terça-feira, 31 de maio de 2011

Livros - O livreiro de Cabul (DL 2011)

Desafio literário - mês de maio - livro 2




Desde que eu li O caçador de pipas e conheci um pouco mais da cultura afegã, esse livro entrou na minha lista de "livros para serem lidos". Entre uma coisa e outra, sempre acabei adiando a leitura, até que a oportunidade se apresentou com o Desafio literário.

Após a queda do regime Talibã, a jornalista Asne Seierstad foi para o Afeganistão para cobrir a guerra e lá acabou se instalando na casa de uma típica família afegã e dividindo com eles o cotidiano por aproximadamente 3 meses. O livro traz justamente o relato desses três meses, com o dia a dia da família, seus hábitos e suas várias histórias. Aliás, contar histórias parece ser uma coisa bem comum no Afeganistão. As pessoas, pelo que pude perceber com o pouco que já li, adoram, de uma forma geral, contar histórias.

A autora foca cada capítulo do livro em um "personagem", em um membro da família, o que eu achei bastante interessante, pois deu uma dinâmica legal à obra. Os relatos são, em sua maioria, cativantes e capazes de despertar a atenção para a cultura afegã, para os seus costumes. São capazes também de fazer despertar os mais variados sentimentos pelos "personagens". É impossível, em alguns momentos, não sentir muita raiva de Sultan Khan, nome fictício dado ao chefe da família - o tal livreiro que dá nome ao livro -, não sentir pena de sua esposa.

Aliás, o Sultan, cujo nome verdadeiro eu li em algum lugar mas esqueci, ficou p da vida com o livro da jornalista, dizendo que ela revelou "mais do que deveria" e acabou escrevendo o seu próprio livro, dando a sua versão dos fatos, Eu sou o livreiro de Cabul. Pode até ser uma leitura interessante, para comparar as duas versões da mesma história. 

Mas, voltando a esse livro, achei um leitura interessante, um tanto polêmica, porém a obra não conseguiu me prender o suficiente, razão pela qual ela vai levar apenas uma nota 3. Mas leiam, vale a pena sim.

Lista ilustrada das pequenas coisas que me fazem feliz #21

Minha família




Na tentativa desesperada de colocar meu blog em dia, vamos ao item da semana passada da lista. E esse é um daqueles itens que eu disse que não se enquadram na categoria de "pequenas coisas". De forma alguma... Essa, inclusive, é a maior de todas as "coisas", a mais importante delas...

Sim, amigos são importante... muito importantes. Mas não há nada como a família... Pelo menos a minha. Cada um, à sua maneira, é a pessoa mais importante da minha vida. É por cada uma dessas seis pessoas, e somente por elas, que eu posso afirmar sentir um amor incondicional. São essas pessoas que eu tenho certeza que, não importa o que aconteça, estarão sempre ao meu lado.

É para eles que eu tenho vontade de chorar as tristezas da vida. É para eles que eu tenho vontade de contar cada conquista minha. Eles são as primeiras pessoas que eu penso ao acordar e as últimas que penso ao dormir. É pela felicidade deles que eu rezo todas as noites. Foram eles que me ajudaram a ser quem eu sou hoje. Eles são a minha família...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Vida "on hold"


Esses últimos dias não foram fáceis para mim. Problemas pessoais, intrigas envolvendo meu nome, correria do cotidiano, tarefas para cumprir, coisas do trabalho (se bem que o esse é sempre uma alegria... não importa o quão estressante o dia seja, eu não consigo sair de lá chateada!), enfim, coisas que acontecem na vida de qualquer pessoa me fizeram ficar afastada por uns dias não apenas do blog, mas das pequenas coisas que eu faço para me divertir, para me distrair, e que geralmente viram assunto por aqui.

Estou em falta com minhas leituras, em falta com minhas metas, comigo mesma. Quem me conhece, sabe que isso é uma das coisas que mais me irrita. Eu odeio não cumprir metas, não cumprir prazos, não concluir projetos, deixar as coisas pela metade. Fico extremamente irritada comigo mesma sempre que isso ocorre.

Ainda não estou oficialmente desistindo de nada, mas sei, por exemplo, que do jeito que as coisas estão, vai ser praticamente impossível conseguir concluir o desafio 52 semanas, 52 livros, pelo menos com as regras adicionais que eu criei para mim mesma. Mas vou continuar contabilizando as leituras, só para ver quantos "vou ficar devendo" no final do ano.

