quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Desafio literário - fevereiro - livro 6

Grace
Autor: Richard Paul Evan
Editora: Geração Editorial
Ano: 2011
Páginas: 340
ISBN: 9788581300047
Tradução: Jairo Arco e Flecha




"Aquele momento era de uma perfeição incrível. Eu tinha a admiração de uma bela garota e um bolo de chocolate. A primeira coisa era algo que eu experimentava pela primeira vez na vida, a segunda eu raramente experimentava, e as duas ao mesmo tempo, nunca." (pág. 134)

"- Alguma vez você já amou alguém?
- Não sei - respondi suavemente. Como é que a gente sabe quando ama alguém de verdade?
Ela parou de andar e sorriu para mim. - Quando você não precisa perguntar." (pág. 214)

Ternura. Essa foi a primeira palavra que me veio à mente quando terminei de ler o livro. Uma história encantadora, que conquista pela simplicidade com que é contada, pela inocência de Eric, pela tristeza que carrega e pelo amor puro que nos revela. Adorei!

A história se passa na época da crise dos mísseis de Cuba. Eric é um menino normal, de 14 anos, cuja família tem que passar por algumas mudanças, inclusive financeiras, após o pai ficar doente. Um dia, ele vê uma menina pegando comida do lixo. O garoto fica surpreso ao perceber que é uma colega da sua escola. Ela diz que fugiu de casa. Ele a leva para sua casa e a esconde no clube que ele e o irmão construíram. A partir daí, surge uma bela amizade, que logo se transforma em amor... Mas Grace tem um segredo. O que acontecerá quando ela contar toda a verdade a Eric?

Como eu disse, a história é cativante. Mas é também linda, triste, emocionante, comovente, apaixonante, revoltante e muitos outras coisas. Uma leitura rápida - eu demorei pouco mais de um dia lendo. O final é triste, é verdade, bastante triste, aliás. Mas quem disse que a vida é só felicidade?

Não vou falar muito para não estragar, mas tenham certeza que vale a pena ler.

Nota: 4


P.S.: Eis que, aos 45 do segundo tempo, consegui cumprir minha meta para o mês de fevereiro. Seis livros. Para março, ainda nãoi sei quantos serão, mas garanto que pelo menos 4 já estão devidamente separados: Eu sou Deus, O hipnotista, O silêncio dos inocentes e Dexter  - design de um assassino. E que venha março!!!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Desafio literário - fevereiro - livro 5

Julieta
Autora: Anne Fortier
Editora: Arqueiro
Ano: 2010
Páginas: 448
ISBN: 9788599296912
Tradução: Vera Ribeiro


"Será que eu estava louca? Talvez. Porém há muitas formas diferentes de insanidade. Tia Rose sempre presumira que o mundo inteiro vivia num estado de constantemente flutuante e que a neurose não era uma doença, mas uma realidade da vida, como a acne. Uns têm mais, outros menos, porém só as pessoas verdadeiramente anormais não têm nem um pouco. Essa filosofia do senso comum já havia me consolado muitas vezes e voltou a fazê-lo nesse momento."

"Mas, afora nossas xarás medievais também terem sido gêmeas, foi difícil encontrarmos muitas outras semelhanças entre a vida delas e a nossa. Elas tinha vivido numa época em que as mulheres eram vítimas silenciosas dos erros dos homens, nós, ao que parecia, estávamos livre para cometer nossos próprios erros e falar sobre eles tão alto quanto quisermos."

Acabei de ler o livro quase agora e vim correndo escrever a resenha, não apenas porque o mês já está quase no fim, mas porque eu simplesmente amei o livro, que entrou para a minha lista de favoritos. E olhem que se trata do livro de estreia da autora. E que estreia!!!

A autora apresenta uma nova versão para a obra de Shakespeare, passada em Siena no ano de 1340 ao mesmo tempo que conta a história de Julie, que viaja para a Itália em busca de um suposto tesouro deixado por sua mãe, da qual ela mal se lembra. A paritir daí, as duas histórias correm paralelamente para chegar a um final bastante diferente do imortalizado por Shakespeare. E tudo isso em meio a maldições, máfia, sociedades secretas, reviravoltas, caça ao tesouro por túneis subterrâneo, dentre outros elementos, que tornam a leitura empolgante.

Acho que se esse livro for mais divulgado poderá causar tanto impacto quanto O código Da Vinci causou na época do seu lançamento, porque causa polêmica e traz uma nova versão de uma história já imortalizada. Tudo bem que Dan Brown colocou em xeque a Bíblia enquanto Anne Fortier faz isso com uma obra de Shakespeare, mas a essência é a mesma. Aliás, o estilo da autora me lembrou bastante o de Brown, principalmente no final do livro, com as reviravoltas e surpresas na trama, que une romance, mistério, suspense, aventura, tudo em um livro só.

A história é muito boa, envolvente desde as páginas iniciais. A visão paralela das duas Sienas, a de 1340 e a dos dias de hoje, a "verdadeira versão" da história de Romeu e Julieta, o amor impossível entre os pombinhos apaixonados, a história de Julie, que busca se conhecer e encontrar algum sentido em sua vida por meio de sua história, a forma como a autora consegue atrelar as duas histórias, como as peças do quebra cabeça vão se encaixando ao longo da leitura. Tudo no livro é perfeito, do início ao fim. 

Nota: 5


P.S. Ainda tenho um livro para ler para o mês de fevereiro. Será que dá tempo de publicar a resenha até a meia noite de amanhã?? Corrida contra o tempo!!!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Projeto 52 X 5 momentos para compartilhar - semana 9



Semana 9: Pessoas que eu gostaria de conhecer/ter conhecido:

1. Bono Vox;
2. Ayrton Senna;
3. João Paulo II;
4. Tolkien;
5. Audrey Hepburn.

Projeto 52 semanas de bibliofilia - semana 9


Essa foto representa aquilo que eu vejo quando estou lendo, na minha posição favorita, que é deitada de barriga para baixo, com a cabeça em um travesseiro e segurando o livro à minha frente. O livro que estou segurando na foto é Grace e eu o escolhi porque, além de eu estar lendo-o, obviamente, adorei os detalhes nos cantos das páginas.

