quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 29

Dia 29 - O que você espera, os planos e sonhos para os próximos 365 dias
Em primeiro lugar, sinto não ter podido escrever este post ontem, mas meu dia foi super atribulado. Mas de qualquer forma, não saberia muito bem o que escrever, como continuo sem saber agora.
Eu não sou uma pessoa de fazer muitos planos para o futuro. Simplesmente deixo as coisas acontecerem... e vejo no que dá. Mas, para não dizerem que eu não coloquei nada no item de hoje (ou melhor, ontem), uma pequena lista de coisas que se acontecerem nos próxiomos 365 dias me deixarão bastante feliz: trocar de carro, mudar de emprego (ganhando mais, obviamente), me apaixonar (sendo correspondida, de preferência), zerar todas as minhas contas, viajar bastante...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Livros - As mentiras que os homens contam


Ganhei esse livro há uma década, mas nunca tinha me dado ao trabalho de lê-lo. Pois é... lembro de já ter folheado, lido inclusive alguns dos textos isolados, mas nunca tinha lido o livro inteiro. Até agora. Alguns textos são muito bons, mas outros deixam bastante a desejar. São situações tão exdrúxulas, tão fora da realidade, que beiram o ridículo. Por isso, de uma forma geral, considerei o livro apenas bom.
Eu adoro o estilo de Luis Fernando Veríssimo. Acho que ele retrata a realidade de forma bastante descontraída. Mas situações descontraídas, divertem o leitor; situações muito forçadas, chegam a irritar...

O Meme de um mês - Dia 28

Dia 28 - Este ano, em grande detalhe

Mais uma vez, fica difícil descrever 9 meses em grande detalhe, mas vou tentar focar nas coisas principais. Março foi um grande mês para mim, um divisor de águas na minha vida. Foi quando fiz minha gastroplastia (redução de estômago). De lá para cá, foram 33 quilos jogados na lata do lixo, e o melhor de tudo, é que esse número ainda vai aumentar. Essa cirurgia teve várias consequências positivas na minha vida. Além da óbvia, que é a perda de peso, teve também a melhora na saúde, na auto estima, na vontade de sair, de viver, de me divertir...

Outro aspecto importante da minha vida este ano foi a minha pós-graduação. Começou ano passado, mas foi em 2010 que as coisas melhoraram, tive as melhores aulas, as mais interessantes. O que também trouxe consequências positivas para mim, pois me deu vontade de voltar a estudar, o que estou fazendo, ainda em um, ritmo lento, mas que já está aumentando.

Algumas coisas ruins também aconteceram... Descobri que algumas amizades que eu julgava serem sólidas e verdadeiras não eram tão sólidas assim, muito menos verdadeiras. É estranho como uma pessoa que fazia parte do seu cotidiano pode deixar de fazê-lo de forma repentina... E o mais estranho ainda, a meu ver, é que eu não senti falta, pelo menos não tanto como eu achava que sentiria. Mas, vão umas, chegam outras... Nova turma, novos programas, novos agitos... combinam mais com o meu novo eu.

Na família, celebramos, em fevereiro, a chegada de mais um membro. Maria Luíza, minha sobrinha número 2, chegou a este mundo trazendo seu sorriso, sua meiguice e seus lindos olhos azuis para dar ainda mais brilho às nossas vidas.

O trabalho continua o mesmo, o coração continua procurando aquele alguém especial, que o faça bater mais rápido, a conta bancária continua oscilando, os processos continuam... alguns antigos foram resolvidos ao longo do ano, novos apareceram (não tantos quanto eu gostaria). Mas a verdade é que mudam as partes, mas os problemas são os mesmos...

E assim eu vou vivendo, alguns dias melhores que outros, mas em todos buscando sempre o objetivo principal da nossa existência: a incansável procura pela felicidade.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dias 26 e 27

Dia 26 - Sua semana, em grande detalhe
Dia 27 - Este mês, em grande detalhe

Descrever um dia em grande detalhe é fácil, mas descrever uma semana ou um mês em grande detalhe é outra coisa bem diferente... primeiro porque não dá para lembrar todos os detalhes. Depois, você lembra alguma coisa que aconteceu, mas não lembra exatamente quando foi... Além do mais, imaginem o tamanho do post!!!

Mas vamos traçar uma linha geral: todos os dias eu começo a trabalhar meio dia e saio às 6 horas. Portanto, minhas manhãs são livres, para mim. Em algumas delas, eu saio para resolver coisas do cotidiano mesmo (fazer comprar no supermercado, levar roupas para apertar na costureira, ir ao banco pagar contas, dentre outras); outras eu passo cuidando dos meus processos particulares, que não dizem respeito à Secretaria de Estado onde trabalho (audiência, falar com juízes, protocolar petições, reuniões com clientes); outras eu gasto comigo mesma (manicure, depilação, salão de beleza, compras no shopping); algumas eu passo em casa, lendo, estudando, montando quebra-cabeças, organizando as coisas, assistindo seriados; e tem aquelas em que a preguiça é total e eu passo dormindo mesmo. Por isso fica difícil lembrar quais manhãs eu gastei exatamente em quê.

Minhas tardes, como eu disse, são dedicadas ao trabalho na Secretaria. E são gastas com processos e mais processos. Às vezes sobra tempo e falta trabalho e fico lendo; outras fico conversando besteira com o pessoal que trabalha comigo.

As noites são diferentes, variam bastante: algumas vezes repito algumas das coisas que faço pela manhã; outras vezes saio para passear no shopping, jantar, ir ao cinema com minhas amigas. Às vezes tenho aula na pós; às vezes recebo alguma amiga em casa para um lanchinho, um filminho e uma sessão de papo descontraído. Tem noites que durmo cedo; tem noites que quando vou dormir já é quase dia. A noite é o meu horário preferido para estudar.

Esse mês, entretanto, houve uma coisa que se destacou e quebrou a minha rotina: a campanha para o governo do estado. Participei de vários eventos (reuniões, carreatas, caminhadas, encontros). Também ia começar um novo curso de atualização em processo civil, mas as aulas foram adiadas e começarão dia 07 de outubro.

Bem, em linhas gerais, é isso.

domingo, 26 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 25

Dia 25 - O seu dia, em grande detalhe

Eu deveria ter escrito esse post ontem, mas meu dia foi muito intenso e cansativo, razão pela qual não tive a menor condição de escrevê-lo ontem. Quando cheguei em casa, não tinha forças para fazer nada, tudo o que eu queria era dormir. Por isso, preparei uma lista das coisas aqui em casa que eu deveria ter feito ontem, para fazê-las hoje, dentre as quais, postar meu dia aqui no blog. Eis o que ocorreu:

Acordei às 7 horas da manhã. Fui para a pós com Duda (uma amiga). O módulo que estamos fazendo agora é o de Procedimentos especiais, e ontem foi a apresentação do trabalho, para a obtenção da nota. Nosso tema era Ação de consignação em pagamento e havíamos feito o trabalho durante a semana. A apresentação foi boa, mas não soubemos responder a uma pergunta. Ainda não sei a nota, mas consegui dar uma espiada nas "anotações" do professor e consegui ver que ele colocou no nosso grupo o seguinte: "+ - +". No grupo antes do nosso, ele colocou "+ + - +". Só Deus sabe o que isso significa...

