terça-feira, 31 de agosto de 2010

Item concluído, item riscado

E mais um item da minha lista de 101 coisas para fazer em 1001 dias foi concluído.

056. Postar um comentário por dia no blog por um mês

Missão devidamente cumprida. Ao longo de todo o mês de agosto, todos os dias foi postado algo aqui no blog, seja resenha de livros, de filmes ou outros assuntos...

Yes!!!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Livros - O homem duplicado


Saramago é um mestre das palavras. Já li outros livros do autor, mas esse foi um dos que mais gostei (se não O que mais gostei). É verdade que em alguns momentos a narrativa fica um pouco cansativa, a história fica um pouco "arrastada", mas isso não tira a magnitude e a genialidade da obra. Em O homem duplicado o autor abusa de suas frases longas e de seus parágrafos intermináveis, que mais parecem capítulos. Mas, repito, apesar de cansar um pouco, não prejudica de forma alguma a leitura.

O personagem principal, Tertuliano Máximo Afonso, é um professor de história, que vive problemas em sua vida, tanto no lado profissional como no pessoal. Ele sofre de depressão, passou por um divórcio, vive solitário, apesar de ter um relacionamento. Um dia, ao assistir a um filme indicado por um colega de trabalho, ele vê um homem idêntico a ele mesmo. A partir daí, ele inicia uma verdadeira busca pelo seu "duplicado", pelo homem que tanto se assemelha a ele. Ele descobre o nome do ator e onde ele mora, e decide conhecê-lo.

(Spoiler) Foi no momento em que os dois homens se conheceram que o livro me surpreendeu pela primeira vez. Eu imaginei que seria apenas um caso de irmãos gêmeos, que foram separados ainda crianças e nunca chegaram a se conhecer. Mas não foi isso que foi revelado. Aliás, a explicação para o fato de ambos os homens serem idênticos não ocorreu em momento algum do livro, cabendo ao leitor tirar as suas próprias conclusões.

(Spoiler) A outra grande surpresa do livro veio com o seu desfecho. A troca de identidades entre os homens em momento algum havia passado pela minha cabeça. Achei que Tertuliano Máximo Afonso tinha aceitado de forma muito passiva a decisão do ator de sair com a noiva dele. Quando, na verdade, o que Tertuliano queria a oportunidade de fazer o mesmo com a mulher dele. E o desfecho final, com a morte de Maria da Paz e do ator, foi fantástico. Máximo Afonso ganhou, mas não levou.

Ele ganhou a vida, o direito de voltar a ser único no mundo, mas perdeu, em compensação, a sua identidade. Foi o primeiro livro de Saramago que li que o final realmente me surpreendeu.


domingo, 29 de agosto de 2010

Problemas de exibição

Acabei de passar por uma tentativa frustrada de assistir ao filme Par perfeito no cinema hoje, em virtude do total descaso do Cinemark. A sessão estava prevista para começar às 19h50min. E começou tudo certinho, dentro do horário, com a exibição das propagandas e depois dos trailers.

Quando o filme começou, aí virou bagunça... a imagem estava totalmente distorcida na tela e o filme sem legenda. Na mesma hora começaram as reclamações. As pessoas vaiavam, gritavam, pediam legenda dentro da sala, e o ambiente começou a ficar insuportável. Depois de 10 minutos de filme, as legendas apareceram. Mas aí o pessoal do Cinemark resolveu parar o filme e começar novamente. Nessa brincadeirinha passaram-se uns 20 minutos, e nada do filme recomeçar.

Finalmente as luzes se apagaram e o filme recomeçou... Eba!!!! Que nada... A alegria durou apenas cinco minutos e a tela ficou novamente vazia. Foi quando eu e minha amiga nos irritamos e saímos da sessão, exigindo nosso dinheiro de volta... Mas filme que é bom, nada. Vou tentar assistir durante a semana.