Semana que vem estarei viajando, mas vou fazer de tudo para manter o blog em dia e publicar a foto da semana.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Das páginas para as telas #2

Demorou, mas saiu. Eis o segundo Das páginas para as telas do ano (mês de fevereiro - pelo menos um por mês até o final do ano - prometo!) e o escolhido do mês foi Morte e vida de Charlie St. Cloud. Primeiramente, vamos ao livro:

Morte e vida de Charlie St. Cloud
Autor: Ben Sherwood
Editora: Novo Conceito
Ano: 2010
Páginas: 282
ISBN: 9788563219183
Tradução: Ivan Panazzolo Junior



"Era obra do destino ela se interessar por um rapaz bonito bem na semana em que iria sair da cidade. ERa assim que sempre acontecia. Seu timing era sempre o pior possível, ou então os rapazes de que ela gostava eram sempre pouco mais do que uns moscamortas. Tess queria viver por amor, mas as estrelas nunca se moviam para trás para ela, e elas definitivamente não se alinhavam com a possibilidade de um romance. Ela não tinha sorte nos assuntos do coração, nunca tivera, nunca teria, e essa era a maior razão pela qual queria deixar a cidade. Para ela, velejar era algo muito fácil, mas relacionamentos não. De alguma forma, dominar o vento sempre foi mais fácil do que domar homens rebeldes." (pág. 93)

Após provocar um acidente que causou a morte de seu irmão mais novo, Charlie St. Cloud recebe o dom de falar com os mortos. Sentindo-se responsável pela morte de Sam e preso a uma promessa que fez a ele, Charlie dedica a sua vida a cuidar dos mortos durante o dia - ele trabalha no cemitério da cidade - e a se encontrar com Sam ao por do sol. 

Um belo dia, Charlie encontra Tess no cemitério. Ela é uma jovem livre, que está se preparando para uma competição em que terá que navegar ao redor do mundo sozinha, por pelo menos 4 meses. Após uma breve conversa, os dois acabam marcando um encontro, na casa de Charlie (que mora no cemitério). Começa então um belo romance entre os dois... Só que não se trata de um romance normal, mas um cheio de surpresas, que obrigará Charlie a tomar importantes decisões em sua vida...

O livro conseguiu me prender desde as suas páginas iniciais. Uma bela história, que tem seu ápice na amizade entre os dois irmãos - muito mais do que no amor entre Charlie e Tess. O autor, durante toda a leitura, conseguiu me transpor para dentro de Charlie, conseguiu me fazer sentir a dor da perda de Sam, a culpa que se arrastou por anos, a sensação de alegria durante os encontros com o irmão (eu não acredito que ele ficasse verdadeiramente alegre, acho que era apenas uma sensação, uma coisa mais superficial), a descoberta do amor, o questionamento pelas escolhas que fez e a angústia por aquelas que ainda teria que fazer... Enfim, ao longo da leitura, eu me senti Charlie, me senti na pele dele, tudo pela forma como o autor escreve.

Não é um livro para rir, para desvendar um grande mistério ou para revelar um final surpreendente. É uma história para emocionar e nos fazer refletir. É um livro para arrancar suspiros ou até mesmo algumas lágrimas dos mais sentimentais (não chego0u a ser o meu caso). É, acima de tudo, uma bela história, com um final que, mesmo não sendo surpreendente, foi desenvolvido de forma digna e criativa. É um livro sobre o amor. É um livro sobre escolhas. É um livro sobre a vida.

Muito bom!

"Ele estava farto de cortar grama. Estava farto de cavar sepulturas. O êxtase de amar Tess e a felicidade dos últimos dias o haviam feito perceber o quanto ele havia sacrificado e desperdiçado nos últimos anos. Era como se Sam não tivesse sido o último a morrer naquele acidente. Charlie havia abdicado da sua vida também."

A morte e vida de Charlie (Charlie St. Cloud)
Ano: 2010
Gênero: Drama
Direção: Burr Steers
Roteiro: Craig Pearce e Lewis Colick, baseados no livro de Ben Sherwood
Elenco: Zac Efron, Amanda Crew, Kim Basinger, Ray Liotta, Charlie Tahan, Augustus Prew, Donal Logue, Dave Franco.



Mais uma vez, como é de praxe, o livro se mostrou bem superior ao filme. Como eu disse no comentário sobre o livro, eu consegui sentir a dor de Charlie enquanto lias as páginas escritas por Ben Sherwood, o que não ocorreu no filme. em primeiro lugar, pela fraquíssima atuação de Zac Efron e, em segundo lugar, pelo roteiro propriamente dito, que preferiu mostrar outras facetas do personagem que não são tão exploradas no livro.

Talvez a intenção do filme tenha sido a de tratar do tema abordado no livro de uma forma mais leve, acho que principalmente pelo fato do filme ser estrelado por Zac Efron - galã nº 1 das adolescentes espalhadas pelo mundo. Mas, se foi essa, não funcionou, pois deixou a história superficial demais. De fato, o filme é mais leve, mas essa leveza fez com que a história perdesse todo o seu encanto, transformando-a em apenas mais um filme água com açúcar que logo será esquecido.

Tirando as pequenas participações de Ray Liotta e Kim Basinger o elenco todo é fraco. Não há química entre os personagens em tela, especialmente entre o casal protagonista. A fotografia é bela, o cemitério foi mostrado de uma forma leve (na medida do possível), a trilha sonora agrada. 

Poderia ter sido um excelente filme, se tivesse sido dada outra abordagem à obra, principalmente com a escolha de um casal protagonista um pouco mais maduro e experiente em cena. Nada contra Zac Efron e sua tentativa de se desvencilhar do papel de galã de High School Musical. Acho que outros atores já foram pelo mesmo caminho e conseguiram ser reconhecidos pelo seu talento, o que falta a Efron. Mas, deixa pra lá... O que me espantou é que o filme é extremamente fiel ao livro, as mudanças na história não comprometem e, mesmo assim, o livro é ótimo e o filme apenas mediano... Ainda estou tentando entender...

    sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

    Selinho!!!