A lista ilustrada das pequenas coisas que me fazem feliz também está atrasada, mas vou dar continuidade ainda hoje, mais tarde. Só que uma coisa me chamou atenção esses dias. O nome do projeto, na verdade. Porque eu me dei conta que alguns dos itens da lista não devem, de maneira alguma, ser considerados pequenas coisas.Pelo contrário, são coisas de grande relevância na minha vida. Mas, como o nome não fui eu quem criou, vai continuar assim mesmo... 

O projeto 300 filmes para ver antes de morrer, que não tem prazo ou quantidade mínima semanal também será retomado. E  a meta do mês do Desafio literário foi devidamente cumprida, só falta o post do último livro do mês (tenho até amanhã para escrevê-lo).

Alguns textos pessoais também estão na espera para serem publicados, mas vou priorizar os prazos e colocar, aos poucos, as coisas em ordem novamente, com os zibilhões de posts que tenho que escrever. Bem, é isso... só queria dizer que eu ainda não vou enterrar o blog, que ele está de volta e que eu estou viva e, o melhor de tudo, muito bem, apesar dos pesares...

sábado, 21 de maio de 2011

Lista ilustrada das pequenas coisas que me fazem feliz #20

Achar dinheiro perdido em bolsas




Ando meio sem saco pra fazer a lista ultimamente. Aliás, tirando meu trabalho, ando meio sem saco pra um monte de coisas ultimamente. Mas, com relação À lista, o que está pegando são as fotos... Pois eu sei exatamente o que me faz feliz, só não sei muitas vezes como expressar por meio de fotografia.

Mas eis que, fazendo a arrumação semanal das minhas bolsas, comecei a encontrar um monte de moedinhas soltas e espalhadas por dentro delas para, logo em seguida, encontrar R$ 25,00. Bom demais!!!

Pois quem não gosta de encontrar dinheiro... hehehe No caso, o legal da foto é que ela é real. De fato, no início, começaram a brotar moedinhas do nada, depois uma nota de cinco reais e, por último, uma de vinte... Sei que não é muito, mas pelo menos a manicure da semana saiu "de graça"... hehehe

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Minha vida é andar por este Estado... #6

Semana de viagem significa blog meio abandonado... Não porque eu queira, mas porque depender de net de pousada é uma porcaria... hehehe Mas cheguei hoje, e já trago mais fotos para vocês. Tenho que admitir que dessa vez a máquina não foi tão utilizada, mas mesmo assim deu pra capturar algumas imagens.

Vista da varanda do Fórum de Nova Cruz


Eu juro que mudava de nome...


O almoço mais barato da minha vida (R$ 1,50
foi o refri)


Ah, a chuva... Adoro!!!


Restaurante Pedra da Onça, em Santo
Antônio

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Livros - A revolução dos bichos

# 14 do desafio 52 semanas, 52 livros




"... mas já era impossível distinguir quem era homem, quem era porco."


Se você não gosta de história, não entende bulhufas do assunto e nem faz questão de entender, você vai gostar de ler A revolução dos bichos porque é uma fábula muito bem escrita, sobre poder e submissão a este poder, sobre traição e ganância. Se uma criança ler o livro, entenderá bem a sua mensagem,  saberá distinguir os "bons" dos "maus" ao longo do enredo. Saberá quem agiu certo e quem agiu errado, quem enganou e quem foi enganado. Pois o livro é bem claro em sua mensagem.

Já um adulto que leia o livro, chegará às mesmas conclusões, mas poderá ir muito além, principalmente se gostar de história e se lembrar dos fatos ocorridos durante a revolução russa, pois imediatamente reconhecerá seus três grandes nomes em personagens do livro.

Muito já foi dito e explicado sobre o livro, que é um clássico, por isso vou apenas fazer um pequeno resumo da obra...

Major, um porco velho, convoca os bichos da fazenda para lhes contar sobre um sonho que teve. Ele diz ter sonhado com uma revolução dos bichos, que são maltratados pelos homens. Afirma que o homem, apesar de nada produzir, é o único que se beneficia do trabalho dos animais, ficando com todo o seu produto. Instiga os animais da fazenda a assumirem as próprias vidas, livrando-se desse mau elemento.

Após a sua morte, assumem o "comando" os porcos Bola-de-Neve e Napoleão, que põe em prática os planos de Major e promovem a revolução. Os bichos passam, então, a viver em uma sociedade sem líderes, onde todos são iguais, regida por sete mandamentos:

01. Qualquer coisa que ande sobre duas patas é inimigo
02. O que andar sobre quatro patas, ou tiver asas, é amigo
03. Nenhum animal usará roupa
04. Nenhum animal dormirá em cama
05. Nenhum animal beberá álcool
06. Nenhum animal matará outro animal
07. Todos os animais são iguais

Por uns tempos, as coisas funcionam muito bem na fazenda, os animais estão felizes com o seu trabalho e com o fato de dele tirarem o seu "sustento". Até o dia que Napoleão expulsa Bola-de-Neve da fazenda e passa, aos poucos, a mandar em tudo e todos, se declarando "líder". Ele transforma Bola-de-Neve em um traidor e conspirador, fazendo com que todos os animais acreditem em suas palavras. Os animais passam a ser cada vez mais explorados e as regras começam a mudar. Instala-se na fazenda uma verdadeira tirania e os sete mandamentos são aos poucos esquecidos e adaptados de acordo com a conveniência dos porcos, sempre liderados por Napoleão.