Pelo menos deu tempo de ver Ashton Kutcher se exibindo sem camisa... hehehe

Seriados - Lost


Depois de o mundo inteiro já ter assistido e já ter comentado o final de lost à exaustão, eu finalmente vi o desfecho de uma das melhores séries que já vi na vida. Acompanhei a série desde o início. Assim como vários fãs, participei de grupos de discussões, criei teorias mirabolantes para o que seria a ilha, a fumaça preta, a iniciativa Dharma, etc. Achei a segunda e a quarta temporadas muito fracas. Quando a quinta temporada teve início, eu decidi deixar de fazer perguntas e simplesmente assistir e me divertir. Mas na verdade só tinha assistido aos cinco ou seis episódios iniciais, quando tomei outra decisão: simplesmente deixar de assistir a série.

Não que eu não gostasse mais da série, não que eu não fosse mais fã. É que as coisas estavam tomando um rumo tão "louco", que eu decidi simplesmente me desligar de Lost e esperar que tudo terminasse. Aí assim, assisti do primeiro ao último episódios em sequência. E foi justamente o que eu fiz... E não me arrependo.

Tenho que admitir que achei o final bastante bem bolado. Com tantas teorias que apareceram ao longo dos anos, era impossível que alguém não tivesse acertado antes. Mas o que eu realmente gostei foi o fato de que, mesmo explicando muita coisa e fazendo sentido, o final da série ainda deixou muita coisa em aberto, para que o espectador tire as suas próprias conclusões.

Durante o tempo em que o episódio foi ao ar e hoje, quando eu o assisti, evitei ler qualquer coisa sobre a série, seja em revistas ou na net. É óbvio que eu não queria saber o que iria acontecer antes de ver. E agora, mesmo depois de já ter visto, também não quis ler nada antes de escrever as minhas próprias conclusões e opiniões, para não me deixar influenciar. Por isso não sei dizer se o episódio final da série foi bem aceito ou não pelos fãs.

Mas posso falar por mim. Eu simplesmente adorei o final!!! Fiquei bastante emocionada, em várias passagens. E eu sempre imaginei que Jack morreria no final. (Ah, agora é fácil falar, depois que já viu - hehehe). Não é isso, é que como a primeira cena do seriado foi Jack abrindo o olho, eu sempre tive uma coisa dentro de mim que dizia que a série terminaria com ele fechando o olho, o que infelizmente, representaria a sua morte. Só que da forma como o final aconteceu, a morte dele esteve longe de ser uma coisa triste...

Para mim, Lost sempre foi sobre Jack. Eu não tiro o mérito e a importância de cada outro personagem. Mas, eu sempre defendi que Lost era o grande teste de Jack. Alguns afirmavam ser Locke o personagem central, outros diziam até que era Hurley mas, para mim, sempre foi Jack. Foi com ele que tudo começou e terminou.

Como todo seriado, teve momentos fracos, episódios inesquecíveis, outros do qual eu mal lembro. Personagens dos quais gostava bastante, e outros de quem não gostava (leia-se: Michael e Ben). Mas, fazendo um apanhado geral, foi uma bela série, que misturou viagens no tempo, eletromagnetismo, variáveis e constantes com fé, amor, redenção. Que colocou a fé contra a ciência, que tratou de forma única da eterna batalha entre o bem e o mal. Eu vou sentir falta da série, mas tenho que dizer que o episódio final fechou com chave de ouro o enredo, que a série acabou na hora e da forma certa.