    Recentemente, ganhei de dois blogs diferentes esse selinho. Nem preciso dizer que fiquei bastante feliz, né? Principalmente porque se tratam de pessoas que conheceram e começaram a seguir meu blog recentemente. Muito obrigada pelo carinho de vocês!!!

    Mirtes, do Hello, Mirtes!

    Mais uma vez obrigada e me desculpem pela demora deste post. Ah, e já estou seguindo o blog de vocês!!

    Livros - Pollyanna moça

    Pollyanna moça
    Autora: Eleanor H. Porter
    Editora: Companhia Editora Nacional
    Ano: 1992
    Páginas: 202
    ISBN: --
    Tradução: Monteiro Lobato   



    "Para uma pessoa que espera que lhe digam que só precisa aguentar um dia de cada vez por as coisas serem tão más, é surpreendente, para não dizer outra coisa, que lhe digam que, por as coisas serem tão boas, é uma felicidade não ter de aguentar senão um dia de cada vez."

    Eu juro que eu tentei, mas não deu. Pollyanna continua sendo uma chata, na minha opinião. E parece que nessa continuação ela está ainda pior. Mais verborrágica do que nunca, a menina não consegue calar a boca um minuto sequer!

    E quando o tempo passa e ela vira uma moça... a tagarelice e o excesso de otimismo continuam!!! E quando se apaixona então?!?!? Aff, pior do que nunca! Não tem jeito mesmo, people, eu não consigo gostar da personagem e nem vou tentar fazer sacrifício nenhum para gostar... hehehe 

    Mas a verdade é que esse segundo volume me irritou ainda mais do que o outro. Explico-me: quando ela ainda era uma criança, too aquele otimismo, o seu "jogo do contente" poderia até parecer bonitinho, justamente porque ela ainda era uma criança. Mas depois de grande e mesmo já tendo passado por momentos de grande tristeza e decepções, ainda continuar assim... sei não! Parece-me, no mínimo, infantil, coisa de quem não amadureceu, de quem não sabe nada da vida...

    A verdade é que nem tenho muita coisa para dizer sobre o livro. Decidi fazer este post apenas para não passar em branco. Não gostei e pronto! Próximo!! hehehe

    quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

    Carta de despedida

    Olá amigo,

    O assunto que me traz aqui hoje não é dos mais agradáveis. Vim me despedir de você. Pois é, isso mesmo... Espero que você não fique chateado comigo e saiba, desde já, que eu não guardo nenhum tipo de rancor ou mágoa de você. Mas é chegada a hora do adeus e tenho certeza que minha vida será muito melhor sem você.

    Nem consigo me lembrar exatamente como e quando nos conhecemos, já faz tanto tempo... Só lembro que eu ainda era uma adolescente, cheia de dúvidas e conflitos internos. Não lembro se no nosso primeiro encontro eu estava triste ou alegre, mas sei que lá estava você, me mostrando uma nova realidade, cheia de desafios e possibilidades. No começo nossa relação foi apenas esporádica, mas fui cada vez mais me afeiçoando a você e ficando mais e mais dependente de você. Naquela época, eu não conseguia entender que tudo o que você queria era me fazer mal...

    Você me enganou durante anos. Fingiu ser meu amigo. Esteve sempre lá, presente nos momentos mais difíceis. Foi um fiel companheiro. Trouxe-me uma falsa sensação de alegria quando eu estava triste, compartilhou comigo momentos de intensa felicidade. Viramos noites estudando juntos, viajamos juntos, fomos para incontáveis farras juntos... E você ao meu lado, fiel companheiro, sempre presente! Outros amigos meus também o conheciam e isso só tornava mais fácil a nossa relação.

    Mas o que eu não sabia, o que você nunca fez questão de me mostrar, era o que você realmente queria, as suas reais intenções. Você tinha um plano para mim. Você queria me deixar cada vez mais dependente de você, roubar o meu sono, o meu condicionamento físico, a minha saúde. E nas minhas inúmeras noites de insônia, lá estava você, como sempre, fiel. Mas na verdade, você era o grande responsável por me deixar tanto tempo acordada, sem conseguir dormir.

    Algumas pessoas começaram a notar que você não era um bom amigo e tentaram me alertar. Mas eu estava cega e, durante anos, ignorei seus conselhos para que deixasse de lado a nossa relação. Aos poucos, fui começando a perceber que elas tinham razão, mas sua presença era forte demais na minha vida para que eu simplesmente a deixasse de lado. Tinha dias que eu nem sentia tanto prazer na sua companhia, mas sua presença era necessária. Sem você eu me sentia fraca, incompleta. Houve momentos em que eu tive certeza que aqueles que me alertavam contra você estavam certos. Tentei me afastar algumas vezes, mas você sempre dava um jeitinho de voltar, e eu sempre permitia que isso acontecesse.

    De uns tempos para cá, nossa relação deixou de ser prazerosa para mim. Tudo o que a sua companhia me traz hoje em dia é um gosto amargo na boca. Mas mesmo assim você ainda é relevante para mim, pois, depois de todos esses anos de convivência, me viciei em você. Mas agora chega para mim, não quero mais a sua presença na minha vida.

    Sei que nenhuma ruptura é fácil, nenhum final é tranqüilo, especialmente quando se trata de uma relação tão duradoura como a nossa. Mas eu já tive outros amigos indesejáveis na minha vida antes, e consegui me livrar deles. É verdade que enquanto eu me livrava de alguns deles eu tive a sua companhia, mas agora estou contando com meus outros amigos para me livrar de você. E com os novos amigos que eu vou fazer depois que você se for.

    Sei que vai haver dias em que você não sairá da minha cabeça e que eu só vou conseguir pensar em como seria bom ter você ao meu lado novamente, ainda que por cinco minutos, especialmente no início. Sei que vai ser muito difícil, muito duro fazer sozinha as coisas que antes nós costumávamos fazer sempre juntos. Mas eu vou conseguir ficar longe de você, até sua presença ir se tornando cada vez mais irrelevante, até eu não pensar mais tanto em você, até eu conseguir lhe esquecer e seguir em frente.