Na hora do intervalo fui falar com um outro professor. Quando eu fiz minha cirurgia, perdi um módulo ministrado por ele, e ele me disse que iria passar um trabalho para eu fazer para compensar as aulas que perdi e poder ter nota no módulo. Ele me deu a "excelente" notícia de que o trabalho é ler um livro de 800 páginas (que ele vai me mandar por e-mail) e fazer um fichamento do tal livro... Deus sabe de onde vou tirar tempo para fazer isso.

Saímos na hora do intervalo (eu e Duda) para irmos para um evento da campanha do Governador aqui do Estado. Lá encontrei todo o pessoal do meu trabalho. Tomei uma cervejinha, me diverti, dancei... O Governador (Iberê Ferreira de Souza) apareceu por lá, assim como a ex governadora (Vilma) que é candidata ao Senado e o outro candidato ao Senado (Hugo Manso).

Saí de lá mais ou menos uma hora da tarde. Duda me deixou aqui em casa. Quando cheguei, terminei de organizar o material das minhas aulas de espanhol (item da minha lista 101 coisas em 1001 dias - aprender um novo idioma). Depois, liguei o ar-condicionado, deixei o quarto bem geladinho, deitei e fiquei assistindo à segunda temporada de CSI Las Vegas até pegar no sono.

Acordei às quatro horas para me arrumar para ir ao aniversário da minha avó. Foi um lanche na casa de uma tia. Lá, encontrei algumas pessoas da família das quais gosto bastante e outras das quais não gosto e nem falo, mas que sou obrigada a conviver esporadicamente em eventos como esse. Conversou-se sobre tudo e todos: sobre o capítulo final da novela (que eu não vi e nem vejo), sobre as "novidades" da família, sobre política (novamente política...).

De lá, fui pegar Laíse (outra amiga minha) e fomos a um shopping (Midway Mall). Lá comprei um edredom novo para a minha cama e um livro (novidade...): O livreiro de Cabul, de Asne Seiestad. Só que comprei a edição de bolso, por apenas R$ 14,90. Depois, fomos jantar em um restaurante chamado Camarões, onde dividimos um delicioso Camarão ao creme de skitake e de sobremesa comi um Macaron com recheio de pistache...

Depois, deixei Laíse em casa e vim para a minha, onde tomei um banho, preparei minha lista de coisas para fazer hoje e apaguei depois de um dia bastante movimentado...


Livros - O último testamento


Li os três livros lançados por Sam Bourne recentemente e, dos três, O último testamento foi o que eu menos gostei. Mas, mesmo assim, dei 4 estrelas a ele no Skoob, porque, apesar de não ser tão bom quanto os outros, principalmente O código dos justos, o livro é muito bom.

"O autor do best seller O código dos justos está de volta com um romance eletrizante. Em abril de 2003, o exército americano entra em Bagdá e assume o controle da capital iraquiana. Milhares de pessoas aproveitam para saquear o Museu Nacional de Antiguidades. Entre elas, um menino de 15 anos, que foge com uma antiga tábua de argila debaixo do braço... Em um comício pela paz em Tel Aviv, o primeiro-ministro de Israel está prestes a assinar o documento que vai selar a paz entre palestinos e israelenses. Do meio da multidão, um homem se aproxima, carregando o que parece ser uma arma. Morto por guarda-costas, ele trazia apenas uma carta ao líder político. E agora o tão sonhado acordo de paz está em risco. Washington decide então enviar a negociadora Maggie Costello ao Oriente Médio. Ao chegar à região, ela se convence de que o crime não foi um ato aleatório. Na verdade, ele pode estar ligado a um enigma não-resolvido da Bíblia."

Achei os personagens menos convincentes e menos cativantes nessa obra do autor. A trama também é pouco crível. O estilo do autor é muito bom, e me conquistou totalmente, como disse já disse em outro post. Entretanto, essa trama deixa um pouco a desejar em relação às outras.

Maggie é uma personagem que não tem força suficiente para ser a protagonista da trama. A história em si também não convence. Gira em torno de uma pedra de argila roubada do Museu de Bagdá onde Abraão diz para quem ele deixa Jerusalém. Com essa pedra, teria fim a eterna disputa pelas terras, fazendo com que os povos que a disputam finalmente vivessem em paz. Mas será que essa paz ocorreria mesmo?

Enfim, a leitura é interessante, a história é cheia de ação e de reviravoltas. Mas, para quem quiser ler apenas um livro do autor, eu definitivamente não recomendo esse. Recomendo O código dos justos.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 24

Dia 24 - Seu lugar preferido

Meu lugar preferido é, sem dúvida, o meu apartamento. É nele que estão todas as coisas que eu gosto, é nele que eu recebo todas as pessoas das quais gosto. É nele onde passo momentos muito agradáveis, muitos deles apenas na companhia de mim mesma. Adoro cada cantinho do meu apê. Ele vive eternamente em andamento, acho que nunca será um projeto totalmente acabado: faltam móveis, muitas coisas para comprar, organizar... Mas é meu cantinho. É onde posso ser eu mesma, sem representar nenhum dos vários papéis que exerço ao longo de um único dia. É onde celebro minhas conquistas, onde choro minhas decepções e frustrações. Enfim, é o meu cantinho, onde cada coisa tem um significado especial e, principalmente, tem a minha cara... É o meu lar.

Faltando uma peça...


Há quase dois meses, no comecinho de agosto, comecei a montar um novo quebra-cabeça, com 2.000 peças. Ontem, com o puzzle quase pronto, fiquei extremamente irritada ao descobrir que veio faltando uma peça. A frustração foi enorme. Quem gosta desse tipo de passatempo sabe que o maior prazer está em encaixar a última peça, e olhar para a imagem pronta.

Algumas pessoas fazem quadros com os puzzles montados, outras usam uma cola própria que vende no mercado para guardá-los montados. Eu não. Quando eu acabo, eu simplesmente desmancho tudo e guardo. Mas não sem antes tirar uma foto do resultado final. A foto é o meu troféu, a minha recompesa. Por isso, repito, a minha frustração. De que adianta uma foto com um buraco no meio? Com uma peça faltando?

Mandei um e-mail para o Grow, e hoje mesmo recebi uma resposta deles me pedindo que tirasse uma foto ou informasse qual era a peça faltante, que eles irão me mandar pelo correio, sem nenhum tipo de custo para mim. Fiquei admirada com a atitude da empresa, que se prontificou de imediato a resolver o problema. Tratamento de primeiro mundo, respeito e atenção ao cliente/consumidor. Parabéns à Grow.

Com alguma dificuldade, estou conseguindo transferir o quebra-cabeça para outro cômodo do apartamento (trabalho de formiguinha, praticamente peça por peça) sem precisar desmontá-lo, enquanto espero a peça, que segundo a Grow, chegará em, no máximo, 20 dias úteis. Dessa forma eu libero meu quarto de hóspedes e o puzzle fica lá prontinho, aguardando a última pecinha...