Se, por ventura, ainda existir alguém que não tenha assistido ao seriado e que queira ver, aí vai o meu conselho: ao longo das temporadas, vários questionamentos vão surgir. Alguns serão respondidos, outros não. Mas assista a série sem se preocupar tanto em obter as respostas para esses questionamentos, foque mais nos personagens. Porque foi justamente quando eu parei de tentar buscar respostas para qualquer coisinha fora dos padrões que ocorria, quando eu deixei a parte técnica de lado, quando eu parei de procurar erros e passei a valorizar sentimentos, que eu realmente aproveitei a experiência incrível que é assistir a Lost, que eu entendi cada um daqueles personagens... e foi quando Lost se tornou inesquecível para mim...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Livros - O código dos justos


O Código dos justos é o primeiro livro do autor Sam Bourne (pseudônimo do jornalista inglês Jonathan Freedland) e foi o segundo que eu li. De cara, já tenho que dizer que gostei muito mais desse livro do que do outro que li, O acerto final.

Will Monroe é um jornalista que, sem querer, esbarra com uma grande reportagem, que recebe a primeira página. Logo em seguida, outra reportagem, bastante parecida com a primeira, chama a sua atenção para a coincidência. Dois homens comuns, pecadores que, durante a sua vida, foram capazes de um grande gesto, algo que mudou verdadeiramente a vida de outra pessoa. E a única exigência que fizeram pelos seus gestos foi permanecerem anônimos.

Will descobre que sua mulher foi sequestrada, e que está sendo mantida refém em um bairro judeu. Com a ajuda de um amigo e da ex-namorada, ele começa uma investigação particular para saber quem sequestrou sua mulher. É quando se depara com uma antiga lenda judaica, que prevê o fim do mundo.

É uma leitura envolvente, empolgante, que prende do início ao fim. É o estilo de livro que eu gosto, com reviravoltas, revelações bombásticas, conspirações. O autor segue a mesma linha que tornou Dan Brown um homem mundialmente famoso. Porém acho que O código dos justos é ainda melhor que alguns livros de Brown, que tem um final mais revelador, mais crível.

A narrativa é intensa. Porém (há sempre um porém), tenho duas pequenas observações a fazer: a primeira é que achei alguns personagens bastante superficiais; e a segunda é que o livro se torna previsível em alguns momentos, dá para saber exatamente o que virá a seguir. Mas, mesmo com essas observações, o livro entrou para a minha lista de favoritos.

Já virei fã desse autor e, em breve, pretendo ler O último testamento, o outro livro que falta (que já comprei, inclusive)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Filmes

A verdade nua e crua (The ugly truth - 2009)
Katherine Heigl (que ficou conhecida pelo seriado Grey's Anatomy) e Gerard Butler (o queridinho das mulheres no mundo inteiro) estrelam essa comédia romântica, lançada ano passado, e que foi um grande sucesso. Mike Chadway é um apresentador de TV mulherengo e extremamente sexy. Em seu programa, que dá nome ao filme, ele fala sem rodeios sobre homens e relacionamentos. Quando ele muda de emissora, deixa a sua nova produtora maluca. Ele propõe a ela um desafio: se ela fizer exatamente tudo o que ele disser, conseguirá conquistar seu vizinho bonitão e parará de implicar com ele. Se o rapaz não cair de amores por ela, ele se demite.
O filme mantém a fórmula das comédias românticas, mas com um toque a mais. É exatamente nesse ponto que as mulheres (e por que não os homens também?) vão adorar a película, enquanto os críticos vão dizer que é apenas mais uma comédia romântica, totalmente previsível.
A verdade é que eu adoro o gênero, e o fato de essa ser estrelada por Gerard Butler contou vários pontos a seu favor. Isso porque o ator está totalmente à vontade no papel do conquistador galinha e aparentemente sem coração...