No final, tudo passa a se resumir a único mandamento: "Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais que os outros".

Um texto direto, com uma narrativa simples e marcante, que nos leva a uma verdadeira reflexão...

E aí, conseguiu identificar quem é quem no livro? Se não conseguiu, segue a dica, mas corra para a biblioteca e pegue um livro de história, que você está precisando refrescar a memória... hehehe

Major (Lenin)
Bola-de-Neve (Trótski)
Napoleão (Stalin)

domingo, 15 de maio de 2011

Livros - Caixa-preta (DL 2011)

Desafio literário - mês de maio - livro 1


Três acidentes aéreos brasileiros, todos com um elemento em comum: sobreviventes. O primeiro deles, ocorrido em 1973, quando um Boeing brasileiro decolou rumo à França, pousa em Paris em chamas; o segundo, em 1988, um vôo Brasília - Belo Horizonte - Rio de Janeiro, é sequestrado por um maluco que, armado, ordena ao piloto que jogue o avião sobre o Palácio do Planalto, na capital federal; o terceiro, em 1989, um avião que ficou perdido em algum lugar entre Belém e Marabá e teve que fazer um pouso forçado em plena Amazônia, por estar quase sem combustível. 

Três dramas, três tragédias, narradas de forma muito expressiva por Ivan Sant'Anna. O livro é resultado de um denso trabalho de pesquisa do autor, que conseguiu reunir informações inéditas sobre os referidos desastres. Em cada "episódio", ele foca a narrativa no drama de alguns dos passageiros, na angústia e desespero por ele vividas, mas, o melhor de tudo, sem apelar para o sentimentalismo e o sensacionalismo.

Outro fator que me chamou bastante atenção foi que o autor deu um tom de ficção à obra e, em vários momentos, eu cheguei a esquecer que aquelas histórias eram verídicas, de que o drama, o sofrimento e a angústia daquelas pessoas eram reais e achei que estava lendo uma obra de ficção. Outra coisa que gostei muito é que o autor não abusa de termos técnicos e da linguagem própria da aviação, o que tornaria, a meu ver, a leitura entediante. Mas não, o livro prende do início ao fim. 

Uma ótima leitura para todos os curiosos de plantão.


Nota: 4

sábado, 14 de maio de 2011

Filmes - Beleza americana

#5 do projeto 300 filmes para ver antes de morrer


Beleza americana (American beauty)
Ano: 1999
Gênero: Drama
Direção: Sam Mendes
Roteiro: Alan Ball
Elenco: Kevin Spacey, Annette Bening, Thora Birch, Wes Bentley, Mena Suvari, Peter Gallagher, Chris Cooper, Scott Bakula,



Pra ser sincera, eu nunca gostei muito desse filme... Achei que ele foi superestimado à época do seu lançamento. Na verdade não é que eu não tenha gostado, acho que a expressão é muito forte para expressar minha opinião, pois o filme traz elementos técnicos inovadores, além de atuações perfeitas, mas não achei nada demais. Não achei quando o vi pela primeira vez e não achei agora, quando revi para o projeto.

Todo mundo fez o maior bafafá quando o filme estreou, afirmando ser um "tapa na cara" no estilo de vida suburbano americano. Para mim, nada mais é do que um filme sobre duas famílias disfuncionais, que acabam se tornando vizinhas. Uma - a principal - formada por um cara passando por uma crise de meia idade, que se dá conta de que desperdiçou sua vida; uma mulher neurótica e ambiciosa e uma filha adolescente complexada. A outra, composta por um oficial do exército, que nunca teve coragem de assumir sua homossexulaidade, uma esposa reprimida e submissa e um filho drogado. O encontro dessas duas família, é claro, não poderia terminar de uma forma boa...