Agora, só me resta esperar a chegada, para que enfim eu possa ter o meu troféu. O resultado final, eu mostro quando a peça chegar...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 23

Dia 23 - Um vídeo do YouTube

Eu já me declarei antes, aqui mesmo no blog, fã o American Idol e do cantor David Cook, vencedor da 7ª edição do programa. Para o item de hoje, acabei escolhendo um vídeo do cantor. A música que escolhi foi Lie. Assisti a algumas versões, e acabei optando por essa, acústica. A letra dessa música mexe comigo. E o que eu mais gosto no cantor é que ele coloca sua alma nas performances. Ele canta com uma paixão que é única, e muito bonita de se ver.

O Meme de um mês - Dia 22

Dia 22 - Um site

Como boa leitora que sou, escolhi o site que mais tenho acessado nesses últimos tempos, que é o Skoob. Meu perfil no site é: http://www.skoob.com.br/usuario/165659-maria-rafaela-marinho. Confesso que não faz tanto tempo assim que eu descobri o Skoob, mas desde que descobri estou completamente viciada!!! Eu não listei lá todos os livros que já li (até porque acho que não lembro e porque sou meio obcecada com ordem - eu queria que os livros ficassem na ordem que eu li, o que é impossível!!). Por isso, decidi começar a lista no site apenas com os livros que li a partir do começo deste ano. Como eu tenho mania de ler o mesmo livro mais de uma vez, a medida que eu for relendo os que já li, vou acrescentando.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 21

Dia 21 - Uma receita

Eu definitivamente sou uma chocólatra. Mas, para o item de hoje do Meme, optei por uma receita de sobremesa que eu adoro (milagre, sem chocolate). Vale apenas salientar que o cheesecake que eu gosto é o tradicional, com recheio de goiaba. A receita eu peguei na net mesmo (sem tempo de procurar uma especial). Qualquer dia desses eu testo essa e digo o resultado, ok?


Para a massa:
- 1 pacote de biscoito tipo maisena processado
- 1/4 de xícara (chá) de açúcar mascavo
- 1/2 xícara (chá) de Margarina Qualy Cremosa (90 g)

Para o recheio:
- 3 ovos
- 150 g de açúcar
- 2 embalagens de cream cheese (300 g)
- suco de 1/2 limão
- 1/2 colher (chá) de essência de baunilha

Para a cobertura:
- 300 g de goiabada em cubos
- 1/2 xícara (chá) de vinho branco
- suco de 1/2 limão

Modo de Preparo

Junte o biscoito e o açúcar mascavo, misture com a margarina até formar uma massa homogênea. Com essa massa, forre uma forma de fundo removível de 23 cm de diâmetro, pressionando com uma colher para a superfície ficar lisa, e leve à geladeira. Bata ligeiramente os ovos na batedeira e acrescente os ingredientes restantes. Bata por 20 minutos em velocidade baixa. Espalhe o recheio na forma. Preaqueça o forno a 180º C e asse por 40 minutos ou até que a superfície doure. Aqueça a goiabada, o vinho, o suco de limão e 1/2 xícara (chá) de água, cozinhando em fogo baixo até que todos os grumos se dissolvam e a calda fique espessa. Deixe amornar e despeje sobre a torta. Enfeite o centro com fatias de goiaba e folhas de hortelã. Sirva frio.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 20

Dia 20 - Um hobby


Essa foto já passou aqui pelo blog antes, assim como outras que ilustram um dos meus vários hobbies: montar quebra cabeças.

Tenho vários hobbies, adoro ler, sou cinéfila (apesar de que faz quase um mês que não vou ao cinema - total falta de tempo), sou completamente viciada em seriados. Até o próprio tênis, que citei ontem como um talento, também pode ser considerado um hobby. Mas, por alguma razão inexplicável, decidi citar montar quebra cabeças como um hobby aqui.

Para mim, é uma verdadeira terapia. Atualmente estou montando um de 2000 peças, um afresco de Rafael. Já estou perto de terminar, e em breve publicarei o resultado final.

domingo, 19 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 19

Dia 19 - Um talento seu



Eu comecei a jogar tênis com sete ou oito anos, não lembro ao certo. De lá para cá, parei, voltei, parei, voltei novamente e atualmente estou parada (totalmente sem tempo). Mas mesmo assim, ainda jogo ocasionalmente com algumas amigas. É um esporte que eu adoro e posso dizer, deixando a modéstia totalmente de lado, que jogo bem.

Livros - O natal de Poirot


Um verdadeiro clássico de Agatha Christie. Sem dúvida, o melhor dos livros que eu li ou reli recentemente. Um velho muito rico, com uma família bastante complexa, é assassinado às vésperas do natal, quando todos os seus filhos e alguns outros parentes estão reunidos em sua casa. O velho havia chamado o advogado, para alterar seu testamento. Enquanto as mudanças deixariam alguns herdeiros bastante felizes, deixariam outros em situação bastante desagradável.

(Spoiler) Poirot é chamado para resolver o crime e acaba, também, descobrindo outras coisas interessantes, como o fato de alguns personagens não serem quem se diziam ser. Descobre também que os filhos que estavam na casa no momento do crime não eram os únicos filhos do falecido.

O desfecho é um dos melhores que já li, em se tratando da autora. Além do mais, o livro é uma aula de como deve ser um romance policial clássico, com todos os suspeitos reunidos, enquanto o detetive faz a narrativa das suas descobertas e aponta o assassino.

Uma leitura que flui bem com um final melhor ainda. Muito bom!!

sábado, 18 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 18

Dia 18 - Um poema

Bem, decidi ficar com um "clássico", bastante conhecido, mas que eu adoro. As sem razões do amor, de Carlos Drummond de Andrade.

As sem razões do amor

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 17

Dia 17 - Uma obra de arte



Esse definitivamente não é um tópico do qual eu entenda muito... Mas olhando alguns livros e fazendo uma pesquisa na net, acabei escolhendo essa obra, A persistência da memória, de Salvador Dali, datada de 1931. O que me chamou a atenção foi na obra foi a forma como o tempo é retratado, como sendo algo flácido, até mesmo escorregadio.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 16

Dia 16 - Uma música que faz você chorar (ou quase)

A música que escolhi foi Tears in heaven, de Eric Clapton. Acho que todo mundo sabe que ele fez a música para o filho que morreu, após cair da janela de um edifício em Nova York. A história por trás da música é muito bonita, pois o ajudou a superar a perda do filho, assim como a letra:

Would you know my name
If I saw you in heaven
Will it be the same
If I saw you in heaven
I must be strong, and carry on
Cause I know I don't belong
Here in heaven

Would you hold my hand
If I saw you in heaven
Would you help me stand
If I saw you in heaven
I'll find my way, through night and day
Cause I know I just can't stay
Here in heaven

Time can bring you down
Time can bend your knee
Time can break your heart
Have you begging please
Begging please

Beyond the door
There's peace I'm sure.
And I know there'll be no more...
Tears in heaven

Would you know my name
If I saw you in heaven
Will it be the same
If I saw you in heaven
I must be strong, and carry on
Cause I know I don't belong
Here in heaven