    Como eu disse, amigo, não fique com raiva de mim. Apesar de todo o mal que você me fez eu não tenho raiva de você. Mas é que simplesmente não há mais espaço para você na minha vida.

    Adeus, cigarro.

    terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

    Cinema - A invenção de Hugo Cabret

    A invenção de Hugo Cabret (Hugo)
    Ano: 2012
    Gênero: Aventura
    Direção: Martin Scorsese
    Roteiro: John Logam, baseado em livro de Brian Selznick
    Elenco: Asa Butterfield, Chloe Moretz, Emily Mortimer, Jude Law, Sacha Baron Cohen, Christopher Lee, Ben Kingsley, Ray Winstine, Richard Griffiths, Helen McCorry, Frances de La Tour, Michael Stuhlbarg.


    Hugo é um jovem órfão que vive na estação de trem. Ele cuida dos relógios do local, enquanto tenta sobreviver e escapar das garras do malvado inspetor. Hugo tem o dom de consertar as coisas e seu maior sonho é fazer com que um robô deixado para ele por seu pai funcione. Um dia, Hugo conhece a jovem Isabelle e se surpreende ao ver que ela tem a chave em formato de coração que fará o robô funcionar. Juntos, eles fazem isso acontecer. O robô revela um segredo, há muito guardado, que representará uma grande aventura e acabará unindo os dois para sempre...

    O filme é lindo, encantador. Feito para o público infantil, consegue agradar a todos. Martin Scorsese dá um verdadeiro show em sua estréia com o público jovem. Comovente, delicado, uma verdadeira aula sobre a criação do cinema...
    Uma coisa que me chamou bastante atenção foram os cenários, aliás, a estação de trem para ser mais específica. Lembrou-me bastante os cenários de Harry Potter, com um quê de mistério em suas paredes e canos que soltam fumaça. 

    O ator Asa Butterfield que interpreta o protagonista Hugo está muito bem. Carismático, emotivo, ele dá um verdadeiro show, ao lado de grandes nomes do cinema. Gostei muito, mas muito mesmo da atuação dele. Aliás, todo o elenco está muito bem no filme.

    Mas, o mais encantador mesmo, é o passeio que fazemos pelos primórdios do cinema, pela sua criação. Uma verdadeira aula, que mesmo que não seja totalmente fiel à realidade, nos leva à mágica criação da sétima arte.

    Um excelente filme, para toda a família.

    Projeto 52 x 5 momentos para compartilhar - semana 8


    Semana 8: Os melhores filmes infantis que já assisti foram:

    1. Shrek;
    2. Toy Story;
    3. A bela e a fera;
    4. Procurando Nemo;
    5. Dumbo.


    P.S. Nos números 1 e 2 considerem toda a franquia, e não apenas os filmes originais.

    domingo, 19 de fevereiro de 2012

    Desafio literário - fevereiro - livro 4

    Pollyanna
    Autora: Eleanor H. Porter
    Editora: Companhia Editora Nacional
    Ano: 1979
    Páginas: 181
    ISBN: --
    Tradução: Monteiro Lobato


    "Acho que não é preciso aprender a viver. Eu, pelo menos, não aprendi."

    Quando eu escrevi a resenha do primeiro livro do mês do DL (Marina), fiz uma ressalva, dizendo que não me lembrava se já havia lido Pollyanna durante a infância. Agora posso afirmar categoricamente que eu não li, pois eu teria me lembrado, com certeza, e não teria feito nenhuma questão de reler. Isso mesmo, você entendeu bem. Eu achei Pollyanna muito, mas MUITO chata!!!

    A personagem é uma órfã que vai morar com sua tia Polly e acaba mudando toda a sua cidade com o seu famoso jogo do contente, onde a pessoa, por pior que seja a situação, deve sempre encontrar uma razão para ficar contente.

    Achei a personagem por demais irritante. Tinha momentos que eu queria jogar o livro para o alto, com a história das muletas no lugar da boneca. Não aguentava mais todo aquele otimismo! Ok, eu sei que o livro enaltece valores importantes, como solidariedade, compaixão e humanidade, mas não dá para ser contente o tempo todo! Simplesmente não dá!!!

    Eu estou longe de ser uma pessoa pessimista, sou apenas realista. Mas eu acho que as tristezas e decepções fazem parte da vida de todos e são importantes, pois são elas que nos dão força para superar os obstáculos e vencer as adversidades. Tristezas fazem parte do crescimento do ser humano. 

    Talvez o livro seja bom para pré adolescentes, mas definitivamente não me cativou. Mas, vou ser bastante otimista e dar outra chance a Pollyanna, vendo se ela ficou menos chatinha na juventude, iniciando agora a leitura de Pollyanna moça, que não entra para o DL, mas que será devidamente comentado aqui no blog.

    Nota: 2

    Um desafio realmente desafiante - fevereiro

    Quebra de confiança
    Autor: Harlan Coben
    Editora: Arqueiro
    Ano: 2011
    Páginas: 272
    ISBN: 9788580410037
    Tradução: Ivanir Calado




    O tema do mês de fevereiro do Desafio Realmente Desafiante do Silêncio que eu tô lendo é "ler um livro que tenha um personagem com a inicial do nome igual à do seu nome". Meu leque de escolhas era maior, pois meu nome é Maria Rafaela, portanto poderia escolher livros que tivessem personagem com a letra M ou com a letra R. Eu já tinha esse livro e vinha querendo ler alguma coisa de Harlan Coben há algum tempo, então acabei escolhendo-o, considerando que o nome do protagonista é Myron Bolitar. Portanto, etapa do desafio devidamente cumprida!!!