O que não me agrada no longa é o seu enredo propriamente dito, mas tecnicamente falando, o filme tem aspectos extremamente positivos. O primeiro deles que destaco é justamente a frase inicial, dita pelo personagem de Kevin Spacey: "Meu nome é Lester Burnham. Essa é minha vizinhança. Essa é a minha rua. Essa é a minha vida. Eu tenho 42 anos e, em menos de um ano, estarei morto. É claro, eu ainda não sei disso. E, de certa forma, eu já estou morto." Esse começo, é verdade, aumenta o clima de suspense em torno da trama, e dá um certo quê de curiosidade ao espectador.

Há também o elenco, que traz interpretações brilhantes. Kevin Spacey prova ser um dos maiores atores que existem na atualidade (ele me ganhou em Seven e, depois disso, só subiu no meu conceito). Ele dá profundidade ao personagem e, a cada nova aparição, revela uma nova faceta de Lester. A parceria com Annette Bening é perfeita. O restante do elenco também está muito bem, a exceção de Peter Gallagher, que achei totalmente inexpressivo (mas o personagem dele também não ajuda). Destaco ainda Web Bentley (Rick), que consegue se expressar mais com seu olhar do que até mesmo do que com sua câmera...

E, por falar na câmera de Rick, ela é a responsável por uma das cenas mais comentadas do filme: o famoso saco plástico voando. É legal mas eu, sinceramente, não consegui captar toda a poesia do momento. Como também não achei nada demais nas rosas, as American beauties que dão nome ao filme e sempre estão presentes quando o Lester fantasia sobre a amiga de sua filha, Angela.

Enfim, um filme, a meu ver, superestimado, que eu dou por visto (e revisto)...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Livros - Orgulho e preconceito

#13 do desafio 52 semanas, 52 livros


Inglaterra do século XIX. Uma mãe, cujo maior desejo é ver as cinco filhas casadas, preferencialmente com um homem que possa proporcioná-las uma vida sem privações financeiras. Duas irmãs, uma sagaz e inteligente; outra meiga e carinhosa, ambas muito bonitas. Dois amigos que chegam aos arredores, ambos ricos, ambos bonitos porém com personalidades bastante distintas: Mr. Bingley, simpático e caloroso, logo se encanta por Jane, a irmã meiga. Já Elizabeth, a sagaz, é rejeitada por Mr. Darcy, um homem orgulhoso, que se acha melhor que todos ao seu redor, por ser o mais rico dentre eles. Encontros e desencontros. Reviravoltas. Uma bela história...


Uma narrativa densa, com um linguajar rebuscado, que faz com que às vezes a história se torne um tanto “maçante” e seja necessária e releitura de um ou outro parágrafo. Mas, ao mesmo tempo uma história lindamente escrita, que faz com que o leitor tenha vontade de devorar as páginas. Os costumes, os bailes, os pensamentos da época em que se passa o enredo são muito bem descrito, realmente nos transportando para o século XIX. Os diálogos são primorosos (o ponto forte de toda a narrativa, a meu ver, sem dúvida).

O casal protagonista, muito famoso, é cativante. Ela, pelo seu carisma; ele, pela sua arrogância. Sim, pois é justamente a arrogância de Mr. Darcy, apresentada no início da obra, que faz com que 90% das mulheres que lêem o livro se  encantem por ele. E quando ele finalmente prova que, apesar de tudo, é uma boa pessoa, as mulheres já estão completamente apaixonadas e nem se deram conta... (Se eu me apaixonei? Isso vocês jamais saberão – hehehe).

Não vou entrar aqui em detalhes sobre Romantismo, Realismo, até porque já fz muito tempo que eu estudei literatura (mas, pelo que me lembro, vi traços dos dois movimentos na obra, considerada de transição entre os dois períodos). Mas, como eu disse, não é isso que importa, não é isso que vai fazer você ter vontade de ler o livro. O que vai fazer você ter vontade de ler o livro é saber que é uma bela história, muito bem escrita...

P.S. Esse foi o primeiro livro que recebi do Livro Viajante do Skoob. Um muito obrigada muito especial para Angélica Roz, dona do livro, que me proporcionou momentos de grande deleite...

Lista ilustrada das pequenas coisas que me fazem feliz #19

Twitter



Eu não sou daquelas pessoas que respiram e colocam no Twitter. Nada contra, apenas não é o meu estilo. É claro que escrevo muita besteira no Twitter, mas não tudo o que acontece na minha vida...

Mas acho que o Twitter, se usado de forma inteligente, pode ser uma ferramenta muito válida, pois nos permite, em um único lugar, ter notícias dos amigos, saber da vida alheia, ver os acontecimentos do mundo praticamente de forma instantânea e, o melhor de tudo, filtrar as informações que querermos receber de acordo com as nossas áreas de interesse...

Por isso, o twitter é uma pequena coisa que me faz feliz, porque me permite fazer tudo isso que eu citei acima de uma vez só e economizar tempo... ehehehhe

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Um ano!!