Cause I know I don't belong
Here in heaven

Livros - Criança 44


Não lembro exatamente quando nem porque eu decidi que queria ler esse livro. Aproveitando uma oportunidade, adquiri recentemente um exemplar e não perdi tempo em começar logo a leitura. E devo dizer, que valeu muito a pena. A obra, do escritor Tm Rob Smith, entrou para a lista das minhas favoritas. A qualidade da obra é incrível, em vários aspectos.
O primeiro aspecto que me chamou a atenção foi o contexto histórico, a época em que a trama de desenvolve: a rússia de Stalin e o período que se seguiu à morte do líder. Eu não sou nenhuma expert no assunto, mas achei que, em qualquer outro momento histórico, a trama perderia bastante. Mas, da forma como foi inserida dentro do contexto, a obra se tornou singular.
Outro fator que se destaca, a meu ver, é a própria trama, e o desfecho que me surpreendeu. Não quero estragar o final, por isso vou tentar falar dele sem revelar nada de relevante. Mas o fato é que eu só me dei conta do desfecho, da grande revelação do final do livro, poucas páginas antes do fato ser efetivamente revelado. A verdade é que eu adoro histórias sobre serial killers, e esta em particular, eu adorei. Gosto das razões por trás deles, do passado, da explicação que levam esses personagens a se transformarem nos "monstros" que são.
Por fim, os personagem também são de grande relevância, principalmente o personagem central, o soldado Liev, que no início é o protótipo do soldado perfeito para o regime: acredita no Estado, na revolução e no regime, não tem pena de suas vítimas, sendo capaz de torturá-las e de matá-las sem pensar duas vezes.
Entretanto, a convicção de uma família de que seu filho foi assassinado e a atuação do Estado repressor em sua própria vida pessoal fazem com que a "fé" de Liev no sitema se abale e que ele comece a buscar respostas. A partir daí, sua vida, sua casamento, sua carreira, sua família, tudo ao seu redor desmorona.
Liev é um personagem cativante, e sua história é muito envolvente, daquelas que é difícil deixar de lado e parar de ler. O leitor sofre junto com o personagem, torce por ele, para que ele consiga provar a verdade, pois ele teve que pagar um preço muito alto por essa verdade...
Um livro, como eu disse, envolvente, eletrizante, que vale muito a pena ler. Recomendadíssimo!!!!

O Meme de um mês - Dia 15

Dia 15 - Uma fotomontagem



Com apenas algumas horinhas de atraso, aqui está o item do dia 15 do Meme. Mais uma vez, o foco é Beatriz, minha sobrinha. Nessa foto, eu estava voltando de uma viagem ao Chile e tinha muitas horas sem nada para fazer no aeroporto de São Paulo. Ganhei de presente uma companhia mais do que agradável...



terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 14

Dia 14 - Um livro não-ficcional


Eu prefiro livros de ficção. Corro de livros de autoajuda, biografias também não me atraem muito... Mas li esse livro recentemente e gostei bastante. Eis o meu comentário sobre o livro no Skoob:

O livro é dividido em três partes, que na verdade parecem ser protagonizadas por três mulheres diferente, apesar de serem três experiências distintas vividas pela mesma pessoa.
A viagem da autora começa pela Itália, onde ela tem um único objetivo: comer. A “personagem” que vemos é uma pessoa alegre, divertida, ainda um pouco perseguida pela solidão e pela depressão, mas que está ali para se divertir. E, é claro, comer.Na segunda parte do livro, ela vai para um retiro na Índia, onde acaba aprimorando o seu lado espiritual, em uma espécie de retiro. Tanto é que acaba ficando todos os quatro meses por lá e desiste de viajar e conhecer o país.
Na última parte ela vai para a Indonésia, em busca do equilíbrio. E de fato ela encontra: pois continua sendo uma pessoa alegre, como na primeira parte e continua colocando em prática os seus ensinamentos espirituais. Além do mais, vemos uma pessoa solidária e companheira. E o resultado principal de todo esse equilíbrio é que ela consegue se apaixonar, quando menos espera...
Eu gostei bastante da mensagem passada pelo livro, que além de ter bastante coisa positiva, ainda diverte. Não é aquela coisa chata, tipo auto-ajuda. Merece ser lido por todos, não apenas pelas mulheres...

O Meme de um mês - Dia 13

Dia 13 - Um livro de ficção



Ok, aqui eu tenho que admitir que fiquei um pouco na dúvida. Não sabia se ficção seria uma coisa mais restrita, tipo ficção científica, ou ficção de uma forma geral. Acabei optando pelo conceito mais amplo.

E o escolhido foi O Senhor dos anéis. É verdade que com os filmes o livro teve sua época de boom, que diminuiu mais atualmente, tendo sido substituída pelo boom dos livros vampirescos e sobre amores impossíveis.

Mas a magnitude da obra transcende qualquer fase. E o livro será sempre bom. A clássica e eterna luta entre o bem e o mal é retratada de forma única, em um mundo de fantasias,e criaturas fantásticas, de amor, de amizade e de muitos dilemas. Com personagens marcantes e um enredo inesquecível, que não se torna enfadonho em nenhum momento das suas 1200 páginas, o livro vale a pena ser citado.

Livros - A breve segunda vida de Bree Tunner


Com saudades da saga Crepúsculo, decidi ler esse livro há algum tempo. Eu sabia que não ia ter muito dos personagens da saga, mas era uma leitura curta, aparentemente sem maiores dificuldades, por isso resolvi encarar o desafio. Mas tenho que dizer que o livro não acrescentou muita coisa. Tudo bem, é legal ver a vida dos vampiros sob outra perspectiva, principalmente pelo fato de eles não serem "bonzinhos" como os Cullen. A sede, a caça desmedida a seres humanos, as intrigas dentro do próprio bando. São temas que não são tão abordados nos livros principais da saga. Mas mesmo assim, achei uma leitura apenas razoável.

Os personagens não são tão marcantes, tão envolventes. A história em si não é tão marcante. E o fato de o final do livro já ser do conhecimento de todos os que leram a saga (ou pelo menos Eclipse), também não contribui muito para a trama.

Enfim, como eu disse, um livro apenas razoável.

domingo, 12 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 12

Dia 12 - Um conto

O escolhido foi Manuscrito encontrado numa garrafa, de Edgar Allan Poe. Fiquei em dúvida se tinha que colocar o conto aqui ou só citá-lo. Bem, o post vai ficar enorme, mas lá vamos nós:

Qui n’a plus qu’un moment à vivre
N’a plus rien à dissimuler.
Quinault, Atys

Quem tem apenas um momento mais de vida
Nada mais tem a dissimular.