    Bem, eu nunca tinha lido nada de Harlan Coben. Inclusive tenho na estante outro livro dele, mas entre uma leitura e outra, ainda não tinha tido a oportunidade. E a primeira coisa que me passou pela cabeça quando terminei o livro foi: "Por que eu nunca tinha lido nada dele antes? Onde eu estava com a cabeça?!?!?!" Já dá para sentir que eu gostei bastante do livro... hehehe

    "No primeiro caso de Myron Bolitar, Harlan coben nos faz mergulhar na indústria do sexo e nos negócios escusos por trás da contratação de grandes atletas. Este é um momento importante na carreira de Myron Bolitar. Depois de agenciar alguns atletas pouco conhecidos, ele agora é o empresário de Christian Steele, a maior promessa do futebol americano de todos os tempos. Talentoso, bonito, centrado e carismático, tudo indica que o rapaz também poderá arrematar milhões em contratos de publicidade. Mas, ao mesmo tempo que vive o auge na carreira, Christian enfrenta um drama na vida pessoal. Um ano e meio atrás, sua noiva, Kathy Culver, desapareceu sibitamente e, exceto pelos fortes indícios que tenha sofrido uma agressão sexual, a polícia não conseguiu descobrir nada sobre sua última noite no campus da Universidade Reston. Prestes a ser contratado em uma negociação que pode ser a maior de todos os tempos em sua categoria, Christian recebe um exemplar de uma revista que traz a foto de Kathy em um anúncio de disque sexo. Além disso, o caso acaba de ganhar mais um ingrediente de terror: três dias atrás, Adam Culver, pai dela, foi morto em um assalto bastante suspeito. Agora, com a ajuda de Win, seu melhor amigo, Myron tentará impedir que as notícias sobre a ex-noiva de Christian atrapalhem a carreira do rapaz e irá em busca da verdade - doa a quem doer." (Sinopse retirada do Skoob)

    O que eu mais gostei na leitura foi que eu me senti a própria detetive da história. O autor dá várias pistas, faz com que o leitor vá montando o seu quebra cabeça e tirando as suas próprias conclusões. Aí, quando você pensa que está prestes a entender tudo e desvendar o mistério do desaparecimento de Kathy, surge um elemento novo que muda tudo. Isso torna a leitura empolgante. Tanto é que li o livro em mais ou menos 24 horas. 

    Além do mais, a narrativa de coben é simples e objetiva, os personagens são envolventes (gostei muito de Myron, as Win é o meu favorito) e a trama é bem descrita.  Todos fatores relevantes para uma boa leitura! A forma como ele une todos os elementos e as tramas paralelas para convergirem em um único final é muito boa. E quanto ao desfecho... o final apresentado foi surpreendentemente simples, mas mesmo assim inesperado. Conseguiu me conquistar totalmente.

    Uma leitura muito boa, mais do que recomendada!!!

    Projeto 52 semanas de bibliofilia - semana 8


    Aqui estou, na tentativa de mudar um pouco as minhas fotos e deixá-las o mais variadas possível, mostrando a vocês a minha página do Skoob. Vale dizer que eu simplesmente adoro o site. Registro nele apenas as minhas leituras de 2010 para cá, o que tem um pouco a ver com a minha neurose com datas e ordem. Os livros na minha estante virtual estão todos colocados na ordem em que foram lidos. Até o presente momento, o total de livros lidos é de 172. Deixo sempre a lista dos que vou ler pequena, como eu disse, obedecendo sempre a ordem de leitura. Os que eu li em 2009 e antes disso serão acrescentados somente se forem relidos, o que, aliás, eu faço bastante!!

    sábado, 18 de fevereiro de 2012

    Cinema - Os descendentes

    Os descendentes (The descendants)
    Ano: 2012
    Gênero: Comédia dramática
    Direção: Alexander Payne
    Roteiro: Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash, baseados no livro de Kaui Hart Hemmings
    Elenco: George Clooney, Matthew Lillard, Shailene Woodley, Amara Miller, Nick Krause, Patricia Hastie, Judy Greer, Robert Forster, Barbara L. Southern, Celia Kenney, Rob Huebel, Mary Birdsong, Karen Kuioka Hironaga, Carmen Kaichi, Beau Bridges, Matt Corboy, Matt Esecson, Michael Ontkean, Stanton Johnston, Hugh Foster, Tiare R. Finney, Tom McTigue, Grace A. Cruz.

    Um filme primoroso, sobre a dor e o sofrer. Matt é um advogado que vive no Havaí, com sua esposa e a filha mais nova, enquanto a mais velha estuda fora. Só que a vida dele muda drasticamente quando sua esposa sofre um acidente, estando em coma há 23 dias. Diante de todo o sofrimento pelo qual está passando, Matt precisa lidar com as duas filhas, inclusive com uma adolescente, que revela para ele que sua esposa estava tendo um caso. Seu mundo desmorona. Ao mesmo tempo, Matt tem que lidar com a situação da venda das terras herdadas de seus ancestrais, envolvendo todos os seus primos. Matt descobre quem é o amante da esposa e parte em busca dele, e de respostas, já que não as pode obter da mulher, à beira da morte.

    O forte do filme, sem dúvida alguma, são os diálogos, que retratam toda a dor e o sofrimento do personagem e, ao mesmo tempo, seu desejo de seguir em frente com a vida e se aproximar das filhas. O Havaí não é explorado apenas como um belo lugar. As ondas e o surf são deixados de lado (o que eu gostei), apesar de praias lindíssimas serem mostradas.

    O elenco está inspiradíssimo. George Clooney atua de forma impecável, mas quem chamou mesmo minha atenção foi Shailene Woodley, no papel de Alexandra, que consegue aliar a rebeldia da adolescência com uma lealdade ao pai realmente comovente. 

    Um filme para refletir sobre as mudanças trágicas da vida, sobre a dor e o sofrimento, sobre a capacidade de superação do ser humano, sobre o perdão... Muito bom!!!

    sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

    Desafio Literário 2012 - fevereiro - livro 3

    Christine
    Autor: Stephen King
    Editora: Planeta deAgostini
    Ano: 2004
    Páginas: 321
    ISBN: 8574796565
    Tradução: Luísa Ibañez


    Continuando com os nomes próprios para o tema do mês, dessa vez temos Christine. Só que Christine não é uma pessoa. Christine é um carro. Um carro amaldiçoado que se apaixona pelo seu dono, um adolescente fracassado, e mata todos os que tentam interferir de alguma forma na relação dos dois. Achou a história um tanto tosca? Pois é, eu também.