Há um ano eu acordei com vontade de escrever e, numa atitude de impulso, decidi criar um blog, depois de ter passado anos afastada desse mundo. Não sabia exatamente que cara ele teria, ou sobre o quê ele seria. Não sabia se alguém iria se interessar por minhas besteiras... mas mesmo assim decido criá-lo. E aqui estou, um ano depois...

Aos poucos ele foi tomando forma, criando a sua identidade própria. Algumas idéias foram surgindo ao longo do caminho, umas foram postas em práticas, outras morreram antes mesmo de nascer... O que eu sei é que durante esses 365 dias, muita coisa aconteceu. Várias viraram post, outras achei que eram pessoais demais para expor ao mundo. Tive grandes momentos de felicidade, e outros de intensa tristeza... Tive conquistas, decepções, mudanças, paixões...

E ele sempre esteve lá, para me acompanhar. Para ser meu amigo, meu confidente, minha válvula de escape... Sei que para a maioria é apenas mais um blog, mas para mim é o meu cantinho, onde posso escrever sobre o que quiser, onde posso ser eu mesma, onde posso expressar meus sentimentos... 

E a alegria maior é saber que, enquanto eu quiser, ele estará lá pois, apesar de o último ano ter sido muito bom eu tenho a certeza de que the best is yet to come...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Livros - O perfume: a história de um assassino

#12 do desafio 52 semanas, 52 livros


Um clássico moderno: assim é definida por muitos a obra do escritor Patrick Süskind. O subtítulo do livro sugere se tratar de mais um romance policial, com um serial killer solto na Paris do século XVIII. Foi essa a minha motivação inicial para lê-lo. Mas, no decorrer da leitura, me deparei com uma obra totalmente diferente da idéia da obra que eu inicialmente havia concebido. Eu imaginava algo bem ao estilo do filme Do inferno e acabei me surpreendendo com o que encontrei nas páginas escritas por Süskind. Uma grata surpresa, vale ressaltar.

"França, século XVIII. O recém-nascido Jean-Baptiste Grenouille é abandonado pela mãe junto a restos de peixes em um mercado parisiense. Rejeitado também pela natureza, que lhe negou o direito de exalar o cheiro característico dos seres humanos, pelas amas-de-leite e por instituições religiosas, o menino Grenouille cresce sobrevivendo ao repúdio, a acidentes e doenças. Ainda jovem descobre ser dotado de imensa sensibilidade olfativa e parte em busca da essência perfeita, do perfume que lhe falta para seduzir e dominar qualquer pessoa. Nessa busca obsessiva, ele usurpa a essência dos corpos de suas vítimas." (sinopse retirada do Skoob)

A sinopse acima não consegue descrever a qualidade da obra. Não consegue descrever a qualidade da narrativa do autor, a trama envolvente e bem estruturada. Não consegue descrever a vida do protagonista, ou a total ausência de sentimentos do personagem com relação às pessoas ao seu redor. Não consegue descrer a vida infeliz e repugnante que ele levou e o que teve que suportar durante sua existência. Não consegue descrever como ele matava as suas vítimas, como ele as escolhia e, principalmente, os motivos que o levaram a fazer isso. Não consegue descrever a única coisa que podia despertar em Grenouille alguma emoção, dar a ele algum prazer, torná-lo mais parecido com um ser humano e menos parecido com um monstro...

Mas consegue sim dar uma boa idéia do livro. Quer saber mais, todos os detalhes? Leia o livro, que vale muito a pena...

domingo, 8 de maio de 2011

Amor amigo


De todas as notícias que você poderia me dar hoje, essa foi a pior...

Ah, se eu pudesse voltar no tempo... Queria que aquela noite jamais tivesse acontecido, pois tudo era mais fácil quando eu podia chamá-lo apenas de amigo. E agora aqui estou eu, uma confusão de pensamentos, um turbilhão de sentimentos, uma quota a mais de sofrimento.


Mas, acima de tudo, saiba que eu só quero a sua felicidade, mesmo diante de toda essa adversidade. Se é com ela que você quer ficar, nada me resta a fazer a não ser a sua decisão aceitar.


Preciso apenas de tempo para me acostumar a essa nova realidade, tentar tirar de todo esse sofrimento alguma utilidade. Pois, apesar da vontade de estar contigo, tudo o que eu quero de volta é o meu grande e verdadeiro amor amigo.