Da minha terra e da minha família pouco tenho a dizer. Os maus costumes e o acumular dos anos afastaram-me da primeira e alhearam-me da segunda. O meu patrimônio proporcionou-me uma educação pouco comum e uma disposição de espírito contemplativa permitiu-me ordenar metodicamente as aquisições diligentemente reunidas pelo estudo precoce. O estudo dos filósofos alemães fez particularmente as minhas delícias: não por qualquer mal-avisada admiração pela sua eloqüente loucura, mas antes pela facilidade com que os meus hábitos de raciocínio rigoroso me facultavam a detecção dos seus erros. Fui muitas vezes admoestado pela aridez do meu gênio; imputavam-me, como se de um crime se tratasse, falta de imaginação, e o pirronismo das minhas opiniões sempre me tornou notado. De fato, receio bem que uma forte atração pela filosofia física me tenha impregnado o espírito de um defeito muito comum nesta época: refiro-me ao hábito de reportar os acontecimentos, mesmo os menos susceptíveis de o serem, aos princípios de tal ciência. Em suma, ninguém seria menos dado que eu a deixar-se desviar das estritas fronteiras da verdade pelos ignes fatui da superstição. Achei que se justificaria esta introdução, sob pena de o incrível relato que se segue ser tomado mais pelo delírio de uma imaginação desenfreada do que pela experiência positiva de um espírito para o qual os devaneios da fantasia sempre foram letra morta e coisa de nulo valor.

Após muitos anos passados em deslocações pelo estrangeiro, larguei no ano de 18… do porto de Batávia, na rica e populosa ilha de Java, em viagem ao arquipélago de Sunda. Embarquei como passageiro, sem outro estímulo que não fosse uma qualquer nervosa irrequietude que me obcecava como espírito maléfico.

O nosso navio era um belo veleiro de umas quatrocentas toneladas, construído de teca do Malabar em Bombaim. Levava um carregamento de algodão em rama e azeite, proveniente das ilhas Lacadivas. Transportávamos ainda fibra de coco, açúcar mascavado, manteiga, cocos e algumas caixas de ópio. A estiva tinha sido feita de modo descuidado, pelo que o navio ia adornado.

Largamos sob um tênue bafejo de vento e mantivemo-nos durante vários dias ao longo da costa oriental de Java, sem mais incidentes que iludissem a monotonia da nossa singradura para além do encontro ocasional com alguns grabs (1) do arquipélago a que nos mantínhamos confinados.

Uma tarde, debruçado à balaustrada da popa, observei uma nuvem isolada muito estranha, a noroeste. Era singular, quer pela cor, quer por ser a primeira com que deparávamos desde a largada de Batávia. Contemplei-a atentamente até ao sol-pôr, altura em que alastrou repentinamente para leste e oeste, cercando o horizonte de uma estreita faixa de vapor e assemelhando-se a uma baixa linha de costa. Não tardou que a minha atenção fosse subseqüentemente atraída pelo aspecto vermelho-escuro da Lua e pelo invulgar estado do mar. Este sofreu uma rápida alteração e a água parecia mais transparente do que o habitual. Embora conseguisse ver distintamente o fundo, ao lançar a sonda verifiquei que a profundidade local era de vinte braças. O ar tornara-se agora intoleravelmente quente e estava carregado de exalações espirais semelhantes às que se desprendem do ferro quando aquecido. Com o tombar da noite, o vento caiu totalmente, sendo impossível conceber calmaria mais completa. A chama da lanterna sobre a popa ardia sem o menor movimento perceptível, e um cabelo comprido, seguro entre o polegar e o indicador, pendia sem que pudesse observar-se a mais pequena ondulação. No entanto, como o comandante dissesse que não se apercebia de qualquer indício de perigo, e uma vez que estávamos a abater totalmente para terra, mandou ferrar as velas e fundear. Não se passou a regime de quartos e a tripulação, constituída principalmente por malaios, veio deitar-se deliberadamente no convés. Desci aos alojamentos – não sem um forte pressentimento de desastre. De facto, todas as aparências me levavam a suspeitar da aproximação do simum. Dei parte dos meus temores ao comandante, mas este não prestou a menor atenção às minhas palavras e deixou-me sem ao menos se dignar de responder. Todavia, a inquietação não me deixou dormir e, perto da meia-noite, subi ao convés. Ao colocar o pé no último degrau da escada, fui surpreendido por um forte ruído sussurrante como produzido por rápida rotação de moinho e, antes que pudesse averiguar o seu significado, apercebi-me de que o navio estremecia na direção do seu centro. No instante imediato, um cachão de espuma fez-nos adornar subitamente e, passando sobre nós, varreu todo o convés de popa a proa.

A extrema violência do choque veio, em grande parte, a ser a salvação do navio. Embora completamente inundado, quando os mastros foram pela borda fora, ergueu-se pesadamente das águas um minuto depois e, vacilando um instante sob a intensa pressão da tempestade, endireitou-se finalmente.

Não sei dizer por que milagre escapei à destruição. Atordoado pelo embate de água, dei por mim, uma vez refeito, entalado entre o cadaste e o leme. com grande dificuldade, pus-me de pé e, olhando confusamente ao redor, fui inicialmente assaltado pela idéia de que estivéssemos no meio de recifes, de tal modo terrível e inimaginável era o turbilhão do oceano alteroso e espumejante em que estávamos mergulhados. Passados algum tempo ouvi a voz de um velho sueco, que embarcara conosco no momento em que largávamos do porto. Gritei-lhe com todas as forças e ele acabou por dirigir-se, a cambalear, para a popa. Depressa descobrimos que éramos os únicos sobreviventes do acidente. Todos os que estavam no convés, exceto nós, tinham sido varridos pela borda fora; o comandante e os oficiais deviam ter perecido durante o sono, visto que os camarotes se encontravam totalmente alagados. Sem auxílio, pouco poderíamos contar fazer pela segurança do navio e os nossos esforços foram de princípio paralisados pela perspectiva momentânea de irmos a pique. Era evidente que a amarra se quebrara como se fosse uma guita ao primeiro sopro do furacão, pois de contrário teríamos sido instantaneamente esmagados. Corríamos com o furacão a uma velocidade assustadora e as águas abriam brechas visíveis à nossa frente. A estrutura da popa tinha sofrido enormes danos e, praticamente sob todos os aspectos, fôramos objeto de consideráveis avarias; mas para nossa extrema alegria, descobrimos que as bombas não tinham ficado obstruídas e que o lastro não sofrera grande deslocação. A maior fúria da tempestade tinha já amainado e a violência do vento não parecia oferecer grande perigo: contudo, ansiávamos, consternados, por que ele cessasse completamente, pois estávamos em crer que, com tais estragos, inevitavelmente pereceríamos na ondulação tremenda que sobreviria. Contudo, esta justíssima apreensão não parecia de modo algum em vias de concretizar-se. Durante cinco dias e cinco noites – no decurso dos quais tivemos por único alimento uma pequena porção de açúcar mascavado, obtido com grande dificuldade no castelo da proa – o calhambeque correu a uma velocidade que desafiava qualquer cálculo, impulsionado por rajadas de vento que se sucediam rapidamente, as quais, sem contudo se compararem à violência inicial do simum, eram ainda mais terríveis do que qualquer tempestade que até então eu tivesse presenciado. O nosso rumo durante os primeiros quatro dias foi, com insignificantes variações, sueste quarta a sul, e deveríamos ir parar às costas da Nova Holanda. No quinto dia começou a fazer-se sentir um frio extremo, embora o vento tivesse rondado mais uma quarta para norte. O Sol despontou com um fulgor amarelo doentio e ergueu-se apenas alguns graus acima do horizonte – sem emitir uma luz definida. Não havia nuvens à vista, mas o vento continuava a refrescar e soprava com uma violência irregular e instável. Cerca do meio-dia, tanto quanto nos era possível estimar, a nossa atenção foi novamente desperta pela aparência do Sol. Não emitia luz propriamente dita, mas antes um clarão mortiço e soturno sem reverberação, como se todos os seus raios estivessem polarizados. Imediatamente antes de mergulhar no mar túrgido, a sua chama central extinguiu-se de súbito, como que pressurosamente apagada por algum inexplicável poder. Era apenas um arco esbatido e quase prateado ao precipitar-se no oceano insondável.