    Estou definitivamente chegando à conclusão de que o estilo de Stephen King não é o meu. Já li algumas obras do autor e gostei apenas de O iluminado. As outras, além de serem sobrenaturais demais para o meu gosto, demoram a pegar ritmo, são leituras que não me prendem, não me dão aquela sensação de querer virar logo as páginas para saber o que vai acontecer em seguida. A leitura de Christine, por exemplo, se arrastou e, em vários momentos, pensei em deixá-la de lado, só não o fiz por causa do Desafio Literário.

    O único ponto positivo que destaco no livro é que ele foca várias partes no lado psicológico de Arnie, o protagonista. Mas, mesmo assim, não gostei muito porque esse foco está sempre direcionado ao maldito carro. Se o autor focasse apenas nas mudanças e conflitos do personagem seria melhor, mas ele sempre relaciona tais mudanças e conflitos ao tal carro. Em outras palavras, gostei que ele tentou tirar um pouco a trama do terror, mas não gostei da forma como ele fez.

    A verdade é que eu achei toda esse negócio de carro assassino uma baboseira. Não gostei da ideia central do livro, aí, vamos combinar, fica difícil gostar da leitura...

    Nota: 2

    Livros - Cidade de vidro

    Cidade de vidro (Os instrumentos mortais, vol. 3)
    Autora: Cassandra Clare
    Editora: Galera Record
    Ano: 2011
    Páginas: 476
    ISBN: 9788501087164
    Tradução: Rita Sussekind



    "As pessoas não nascem boas ou ruins. Talvez nasçam com tendências a um caminho ou outro, mas é a maneira como se vive que importa. E as pessoas que conhecemos." (pág. 266)

    "Infelizmente, você nunca realmente odeia ninguém tanto quanto a alguém com quem já se importou um dia." (pág. 287)

    "Não se pode sufocar a verdade para sempre, uma hora ela vem à tona." (pág. 331)

    De cara, á vou logo dizendo: o melhor livro da série!! Sem dúvida. Só que, para mim, ele teve cara de final, as histórias foram bem amarradas, tudo terminou certinho, do jeito que deveria terminar. Fico me perguntando o que ainda irá acontecer pois, pelo que eu li na net, ainda tem mais três livros... só se uma nova história tiver início, porque, para mim, essa terminou. E muito bem, diga-se de passagem.

    Toda a trama desse terceiro volume se desenrola em Idris, terra dos Caçadores de sombras. Clary tem que ir para lá para tentar salvar sua mãe e Jace e os outros caçadores tem que ir por causa da Clave. Só que Jace não quer, de forma alguma, que Clary vá. Tem medo do que a Clave pode fazer se descobrir o quão fortes são os poderes dela... É claro que a heroína ignora os conselhos do irmão, e entra no país de forma clandestina, acompanhada de Luke.

    A partir daí, os eventos vão ocorrendo e se encaixando de uma forma perfeita, culminando com a revelação do grande plano de Valentin e, é claro, uma grande batalha final. A autora não deixou nenhuma ponta solta, o final foi muito bem escrito e muito bem amarrado, dando ao terceiro volume da série um ritmo mais eletrizante. Depois que a história engata de verdade, é impossível parar de ler.

    Achei que a autora mudou, ou melhor, evoluiu um pouco em sua narrativa, em seu estilo de escrever, o que fez com que esse livro ficasse bastante superior aos anteriores. A história é cheia de reviravoltas e eu fiquei muito satisfeita com o final dado a cada personagem. Apesar de ter acontecido exatamente o que eu queria, a autora ainda conseguiu me surpreender, não tanto pelos fatos em si, mas pela forma como ela chegou ao desfecho de cada personagem.

    A minha única preocupação é que a autora se perca ao iniciar uma nova trama, tendo em vista que essa terminou tão bem. Realmente espero que isso não aconteça, como é comum vermos. De qualquer forma, aguardo a continuação, um tanto curiosa, devo admitir...

    quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

    Projeto 52 x 5 momentos para compartilhar - semana 7


    Semana 7: Eu sempre...

    1. Consigo guardar um dinheirinho no final do mês;
    2. Acabo me envolvendo com o tipo de homem errado;
    3. Compro coisas que nunca uso;
    4. Quero me divertir/viajar/aproveitar a vida;
    5. Trabalho mais que os outros ao meu redor.

    terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

    Projeto 52 semanas de bibliofilia - semana 7

    Blog praticamente abandonado, leituras totalmente atrasadas... alguns eventos das últimas semanas me dispersaram um pouco desse meu mundinho que eu tanto amo. Mas o que importa é que estou de volta, tentando correr atrás do prejuízo e colocar as coisas em dia por aqui... 

    A foto dessa semana traz as minhas últimas aquisições literárias. Três delas para o Desafio Literário e as outras para deleite pessoal mesmo. O flash da câmera atrapalhou um pouco, mas sem ele ficou pior... O que vale é a intenção.


    P.S. Quando eu decidi aderir a esse projeto, achei que seria fácil. Mas não está sendo. Vou começar a quebrar mais a cabeça para fazer umas fotos melhores, pra não ficar mostrando só minhas estantes e os livros que compro. Prometo novidades em breve...

    segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

    Desafio Literário 2012 - fevereiro - livro 2

    Coraline
    Autor: Neil Gaiman
    Editora: Rocco
    Ano: 2003
    Páginas: 160
    ISBN: 9788532516268
    Tradução: Regina de Barros Carvalho




    "- Gatos não têm nomes - disse
    - Não? - Perguntou Coraline.
    - Não - respondeu o gato. Agora, vocês pessoas têm nomes. Isso é porque vocês não sabem quem vocês são. Nós sabemos quem somos, portanto não precisamos de nomes." (pág. 35)

    "- Você realmente não entende, não é? - disse. - Eu não quero tudo o que eu quiser. Ninguém quer. Não realmente.  Que graça teria ter tudo o que se deseja? Em um piscar de olhos e sem o menor sentido. E daí?" (pág. 116)

    Coraline é a primeira obre de Neil Gaiman que leio. E confesso que se não fosse pelo Desafio Literário, eu teria adiado a leitura por mais algum tempo. Mas é um livro curtinho, gostoso de se ler e muito bom. Escrito para o público infanto juvenil, conta a história de uma garota que descobre um mundo novo por detrás de uma porta supostamente sem utilidade. Ela decide explorar esse mundo novo onde as coisas, apesar de lembrarem as do mundo real, são bastante diferentes...