Entre irmãos (Brothers - 2009)
Tive muita vontade de ver esse filme quando estava passando o trailer, mas foi na época da minha cirurgia, por isso acabei tendo que adiar. Baseada exclusivamente no trailer, tenho que dizer que o filme foi totalmente diferente do que eu esperava.
Achei o roteiro bom, bem elaborado, o elenco consistente, mas alguma coisa no filme não conseguiu prender minha atenção, não conseguiu fazer com que eu ficasse com os olhos grudados na TV. O único momento em que o filme conseguiu prender a minha atenção, foi quando os três protagonistas estavam em cena, juntos. No mais, sei lá, achei tudo muito superficial... Apenas um filme mediano.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Livros - Os elefantes não esquecem


"Os corpos de Lady Ravenscroft e de seu marido, o general Ravenscroft, foram encontrados no meio de um penhasco onde anosantes uma outra mulher tivera também um trágico acidente. O casal tinha sido morto a tiro e junto deles encontrava-se a arma do crime. Apesar de não se ter descoberto o motivo, a polícia concluiu tratar-se de um duplo suicídio e o caso foi dado por encerrado. No entanto, doze anos mais tarde, um amigo do casal, não convencido com a explicação encontrada pela polícia, decide desenterrar a história e pede ajuda a Hercule Poirot para desvendar este misterioso caso. Para poder levar a cabo a sua investigação Poirot vai ter de contar com a memória de três testemunhas: uma velha senhora, um médico e um professor. É a partir dessas memórias que Poirot se embrenha no passado e descobre que antigos pecados deixam marcas profundas." (sinopse retirada do Skoob)

Em primeiro lugar, devo dizer que após ter reiniciado a leitura das obras de Agatha Christie, esse é o melhor dos que li até o momento (se bem que foram apenas três). Mas, mesmo assim, ainda faltou algo à história...


Esse livro não deveria ser considerado um caso de Hercule Poirot, mas sim um caso de Ariadne Oliver, haja vista que é a personagem, escritora de romances policiais, que praticamente conduz toda a investigação. A participação de Poirot é relevante apenas no final.


(Spoiler) É uma típica história de Agatha Christie, só que, dessa vez, achei mais fácil desvendar o final do livro. A insistência de Poirot com a história das perucas foi o que tornou fácil deduzir o final, assim como a presença das irmãs gêmeas.


Achei interessante a referência à memória dos elefantes, e a comparação com os animais. Uma pequena coisa, que acrescentou bastante ao enredo.


De uma forma geral, foi uma boa leitura.

Livros - A mulher do viajante no tempo

"Henry sofre de um distúrbio genético raro. De tempos em tempos, seu relógio biológico dá uma guinada para frente ou para trás, e ele se vê viajando no tempo, levado a momentos emocionalmente importantes de sua vida tanto no passado quanto no futuro. Causados por acontecimentos estressantes, os deslocamentos são imprevisíveis e Henry é incapaz de controlá-los. A cada viagem, ele tem uma idade diferente e precisa se readaptar mais uma vez à própria vida. E Clare, para quem o tempo passa normalmente, tem de aprender a conviver com a ausência de Henry e com o caráter inusitado de sua relação." (sinopse retirada do Skoob)

Eu sempre tive vontade de ler esse livro. Não vi o filme, e nem sei se quero ver, pelas críticas que li, que dizem ser bastante inferior à obra literária. Isso porque não quero que nada atrapalhe as lembranças que tenho da inusitada, e ao mesmo tempo linda, história de amor entre Clare e Henry.

Apesar de Henry ser o personagem mais forte do romance, acho que o livro é sobre a vida de Clare (e, considerando o título da obra, creio que a autora compartilha do meu pensamento). Só que a beleza do livro é justamente o fato de que Henry é a vida de Clare. Uma vida que ela passou esperando por ele, seja quando criança, esperando por aquele homem a princípio estranho, que vinha do futuro, e que logo foi conquistando sua confiança e seu amor; seja quando passou a conviver com o Henry do presente, esperando por cada desaparecimento dele mas, principalmente, por cada retorno.

O livro dá uma nova dimensão à idéia do verdadeiro amor, que sobrevive ao tempo e à distância. É claro que não é uma história feita apenas de momentos felizes, mas feitas de momentos marcantes.