Aguardamos em vão a chegada do sexto dia: esse dia para mim não chegou: para o sueco, não existiu sequer. De então em diante, vimo-nos amortalhados numa escuridão de breu, de tal modo que não conseguiríamos ver um objeto a vinte passo do navio. A noite eterna começou a envolver-nos, nem sequer mitigada pela fosforescência das águas a que nos habituáramos nos trópicos. Observamos igualmente que, embora a tempestade continuasse a bramir com inquebrantável violência, já não conseguia descortinar-se o habitual aparecimento de rebentação ou espuma, que até então nos havia acompanhado. À nossa volta tudo era horror, trevas profundas e um negro e abrasador deserto de ébano. Um terror supersticioso começou a invadir progressivamente o cérebro do velho sueco, e meu próprio espírito estava mergulhado em profundo espanto. Abandonáramos todos os cuidados do navio, mais do que inúteis, e, amarrando-nos o melhor que pudemos ao mastro da mezena, observávamos amargamente a imensidão do oceano. Não tínhamos maneira de calcular o tempo nem fazíamos a menor idéia de qual a nossa posição. Contudo, estávamos perfeitamente cientes de que havíamos navegado mais para sul do que qualquer outro mareante e experimentamos grande admiração por se não nos depararem os habituais obstáculos de gelo. Entrementes, cada instante ameaçava ser o último da nossa vida: não havia vaga alterosa que não se precipitasse para nos esmagar. A ondulação ultrapassava tudo o que eu imaginara possível e o fato de o mar não nos ter sepultado instantaneamente constituía um milagre. O meu companheiro referiu-se ao pouco peso da carga que transportávamos e recordou-me as excelentes qualidades do navio; fosse como fosse, eu não conseguia deixar de sentir o extremo desespero da própria esperança e preparei-me melancolicamente para a morte que acreditava nada poder adiar por mais que uma hora, visto que, a cada nó que o navio avançava, a agitação das prodigiosas águas negras se tornava cada vez mais lugubremente aterradora. Por vezes, ao elevarmo-nos mais ainda que um albatroz, perdíamos a respiração; outras ficávamos atordoados com a velocidade com que o navio se afundava em qualquer inferno aquático, onde o ar estagnava e nenhum som perturbava o sono do kraken (2).

Encontrávamo-nos no fundo de um desses abismos quando um súbito grito do meu companheiro rompeu temerosamente na noite:

- Olhe! Olhe! – gritou angustiadamente aos meus ouvidos. – Deus todo-poderoso! Olhe! Olhe!

Enquanto ele falava, apercebi-me do clarão mortiço e sombrio de uma luz vermelha que se escoava de um e outro lado do abismo em que estávamos mergulhados, e lançava um brilho incerto sobre o nosso convés. Erguendo a vista, observei um espetáculo que me fez gelar o sangue nas veias. A uma altura descomunal acima de nós, e precisamente na orla precipício das águas, pairava um gigantesco navio de umas quatro mil toneladas. Apesar de alcandorado na crista de uma vaga que tinha mais de cem vezes a sua altura, as suas dimensões aparentes ainda assim excediam as de qualquer navio de linha ou da Companhia das Índias. O seu casco enorme era de um negro profundo, nem sequer atenuado por qualquer dos habituais ornatos que os navios ostentam. Uma fileira única de peças de artilharia de bronze emergia das escotilhas abertas e as suas superfícies polidas refletiam os clarões das inúmeras lanternas de combate que balouçavam de um lado para outro na mastreação. Todavia, o que fundamentalmente nos encheu de horror e espanto foi que ele navegava a todo o pano, a despeito daquele mar sobrenatural e do incontrolável furacão. Quando o avistamos a primeira vez, apenas se lhe via a proa, ao erguer-se lentamente do sombrio e horrível fosso que ia deixando para trás. Por um instante de intenso terror, deteve-se sobre o cume vertiginoso, como que imerso na contemplação da sua própria magnificência, após o que estremeceu, vacilou e… iniciou a queda.

Nesse instante, não sei que súbita serenidade me invadiu o espírito. Avançando a cambalear para a popa o mais que me foi possível, aguardei sem receio a catástrofe que certamente nos iria esmagar. O nosso próprio navio começava a abandonar a luta e a mergulhar a proa nas águas. O choque daquela mole que se abatia atingiu-o, por conseguinte, naquele porção da estrutura que estava já sob a água, e o resultado inevitável foi precipitar-me, com irresistível violência, de encontro ao cordame do intruso.

Quando caí, o navio aproou ao vento e virou de bordo; foi à confusão que se seguiu que atribuí o fato de ter passado despercebido aos olhos da tripulação. Não encontrei dificuldade em abrir caminho sem ser detectado até à escotilha principal, que estava parcialmente aberta, e pouco tardou que se me deparasse uma ocasião propícia para me ocultar no porão. Não sei exatamente por que razão o fiz. Talvez uma indefinida sensação de temor, que desde a primeira visão dos tripulantes do navio se me apoderara do espírito, estivesse na origem desta tentativa de buscar esconderijo. Não me sentia inclinado a confiar numa raça de gente que havia revelado, perante o olhar apressado que lhes deitara, tantos motivos de vaga estranheza, dúvida e apreensão. Julguei, pois, acertado arranjar um lugar no porão onde pudesse ocultar-me. Fi-lo deslocando uma porção de pranchas, de modo a obter um abrigo adequado entre o cavername enorme do navio.

Mal terminara ainda a tarefa, quando o som de passos no porão me obrigou a utilizá-lo. Um homem de andar débil e incerto passou junto ao meu esconderijo. Não pude ver-lhe o rosto, mas tive ocasião de observar-lhe o aspecto geral. Apresentava indícios de idade avançada e de doença. Os joelhos vacilavam ao peso dos anos e todo o corpo estremecia sob o seu fardo. Murmurava de si para si, em tom grave e entrecortado, quaisquer palavras numa língua que não logrei distinguir e tateou a um canto entre uma pilha de instrumentos de aspecto invulgar e de cartas de navegação apodrecidas. O seu comportamento era uma estranha mistura de rabugice da segunda infância e da solene dignidade de um deus. Acabou por regressar ao convés e não voltei a vê-lo.