    A história é contada em meio a um cenário de mistério e suspense. A narrativa do autor é simples e objetiva, mas consegue nos transpor de forma bem clara ao mundo por ele criado, principalmente ao apartamento do "mundo paralelo", digamos assim.

    O ponto forte do livro é, sem dúvida alguma, a personagem título. Uma garota encantadora que, apesar de ser um tanto quanto abandonada pelos pais, consegue ser muito meiga, educada, simpática, inteligente e astuta. Coraline é uma personagem carismática e encantadora.

    Uma livro fininho, que pode ser lido de uma única vez, considerando o quão envolvente é a história. E, mesmo que você já seja grandinho, vale a pena se deleitar com suas páginas...

    Nota: 4

    Projeto 52 semanas de bibliofilia - semana 6


    Eis um pedacinho da minha estante número 2. Como essa fica na sala, divido os livros com alguns objetos de decoração e outras coisitas mais que também tem a minha cara e dizem bastante sobre quem eu sou. Como o projeto tem 52 semanas, vou mostrando minhas estantes aos poucos, mas prometo que antes do final faço uma foto completa das duas, ok? 

    Boa semana para todos!!

    Projeto 52 x 5 momentos para compartilhar - semana 6


    Semana 6 - Os super poderes que eu gostaria de ter se fosse um super herói seriam:

    1. Materializar de um lugar para outro;
    2. Parar o tempo;
    3. Ficar invisível;
    4. Controlar os sentimentos e emoções das outras pessoas;
    5. Voar.

    Quem dera... hehehe 

    domingo, 5 de fevereiro de 2012

    Eu quero estar


    Eu quero estar em seu dia
    Ser sua pedida no café, almoço e jantar
    Eu quero ser sua companhia
    Quando não tiver com quem conversar

    Eu quero estar em sua tarde
    No por do sol que não quer desbotar
    Eu quero de você ser uma parte
    Para sem pudor em seu peito morar

    Eu quero estar em sua madrugada
    Ser o seu desejo, seu sonho, seu luar
    Eu quero dizer que estou apaixonada
    Para o seu coração poder conquistar

    sábado, 4 de fevereiro de 2012

    Desafio Literário 2012 - fevereiro - livro 1

    Marina
    Autor: Carlos Ruiz Zafón
    Editora: Suma de Letras
    Ano: 2011
    Páginas: 192
    ISBN: 9788581050164
    Tradução: Eliana Aguiar





    "Na época, não sabia que, mais cedo ou mais tarde, o oceano do tempo nos devolve as lembranças que enterramos nele. Quinze anos depois, a memória daquele dia voltou para mim. Vi aquele menino vagando entre as brumas da estação de Francia e o nome de Marina se acendeu de novo em uma ferida aberta.
    Todos temos um segredo trancado a sete chaves no sótão da alma. Esse é o meu." (pág. 8)

    Quando eu fui fazer minha lista para o DF, fiquei muito em dúvida se escolhia Marina ou Julieta para a minha leitura do mês. Acabei optando pelo segundo apesar de, no fundo, saber que eu iria ler pelo menos os dois. Então, o que aconteceu com Julieta? Deveria sim ter sido a minha primeira leitura do mês, mas isso não foi possível, graças a www.saraiva.com.br, que me entregou uma caixa cheia de livros... errados!! Mas, já fiquem sabendo que ainda pretendo lê-lo esse mês, pois cancelei a compra e vou adquiri-lo em uma livraria física mesmo. A minha meta de leitura para o mês de fevereiro são 6 livros: Marina, Coraline (leitura em andamento), Christine, Julieta, Grace e Pollyanna (que é provável que eu tenha lido em algum momento da infância, mas como eu realmente não lembro nada da história, vou ler novamente. Eu sei que o DL não aceita releituras, mas eu de fato não lembro se li ou não, lembro apenas que minha irmã tinha em casa, por isso vou contar como leitura inédita). Será que eu consigo? Bem, mas vamos parar de enrolação e falar logo do livro...

    Assim como a maioria das pessoas, eu conheci Carlos Ruiz Zafón através do livro A sombra do vento, uma leitura muito empolgante e um livro que entrou para a minha lista dos favoritos. Vi muitos comentários bons sobre Marina, daí a vontade de ler, especialmente já tendo gostado muito de uma obra do mesmo autor. Mais uma vez, a história se passa em Barcelona, mas não uma Barcelona qualquer... A Barcelona de Zafón é cinzenta e enigmática, o que dá um toque a mais às suas histórias.

    Óscar é um garoto que vive em um internato. Ele gosta de perambular pelas ruas da cidade e, um dia, acaba descobrindo um casarão que chama a sua atenção. Lá ele conhece Marina e seu pai, Germán, e eles logo se tornam amigos inseparáveis. Coisas estranhas começam a acontecer ao redor deles e os amigos logo se veem diante de um grande mistério e de uma aventura.

    A narrativa do autor continua muito boa e muito intensa. Os cenários são bem descritos, os personagens cativantes, mas mesmo assim eu ainda preferi A sombra do vento. Achei o enredo mais plausível.Mas, uma coisa que eu gostei bastante nessa obra foi a relação entre Marina e seu pai.

    "Muitas vezes, quando eles não reparavam em mim, ficava observando Germán e Marina brincando, lendo ou confrontando-se em silêncio diante do tabuleiro de xadrez. O laço invisível que unia aqueles dois, o mundo à parte que tinham construído, distante de tudo e de todos, tinha uma força de atração maravilhosa. Uma miragem que eu às vezes tinha medo de destruir com minha presença. Havia dias em que, caminhando de volta para o internato, eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo só por poder compartilhar aquele mundo com eles." (pág. 50)

    O livro tem duas histórias distintas, uma de amor e uma de mistério, suspense, aventura. No início, as duas caminham separadamente, para depois se unir. A história de amor é linda e emocionante. Já a de mistério é muito envolvente, no início. Tinha momentos em que eu ficava me perguntando "o que acontecerá em seguida?" e ficava naquela ânsia por virar as páginas, por saber o desfecho da trama. E foi exatamente nesse desfecho que o livro perdeu um pouco do seu encanto, para mim. Sei lá, apenas esperava algo diferente...