P.S.:O texto não é dos melhores, mas ele é totalmente autobiográfico e reflete exatamente o que sente hoje o meu coração, que também não está em um dos seus melhores dias...

sábado, 7 de maio de 2011

Filmes - O show de Truman

#4 do projeto 300 filmes para ver antes de morrer


O show de Truman (The Truman show)
Ano: 1998
Gênero: Drama
Direção: Peter Weir
Roteiro: Andrew Niccol
Elenco: Jim Carrey, Ed Harris, Laura Linney, Natascha McElhone, Paul Giamatti, Noah Emmerich, Holland Taylor, Brian Delate, Blair Slater, Peter Krause, Heidi Schanz, Ron Taylor, Don Taylor, Philip Baker Hall.


O show de Truman é um filme que, ainda nos dias de hoje, nos faz parar para pensar. Quando da sua estréia, em 1998, programas como o Big Brother – que eu me recurso veementemente a assistir - sequer existiam (a primeira edição, nos Países Baixos, foi em 1999 e no Brasil o programa estreou em 2002). Talvez hoje em dia, passados 13 anos de seu lançamento, algumas pessoas já se acostumem mais com a idéias de terem suas vidas vigiadas constantemente, ou – como resta evidenciado pelo sucesso do programa – de assistirem à vida de outros, ao invés de se importarem com as suas. Mas eu simplesmente não consigo conceber essa idéia.


E é justamente nesse ponto que está o principal ponto de reflexão do filme. O personagem central, Truman, magnificamente vivido por Jim Carrey, é um sujeito comum, que vive em uma cidadezinha em uma ilha. O que ele não sabe é que a cidade nada mais é  do que um gigantesco set de filmagens, que seus amigos, parentes e até mesmo sua esposa nada mais são do que atores e que a sua vida é transmitida ao vivo para o mundo inteiro em um programa de TV, desde o seu nascimento.

De repente, Trumam começa a perceber coisas estranhas acontecendo ao seu redor e percebe que algo está errado. Ele tenta, de todas as formas, deixar a cidade para ir em busca do seu verdadeiro amor, mas sempre é impedido pelos produtores do show, que controlam tudo ao seu redor.

Não somos todos de certa forma controlados por outras pessoas? Não podem as nossas vidas ser facilmente rastreadas? Compras são facilmente acompanhadas, podemos ser localizados por GPS, há câmeras de segurança em todo lugar... E mesmo quando ainda nos é dada a possibilidade de permanecer no anonimato, optamos por escancarar nossas vidas na internet, nos Twitter e Facebook da vida...

Mas o que mais me incomoda no filme é quando eu me coloco na situação do protagonista. Imagine descobrir, de uma hora para outra, que toda a sua vida nada mais foi que uma grande mentira, que o mundo inteiro sabe quem você é e tudo o que você faz, que você nunca esteve verdadeiramente sozinho... Pois é quando estamos sozinhos que nos mostramos 100%...

Um grande filme!!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Dono dos olhos verdes que não me pertencem...



Dono dos olhos verdes que não me pertencem... O que faço para conseguir chamar a sua atenção? Dono dos olhos verdes que não me pertencem... O que faço para conseguir um olhar perdido no meio da multidão? Dono dos olhos verdes que não me pertencem... O que faço para conseguir um sorriso sincero, um abraço caloroso, um beijo carinhoso de boa noite? Dono dos olhos verdes que não me pertencem... O que faço para conseguir um telefonema de madrugada, só para me dizer que está com saudades? Dono dos olhos verdes que não me pertencem... O que faço para conseguir me ver, por inteira, refletida em seu olhar?

Filmes - A hora do pesadelo (link)

#3 do projeto 300 filmes para ver antes de morrer




Como eu disse que iria fazer, hoje procurei se já tinha algum post sobre algum dos filmes do projeto 300 filmes para ver antes de morrer aqui no blog. E o único que encontrei foi A hora do pesadelo. Na verdade, o post trata sobre a série inteira, os sete filmes, que finalmente vi em sequência ano passado, antes da estréia da nova versão nos cinemas. 

Não vou me repetir e comentar o filme novamente. Quem quiser, pode ler o link abaixo. Vou apenas dizer que não morro de amores por Freedy Krueger e que achei que a experiência de ver o primeiro filme tanto tempo depois do seu lançamento fez com que este me parecesse um tanto tosco. Mas o original é um dos melhores da série, sem dúvida. O resto é só besteirol. O último não foi tão ruim de ver, justamente pelo fato de ter sido lançado em 1994 e de os efeitos serem um pouco mais aceitáveis... Só lembrando que o primeiro filme data de 1984.

Segue abaixo o link, que foi publicado aqui no blog em 20 de maio de 2010.

