, o fato de ela ser uma garota de programa, de  assumir que gosta de sexo, que trabalhou muito tempo com sexo (imagino que os homens também não devam achar ruim ver Deborah Secco praticamente nua). Mas o filme é o que é: o relato da vida de uma garota de programa.

E como filme, como eu disse, não é ruim. O principal destaque é, sem dúvida, Deborah Secco, que está muito bem no papel. Uma excelente atuação. O filme é bastante ousado, mas não chega a ser vulgar. As cenas de sexo estão presente, naturalmente, mas não destoam do contexto do enredo apresentado pelo longa. Os demais integrantes do elenco também estão muito bem, destaque para Drica Moraes e Cássio Gabus Mendes.

A história de Bruna não é uma história fácil. Isso é fato. E o legal do filme é que ele conseguiu contar essa história de uma forma natural, apesar de todos os temas "chocantes", como o sexo e as drogas. E, para finalizar, destaco a trilha sonora do filme, que se insere perfeitamente, completando-o. Um bom filme...