    Mas mesmo assim é uma leitura muito boa. Nota 4.

    sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

    Cinema - Os homens que não amavam as mulheres

    Os homens que não amavam as mulheres (The girl with the dragon tattoo)
    Ano: 2012
    Gênero: Suspense
    Direção: David Fincher
    Roteiro: Steven Zaillian, baseado no livro de Stirg Larsson
    Elenco: Daniel Craig, Rooney Mara, Stellan Skarsgard, Robin Wright, Christopher Plummer, goran Visnjic, Julian Sands, Embeth Davidtz, Joely Richardson, Joel Kinnaman, Yorick van Wageningen, Matthew Wolf, Moa Garpendal.


    Em 2010 eu li a obra de Stieg Larsson que deu origem ao filme. Simplesmente fantástica! Pouco tempo depois, vi a versão sueca para o cinema. Muito boa!!! E agora, me rendi ao charme de Daniel Craig e assisti a "versão hollywoodiana". Sem querer desmerecer a versão sueca, mas essa é muito, mas MUITO melhor!!!

    E essa superioridade para mim tem um nome: David Fincher. Tudo o que o diretor toca vira ouro, é impressionante. Fica difícil escrever um comentário sobre o filme sem comparar as duas obras, porque apesar de contarem a mesma história, a diferença entre as duas é bastante evidente. A obra atual é muito mais densa, muito mais forte do que a anterior. O filme prende mais a atenção, cria mais expectativa em torno do que acontecer na cena seguinte. E os aspectos técnicos também são bem superiores.

    A atmosfera de suspense criada em torno da ilha onde os eventos se passam, os cenários, a fotografia, o som, a escolha do elenco e as atuações, tudo é excelente na obra. Quando terminei de assistir fiquei em verdadeiro êxtase. Não vou ficar me derretendo em elogios, apenas vou encerrar dizendo que o filme é uma obra prima e que aguardo ansiosa pela continuação.

    Livros - Crescendo

    Crescendo (Hush, hush - volume 2)
    Autora: Becca Fitzpatrick
    Editora: Intrínseca
    Ano: 2011
    Páginas: 286
    ISBN: 9788576793922
    Tradução: Lívia de Almeida





    "Por um momento fugaz, achei que tinha a resposta - desistiria dos meus sonhos. Era simples assim.  Fechei meus olhos e abandonei meus sonhos como se fossem balões amarrados em finos e longos fios. Eu não precisava daqueles sonhos.  Não poderiam sequer ter certeza de que se realizariam. E, se fossem realizados, eu não iria querer passar o restante da minha vida sozinha e torturada por saber que tudo o que fizera não significava nada sem Patch." (pág. 44)

    Já fazia algum tempo que eu havia lido Sussurro. Tanto é que optei por reler o primeiro volume antes de iniciar a leitura desse. Com a releitura, continuei gostando bastante da obra, o que me deixou empolgada em finalmente ler o segundo, já que já tinha visto diversos comentários dizendo que Crescendo é muito melhor do que Sussurro. 

    Eu não achei, já começo dizendo. Terminei o livro há alguns dias já e ainda não tinha tido coragem de parar para escrever este post. Isso porque eu não sabia direito o que dizer - como, aliás, continuo sem saber. A verdade é que o livro é bastante confuso, o enredo é fraco, muita coisa acontece ao mesmo tempo e Nora... bem Nora caiu bastante no meu conceito, digamos assim. A personagem central continua destemida, é verdade, mas esse foi uma das coisas que me incomodou. Ela é destemida até demais. Muita coisa estranha acontece ao seu redor: vozes misteriosas, fantasmas do pai, venenos, coisas que só ela vê e ela não parece se assustar nem um pouco. Pelo contrário, resolve investigar, invadir casas, fica sozinha na casa longe da civilização numa boa... fico me perguntando se é possível uma jovem ser tão corajosa assim!

    "Deixar o fantasma do meu pai descansar em paz? E eu? Como eu poderia descansar até saber a verdade? Vee não compreendia. Seu pai não havia sido arrancado dela de forma tão inexplicável e violenta. Sua família não fora destroçada. Ela ainda tinha tudo.
    A única coisa que me restava era a esperança." (pág. 104)

    A revelação da verdade por trás da morte do pai de Nora foi uma das coisas que eu mais gostei, pois sempre achei que o personagem teria uma importância maior na trama do que o primeiro livro deu a entender. Foi bom ver alguma coisa ser (bem) explicada na obra. E, como era de se esperar, essa revelação veio acompanhada de uma série de outras descobertas e novos mistérios...

    "Para onde eu deveria ir agora? Para casa? A fazenda não parecia mais um lar. Não parecia um refúgio seguro. Parecia uma caixa de mentiras. Meus pais haviam me vendido uma história sobre amor, união e família. Mas, se Marcie estivesse dizendo a verdade - e meu maior medo era esse -, minha família era uma fraude. Uma grande mentira da qual eu nunca suspeitara. Será que não houvera sinais? Eu não deveria ter percebido que suspeitava de tudo secretamente, mas que havia escolhido a negação em vez da dolorosa verdade? Esse era meu castigo por confiar nos outros. Era o meu castigo por procurar o lado bom das pessoas. Por mais que eu odiasse Patch naquele momento, eu invejava o distanciamento frio que o separava de todos. Ele esperava o pior das pessoas. Por mais que elas se rebaixassem, ele sempre esperava por isso. Era endurecido e vivido, mas as pessoas o respeitavam." (pág, 216)

    Coitadinha de Nora... Quanto sofrimento! A leitura, para mim, foi apenas boa. Não fiquei mais tão empolgada com a série. Definitivamente não é a minha favorita no estilo YA (perde feio para Os instrumentos mortais). Mas, como eu não gosto de deixar as coisa pela metade, é bem provável que em algum momento eu leia os dois últimos volumes, mas não são leituras prioritárias.