Lista ilustrada das pequenas coisas que me fazem feliz #18

Minha coleção de canecas




De uns 3 anos para cá, colecionar canecas se tornou um hábito em minha vida. Elas não são usadas, ficam em uns nichos comprados especialmente para elas no quarto de hóspedes da minha casa. Atualmente, a coleção contém 21 canecas.

O que me agrada e me faz feliz com relação à minha coleção não são as canecas propriamente ditas (apesar de eu morrer de ciúmes de cada uma delas), mas sim o  que elas representam. Pois cada uma em particular me remota a um momento agradável, feliz da minha vida. A maioria foi comprada em viagens, em momentos com a família e com amigos. Cada uma delas tem um significado único para mim e várias recordações.

Pois, para fazer parte da coleção, não basta só entrar na loja e comprar, a caneca tem que estar relacionada a algo significativo. Se não tiver, eu até compro, mas vai para a cozinha para ser usada...

Duas delas foram presentes de amigos. E também são bastantes especiais. Minha obsessão por canecas está ficando tão grande que, esse ano, como lembrancinha do aniversário da minha sobrinha e afilhada, minha irmã decidiu fazer canecas, em minha homenagem... 

Como a foto não mostra os detalhes de cada uma delas, resolvi ilustrar esse post com mais fotos do que o usual, para mostrar cada uma delas para vocês, começando pela que deu início à coleção, que ganhei quando comprei um box do seriado Friends.












Eis a minha coleção. É praticamente impossível escolher a minha favorita, mas todas elas me fazem muito feliz!!!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Livros - Eu mato

#11 do desafio 52 semanas, 52 livros



Eu já li vários livros sobre serial killers. Não posso me considerar uma especialista no assunto, apenas uma grande admiradora. Mas posso dizer quando me deparo com uma obra marcante, singular. E assim é Eu mato, primeiro romance do italiano Giorgio Faletti publicado no Brasil.

Um assassino está à solta no principado de Mônaco, e cabe ao detetive Nicolas Hulot e ao agente do FBI Frank Ottobre capturá-lo. Antes de matar suas vítimas, o assassino - apelidado de Ninguém - telefona para uma rádio e anuncia que irá cometer seu próximo crime, sempre deixando uma pista para a polícia. Suas vítimas não são pessoas comuns, mas personalidades relativamente conhecidas, como um piloto de Fórmula 1, uma enxadrista e um bailarino, o que acaba por aumentar a notoriedade de Ninguém e a pressão dos envolvidos na investigação em capturá-lo.

A trama é muito bem conduzida. É verdade que a leitura às vezes perde um pouco o ritmo, mas nada que comprometa a qualidade final da obra, que entrou para a minha lista de favoritas. Os personagens são muito bem construídos, até aqueles que exercem um papel de menor relevância. Essa foi uma das primeiras coisas que me chamou atenção.

Outro ponto de destaque no livro de Foletti é que o assassino é revelado faltando ainda quase 200 páginas para o fim. Quando finalmente cheguei nesse momento, minha primeira reação foi de total choque e incredulidade diante da revelação, mas logo em seguida eu passei a mãos pelas páginas e me perguntei: E agora, como o autor pretende conduzir o restante do livro? Só espero que ele não fique enrolando muito...

Isso porque, como eu disse, já li muita coisa do gênero, e posso afirmar, sem medo de errar, que o grande momento de um livro sobre um serial killer é justamente quando é revelada a sua identidade. E que geralmente isso ocorre já bem próximo ao fim. Mas, para minha total felicidade, o livro não enrola até o fim, pelo contrário, começa uma caçada ao assassino tão bem escrita que empolga, daquelas que não dá vontade de largar o livro.

E, além da caçada, começa a haver uma ligação entre os acontecimentos e personagens da trama que faz com que tudo se encaixe perfeitamente, e que me lembrou bastante o estilo de Stieg Larsson em sua também brilhante trilogia Millenium. E, no final, a trama se encerra com um desfecho digno de louvor, com uma explicação muito bem estruturada para as razões que levaram o assassino e se transformar em um verdadeiro monstro e com a ruína de um dos personagens que eu mais odiei durante a leitura de um livro... (sem detalhes, para não estragar a surpresa)

E foi justamente isso que também me chamou a atenção. Pois Eu mato é um excelente livro sobre um serial killer, mas não é somente um livro sobre um serial killer...

Mais do que recomendado.