O início do livro pode parecer um tanto conturbado, difícil de pegar, de entender. Mas que isso não sirva para desanimar os leitores, porque idas e vindas no tempo são constantes e inevitáveis em toda a história. Mas, a medida que as páginas vão passando, vamos percebendo que tudo faz todo o sentido, e que a ordem cronológica dos fatos é um mero detalhe na vida do casal protagonista.

Não costumo transcrever passagens das obras nos meus comentários, mas essa me chamou a atenção, pois capta a essência da obra:

"Há muito tempo, os homens iam para o mar e as mulheres ficavam na praia a esperá-los, procurando o barquinho no horizonte. Agora espero Henry. Ele some sem querer, sem avisar. Espero-o. Tenho a sensação de que cada minuto de espera é um ano, uma eternidade. Cada minuto é lento e transparente como vidro. Através de cada minuto, vejo uma fila de infinitos minutos, à espera. Por que ele foi aonde não posso ir atrás?"

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Livros - O acerto final

Sam Bourne não é um autor muito conhecido, mas seu trabalho é muito bom. Na verdade, trata-se do pseudônimo do jornalista inglês Jonathan Freedland (como eu já disse antes, em outro post). Esse é o último lançamento dele, e o primeiro que li. Atualmente, estou lendo O código dos justos, que está se revelando melhor ainda do que O acerto final. Seus livros, pelo que pude perceber (existe ainda um terceiro, O último testamento, que já comprei, mas ainda não li) giram sempre em torno da temática dos judeus, um tema, aliás, que acho fascinante.

O acerto final começa com o assassinato, por um segurança da ONU, de um idoso na porta da Organização, que foi confundido com um homem-bomba. Com o intuito de abafar o caso, Tom Byrne, um advogado que costumava trabalhar para a ONU é contratado, para ir a Londres oferecer um acordo à filha da vítima, Rebecca. Em lá chegando, ele descobre que a vítima, na verdade, era um sobrevivente do Holocausto. Mas descobre, também, que ele pode não ser tão inocente como aparentava inicialmente ser.

Tm e Rebecca de repente de vêem diante de um jogo de interesses, política e poder, com o intuito exclusivo de mascarar quem de fato a vítima, Gerald Merton, era e o grupo do qual ele fazia parte. Um grupo que, ao longo dos anos, foi responsável pela morte de diversos nazistas.

A trama, como em todo bom suspense, tem diversas reviravoltas, e um desfecho de tirar o fôlego. Tenho apenas uma pequena ressalva com relação à dupla de protagonistas. Achei que algumas situações ficaram um tanto forçadas, e revelaram uma ingenuidade não condizente com o perfil dos personagens, principalmente de um advogado experiente como Byrne, acostumado a jogos políticos e a trabalhar, inclusive, para mafiosos.

Mas, de uma forma geral, o livro é muito bom, prende bastante e vale a pena ser lido.

domingo, 22 de agosto de 2010

Hobbies - Playstation


Fazia muito tempo que meu playstation estava entregue às moscas. Nunca fui totalmente viciada, mas tem alguns jogos que eu gosto bastante de jogar. E nem faço questão de comprar um 3, pelo menos por enquanto, já que ando negligenciando bastante ele.

Mas, depois de muito tempo, hoje me diverti bastante jogando. Foi um dia chuvoso, em que fiquei com preguiça de sair de casa, e passei boas horas jogando Guitar Hero (várias versões) e God of War II (estou quase no final do jogo). Foram boas horas de diversão!!!

sábado, 21 de agosto de 2010

Foto da semana



Essa ponte é um cartão postal aqui de Natal. Eu gosto bastante dessa foto, porque tirei de um ângulo diferente do que a ponte geralmente é fotografada. De baixo para cima.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Cinema - A origem

A origem (Inception)
Ano: 2010
Gênero: Ficção científica
Direção: Christopher Nolan
Roteiro:Christopher Nolan
Elenco: Leonardo DiCaprio, Marion Cotillard, Joseph Gordon-Levitt, Ellen Page, Ken Watanabe, Cilian Murphy, Tom Berenger, Michael Caine.