* * *

Um sentimento que não sei designar apossou-se-me do espírito: uma sensação que não admite análise, para a qual os ensinamentos do passado de nada servem e, receio, nem o porvir me fornecerá a chave. Para um espírito da estrutura do meu, esta última consideração é uma tortura. Nunca hei de ser esclarecido – sei que nunca o serei – relativamente à natureza das minhas concepções. E contudo não será de estranhar que tais concepções sejam mal definidas, posto que têm a sua origem em causas tão inteiramente inéditas. Um novo sentido – uma nova entidade – foi acrescentada à minha alma.

Faz já muito que pisei pela primeira vez o convés deste terrível navio e julgo que os raios do meu destino convergem para um foco. Homens incompreensíveis! Imersos em meditações cuja natureza não logro adivinhar, passam por mim sem darem pela minha presença. O fato de me esconder é puro disparate da minha parte, pois esta gente não quer ver. Ainda há instantes passei diretamente pela frente do imediato; não faz muito tempo que me aventurei a penetrar mesmo no camarote individual do comandante e de lá tirei o material com o qual escrevo e tenho vindo a escrever. Continuarei este diário de quando em quando. É certo que posso não ter ocasião de transmiti-lo ao mundo, mas não deixarei de o tentar. No último momento meterei o manuscrito numa garrafa e lançá-la-ei ao mar.

* * *

Deu-se um incidente que me forneceu novos motivos de reflexão. Será tudo isto obra de um desordenado Acaso? Tinha-me aventurado a sair ao convés e estendi-me, sem despertar a menor atenção, no meio de um amontoado de cabos de enxárcias e de velas usadas, no fundo do escaler. Enquanto meditava sobre a singularidade do meu destino, rabisquei inconscientemente com uma brocha de alcatrão as orlas de um cutelo cuidadosamente dobrado que tinha perto de mim sobre uma barrica. O cutelo está agora envergado no navio e as pinceladas irrefletidas da brocha, com a vela esticada, formam a palavra DESCOBERTA.

Ultimamente fiz várias observações sobre a estrutura do navio. Embora bem armado, creio que não se trata de um navio de guerra. Quer o cordame, quer a construção, quer o equipamento em geral levam a por de lado tal hipótese. O que ele não é posso eu facilmente compreender; receio é que seja impossível dizer o que é. Não sei como, mas, ao perscrutar o seu estranho modelo e a forma singular da mastreação, o seu enorme tamanho, o exagerado número de jogos de velas, a sua proa austeramente simples e a popa antiquada, acontece vir uma ou outra vez ao meu espírito uma sensação de coisas familiares, e a essas sombras indistintas da memória mistura-se sempre uma inexplicável reminiscência de velhas crônicas estrangeiras e de épocas remotas.

Estive a observar o madeiramento do navio. O material de que é feito é-me desconhecido. Há uma característica peculiar da madeira que me choca como se a tornasse inadequada para o fim ao qual foi destinada: refiro-me à sua extremaporosidade, considerada independentemente do fato dos estragos que os parasitas provocam nestes mares e para além da podridão concomitante com a idade. Isto poderá porventura parecer uma observação algo sutil, mas esta madeira teria todas as características do carvalho espanhol se este tivesse sido distendido por quaisquer meios não naturais.

Ao reler a frase anterior, ocorre-me intacto à memória o curioso adágio de um velho marinheiro holandês forjado nas intempéries: “É tão verdade”, costumava dizer quando alguém albergava qualquer dúvida sobre a veracidade do que contava, “como é verdade existir um mar onde o próprio navio aumenta de volume como o corpo vivo de um marinheiro”.

Há cerca de uma hora, ousei introduzir-me num grupo de tripulantes. Não me deram a menor atenção e, embora estivesse mesmo no meio de todos eles, pareceram completamente alheios à minha presença. Tal como o que tinha visto antes no porão, qualquer deles apresentava indícios de encanecida velhice. Os joelhos tremiam-lhes de doença; tinham os ombros duplamente abaulados devido à decrepitude; os seus rostos ressequidos abanavam ao vento; as vozes eram baixas, trêmulas e entrecortadas; os olhos cintilavam-lhes com a reuma dos anos e os cabelos grisalhos tremulavam espantosamente na tempestade. Em redor deles, por todo o convés, estavam espalhados instrumentos matemáticos da mais singular e obsoleta estrutura.

Referi um pouco atrás o envergar de um cutelo. Desde essa altura o navio, correndo com o vento, continuou a sua assustadora carreira para sul, com todo pano largado, dos topos dos mastros aos botalós dos cutelos baixos, e balançando a cada instante as vergas do joanete no mais aterrador inferno marinho que a imaginação humana possa conceber. Acabo de abandonar o convés, onde concluí ser impossível manter-me, embora a tripulação não pareça experimentar grande incomodidade. Afigura-se-me o milagre dos milagres o fato de a massa enorme de nosso navio não ser tragada de uma vez por todas. Estamos certamente condenados a pairar continuamente sobre a orla da Eternidade, sem dar um mergulho final no abismo. Deslizamos entre vagas mil mais tremendas do que alguma vez vi, com a facilidade da sagitada gaivota; e as ondas colossais erguem as cristas sobre nós como demônios das profundezas, mas como demônios limitados a meras ameaças e impedidos de destruir. Sinto-me tentado a atribuir esta repetida salvação à unica causa natural que pode explicar tal efeito: devo supor que o navio está sob a influência de uma forte corrente, de uma impetuosa ressaca.

Vi o comandante cara a cara, e no seu próprio camarote; mas, como esperava, não me prestou atenção. Embora nada haja no seu aspecto, para um observador pouco atento, que possa sugerir ser ele alguma coisa mais ou menos do que humano, misturaram-se-me uma irreprimível reverência e temor à sensação de espanto com que o observei. A estatura dele é quase a mesma que a minha, isto é, certa de um metro e setenta. É de compleição proporcionada e compacta, sem ser robusto nem quanto ao resto digno de nota. É, porém, a singularidade da expressão que lhe anima o rosto, é o intenso, maravilhoso e empolgante testemunho de velhice, de uma tão extrema velhice que suscita no meu espírito um sentimento, uma sensação inefável. A sua fronte, conquanto pouco enrugada, parece transportar a marca de uma miríade de anos. Os seus cabelos grisalhos são registros do passado e os olhos ainda mais cinzentos são sibilas do futuro. O pavimento do camarote estava densamente juncado de in-fólios com fivelas de ferro, de esboroados instrumentos científicos e de cartas obsoletas e há muito abandonadas. Tinha a cabeça inclinada sobre as mãos e lia atentamente, com um ardente olhar inquieto, um papel que tomei por uma carta de comando e que, em qualquer caso, apresentava a assinatura de um monarca. Murmurava de si para si, em voz baixa e rabugenta, como fazia o primeiro marinheiro que eu vira no porão, quaisquer sílabas de uma língua estrangeira, e, embora falasse mesmo junto de mim, a sua voz parecia chegar-me aos ouvidos vinda de uma milha de distância.