P.S.: Recentemente foi lançado outro romance do autor no Brasil, Eu sou Deus.Não vejo a hora de lê-lo. Mas o que eu quero destacar mesmo nesse P.S., é que eu adoro os títulos das obras do autor...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Filmes - Um sonho de liberdade

# 2 do projeto 300 filmes para ver antes de morrer


Um sonho de liberdade (The shawshank redemption)
Ano: 1994
Gênero: Drama
Direção: Frank Darabont
Roteiro: Frank Darabont, baseado em estórias de Stephen King
Elenco: Tim Robbins, Morgan Freeman, William sadler, Jeffrey DeMunn, Bob Gunton, Gil Bellows, James Whitmore, Larry Brandenburg, Mark Rolston, Clancy Brown, Brian Libby, Neil Giuntoli.


Brilhante! Não há outra palavra para descrever o longa. É um daqueles filmes que vale a pena ver e rever várias vezes, que mesmo o espectador já conhecendo o enredo, é capaz de impressionar e de emocionar. Fazia algum tempo que eu não via e foi como se eu estivesse vendo pela primeira vez...

O enredo acho que é conhecido de todos, pelo menos da maioria. Andy Dufresne é um banqueiro bem sucedido, que é condenado a prisão perpétua pelo assassinato da esposa e de seu amante. Um homem bastante frio, Dufresne tem que enfrentar a dura realidade da prisão. Mas ele acaba fazendo amizade com Red, um prisioneiro que cumpre pena há 20 anos e com um grupo de detentos. Devido às suas habilidades como banqueiro, acaba também caindo nas graças do diretor do presídio e dos guardas.

Enquanto cumpre sua pena e já que conta com a simpatia do diretor, Dufresne faz de tudo para tentar melhorar a vida de todos dentro da prisão e deixa sua marca no lugar. Cerveja para os presos, uma nova biblioteca, música e aulas de alfabetização são algumas das coisas que ele consegue proporcionar aos seus amigos. Nas, diferentemente de alguns dos presos, ele não perdeu a esperança, e ainda sonha com sua liberdade.

Um filme sobre perseverança, esperança, redenção, amizade... Uma história contada de forma bela e sensível, que nos mostra que nunca devemos perder a esperança.

Tim Robbins e Morgan Freeman mostram todas as qualidades que um verdadeiro ator deve ter com suas interpretações. Sem eles, o filme certamente não seria tão bom. A direção e o roteiro também são impecáveis, principalmente por ser adaptado de uma obra de Stephen King, autor com o qual eu não me identifico muito. Mas essa obra é diferente, pois foge do estilo característico de King e não beira o sobrenatural.

Mas voltando ao filme, como eu disse, é uma obra brilhante, que vale a pena ser vista e revista...

domingo, 1 de maio de 2011

Minha vida é andar por este Estado... #5

Mais uma semana fora trabalhando. Foi uma das mais cansativas, é verdade, mas também uma das mais divertidas. Deu para capturar algumas imagens bem "singulares"... O destino foi Mossoró

Saída de emergência do cinema
do shopping... Acredite se 
quiser!!!!


Refrigerante de Caju... Não
sabia nem que existia...


Teatro da cidade. Muito bonito!!


Um pouco de história e cultura...


Lampião e seu bando

Cinema - Pânico 4

Pânico 4 (Scream 4)
Ano: 2011
Gênero: Terror
Direção: Wes Craven
Roteiro: Kevin Williamson
Elenco:Courtney Cox, Neve Campbell, David Arquette, Hayden Panettiere, Emma Roberts, Aimee Teegarden, Anna Paquin, Kristen Bell,Anthony Anderson, Heather Graham, Marley Shelton, Rory Culkin, Nico Totorella, Marielle Jaffe, Brittany Robertson, Adam Brody, Mary McDonnell, Erik Knudsen, Alison Brie.


Como eu disse quando eu comentei aqui sobre os três primeiros filmes, eu gosto de Pânico. Achei que o final do terceiro filme terminou a história bem. E que deveria ter parado por aí. Porque, como é dito logo no início do filme (com relação aos filmes "A punhalada") deveria ter parado lá atrás. Esse quarto filme, na minha opinião, jamais deveria ter sido feito. E o que irrita mais é saber que ainda vai ter mais um.

Nesse quarto capitulo, Sidney volta à sua cidade natal para lançar um livro sobre sua nova vida. Lá ela reencontra Dewey e Gale, ainda casados. Só que sua volta desperta novamente Ghostface, que volta a atacar e a fazer dos estudantes da cidade suas vítimas.

O filme é, de longe, o mais fraco de todos. Parece que os produtores decidiram dar um ar de comédia a história, que acabou se transformando em um filme pastelão. O terror e os sustos passam longe, o final não tem nenhuma lógica.

Sei que o que está sendo mais elogiado no filme é justamente esse clima de humor, de sátira, mas eu, particularmente, não gostei. Em alguns momentos, parecia que nem se tratava de Pânico, mas sim de Todo mundo em pânico.