O navio e todos os que nele seguem estão imbuídos do espírito de Antanho. A tripulação desliza para um lado e para outro como fantasmas de séculos enterrados; os seus olhares têm uma expressão ansiosa e intranqüila; e quando os seus dedos, à minha passagem, caem sob o brilho cru das lanternas de combate, sinto o que nunca antes senti, embora toda a vida tenha negociado em antiguidades e me tenha impregnado das sombras das colunas caídas de Balbec, Tadmor, e Persépolis, até a minha própria alma se converter numa ruína.

Quando olho em redor envergonho-me das minhas apreensões iniciais. Se tremi ante a tempestade que até agora nos acompanhou, não deveria ficar horrorizado perante a adversidade do vendo e do oceano, que as palavras tornado e simum se tornam banais e ineficazes para descrever? Tudo o que se encontra na imediata proximidade do navio é a escuridão da noite eterna e um caos de água sem espuma; mas, cerca de uma légua para um e outro bordo, podem ver-se, indistintamente e de quando em quando, enormes baluartes de gelo, que se erguem ao longe contra o céu desolado, semelhantes às muralhas do universo.

Conforme imaginei, prova-se que o navio está sob a ação de uma corrente, se é que assim se pode apelidar uma maré que, gemendo e uivando através da brancura do gelo, troveja para o sul com uma velocidade semelhante à impetuosa precipitação de uma catarata.

Creio ser totalmente impossível transmitir o horror das minhas sensações; porém, a curiosidade de penetrar os mistérios destas horríveis regiões prevalece mesmo sobre o meu desespero e reconcilia-me com o aspecto mais hediondo da morte. Torna-se evidente que corremos ao encontro de qualquer revelação emocionante: algum segredo que nunca será transmitido, descoberta é o termo da vida. Talvez esta corrente nos leve ao próprio Pólo Sul. Devo considerar que esta suposição, aparentemente tão estranha, tem todas as probabilidades de estar correta.

A tripulação percorre o convés com passo inquieto e trêmulo; mas há na sua atitude uma expressão que é mais da ânsia da esperança do que da apatia do desespero.

Entretanto, temos ainda o vento na popa e, como navegamos com imenso pano, o navio é por vezes erguido do mar em peso. Oh, horror sobre horror! O gelo abre-se simultaneamente à direita e à esquerda e começamos a rodopiar vertiginosamente em imensos círculos concêntricos, em torno de um gigantesco anfiteatro, de paredes cuja altura se perde na escuridão e na distância. Mas pouco tempo me restará para ponderar sobre o meu destino: os círculos estreitam rapidamente… mergulhamos loucamente nas garras do turbilhão… e, por entre o rugir, o bramir e o ribombar do oceano e da tempestade, o navio começa a estremecer e – meu Deus! – e… a afundar.

sábado, 11 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 11

Dia 11 - Uma foto sua recente


Essa foto foi tirada no dia 31 de julho, no casamento de uma amiga. Gostei bastante dela, tanto é que virou minha foto padrão (no orkut, skoob, msn, etc). Olhando agora para os posts mais recentes aqui do blog, constatei algo interessante. A foto do dia 08 me mostra antes da cirurgia; a de ontem, em plena forma, na época que eu cheguei a fazer alguns trabalhos como modelo. Bem, essa sou eu hoje, pós bariátrica: um meio termo entre as duas, mas tentando voltar a ser mais parecida com o meu eu adolescente.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 10

Dia 10 - Uma foto de você há mais de 10 anos.



Esta foto foi tirada em fevereiro de 1997, para uma campanha publicitária da loja Aqualung, que foi veiculada em um jornal aqui de Natal. Na época eu tinha 16 anos.

Na verdade, esta é uma foto da foto, por isso que a qualidade não está boa. Meu Scanner não está funcionando, e fiquei sem saber como iria fazer para cumprir o item de hoje do Meme. Foi quando me ocorreu tirar uma foto da foto. Como eu disse, a qualidade não está boa, mas pelo menos dá para ter uma noção.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 09

Dia 09 - Uma foto que você tirou


Às vezes eu publico algumas fotos que eu tirei aqui no blog. Comecei chamando de foto da semana, acabei que não publiquei uma toda semana, apenas de vez em quando.

Não sou fotógrafa profissional, aliás, estou longe disso. Mas gosto de tirar fotos. E o melhor, acho que, para uma leiga, eu tenho um bom olho para fotos. Tanto é que em viagens ou passeios com amigos, sempre sou a "fotógrafa oficial".

Essa foi uma das primeiras fotos que publiquei no "foto da semana" e é uma da qual eu gosto bastante. Foi tirada em um passeio promovido pelo meu trabalho na Semana do Meio Ambiente em 2008. Foi um passeio feito pelo Rio Potengi, aqui em Natal.

Livros - A menina que roubava livros


Eu tentei ler esse livro em três ocasiões diferentes antes dessa, e em nenhuma consegui avançar além da página 200. Cheguei até a apontá-lo como "Um livro que você não indica" no Desafio 10 livros em 10 dias, que participei aqui no blog no final de junho e início de julho. Mas eu havia prometido a mim mesma, que ainda este ano, em algum momento, iria lê-lo até o fim. E, de fato, agora eu o fiz.
Não posso afirmar que o livro tenha me agradado muito. Mais uma vez, achei a leitura cansativa, arrastada. A história até que é boa, e confesso que achei bastante interessante o fato de o livro ter sido narrado pela própria morte, dando uma perspectiva diferente à narrativa. Mas, como eu disse, essa mesma narrativa, que tem uma perspectiva diferente e atrativa, é também o grande problema do livro, uma vez que oscila muito. É verdade que há passagens brilhantes na obra, mas na maioria das vezes as coisas demoram muito a acontecer e a leitura se torna bastante enfadonha. E isso fez com que o resultado final, a meu ver, fosse apenas um livro bom, nada de excepcional.
Sei que o livro teve, à época do seu lançamento, grande repercussão, e tem até hoje. E sei também que meus comentários não vão agradar várias pessoas. Mas foi a minha impressão do livro. Porque a verdade é que a obra não conseguiu me cativar...
Mas, mesmo assim, acho que é um livro que deve ser lido sim.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O Meme de um mês - Dia 08

Dia 08 - Uma foto que te deixa irritado/triste


A primeira coisa que merece ser dita é que eu sou a de blusa estampada, do canto. Ou melhor, eu era... hoje eu sou essa aí, mas com mais de trinta quilos a menos... nossa, como é estranho olhar para mim mesma antes da cirurgia... Como eu era gorda!!!!

Mas não é por isso que essa foto me deixa triste. Aparentemente, não há nada de errado com ela. É apenas um grupo de amigas, todas felizes. Mas a foto me deixa triste por saber que esse grupo não existe mais. Eu, particularmente, só me considero amiga de uma delas, e com outra convivo socialmente (apesar de não ter nada contra ela). Mas o grupo todo se desfez: foram intrigas para todos os lados, umas por motivos muito sérios; outras, nem tanto.

Mas a verdade é que amizades que pareciam sólidas foram se despedaçando aos poucos... Hoje, o que sobrevive são apenas algumas individuais (talvez as únicas relevantes). Mas mesmo assim, é triste ver o grupo desfeito...

E a foto foi tirada há menos de um ano.