Fazia muito tempo que eu não saia de uma sala de cinema em êxtase. E tenho que dizer que saí assim de A origem, disparado o melhor filme do ano, para mim, e um dos melhores que já vi na vida. Nunca imaginei que a mente humana poderia bolar um roteiro tão denso e criativo como o desse longa. É claro que não se pode deixar de lado que essa mente é a de Christopher Nolan, que vem nos brindando, nos últimos tempos, com excelentes filmes, como Amnésia, Insônia e O grande truque. Mas nenhum desses se compara a A origem.

Há pouco tempo eu chamei a atenção, em um post, para Leonardo DiCaprio, que deixou de ser apenas aquele rostinho bonito de Titanic para se transformar em um dos melhores atores da atualidade, adquirindo o respeito dos críticos mais ferrenhos, da mídia e, o mais importante, de fãs do cinema ao redor do mundo. E nesse filme ele comprova a sua qualidade como ator. Se alguém ainda duvida da capacidade de atuação do rapaz, assista Ilha do medo e em seguida A origem. Todas as suas dúvidas serão dirimidas.

Mas não é só ele no elenco que se destaca. Aliás, todo o elenco é bastante consistente e ajuda o filme a se tornar a experiência maravilhosa que é. Chamo atenção também para a excelente trilha sonora.

É o tipo do filme que a pessoa ou ama ou odeia. Fui ver com uma amiga, que perdeu o fio da meada em algum momento e detestou. Eu, por outro lado, saí do cinema completamente extasiada. É verdade que o início do filme é um tanto confuso, que são muitas informações para serem digeridas em pouco tempo: projeções, subconsciente, sonhos dentro de sonhos, labirintos, realidades criadas. Mas depois que o plano todo é arquitetado, o filme se torna brilhante. E o desfecho, o clímax da obra se dá em uma sequência eletrizante, de quase meia hora, onde é praticamente impossível sequer piscar o olho, de tão envolvente que é.

E, no meio de tanta "loucura", de tanta inovação, temas tão antigos quanto o próprio mundo são tratados ao longo do longa, na real motivação do personagem de DiCaprio de realizar o que seria o seu último trabalho: amor, família e a dificuldade de se esquecer alguém amado.

Só para concluir, acho que o Oscar é supervalorizado, mas sei que é um prêmio importante. Sei também que DiCaprio já provou ser merecedor de uma estatueta na sua estante por atuações anteriores. Mas, se ele não ganhar com essa, eu definitivamente vou achar que aquele povo lá de Hollywood não bate bem do juízo...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Livros - Coleção Becky Bloom (parte 2)


Livros
- A irmã de Becky Bloom;
- O Chá-de-bebê de Becky Bloom.

Como o post de ontem ficou enorme, vou tentar ser mais breve hoje. Em primeiro lugar, decidi separar os posts da forma como separei porque acho que o fim do terceiro livro, e o casamento de Becky e Luke representa um grande marco e uma virada na vida da personagem. Ela agora está em uma nova fase, com mais responsabilidades, com novas obrigações. Mas será que a nossa Becky vai perder um pouco do seu brilho, da sua alegria?

Bem, todos já sabem o quanto eu gosto dos livros e da personagem (se não sabem, leiam o post de ontem), por isso não vou ficar me repetindo.

No quarto volume, Becky e Luke saem em lua de mel, e passam 10 meses viajando pelo mundo. Quando decidem voltar à Inglaterra, Becky não vê a hora de reencontrar seus pais e sua melhor amiga. No reencontro com os pais, as coisas não saem exatamente como ela imaginou. Eles estão muito estranhos! E as coisas também não vão bem com Suze, que agora tem três filhos e uma nova amiga, Lulu. Para completar, Luke fica uma fera com Becky quando descobre que ela comprou dois caminhões de tralhas durante os dez meses de viagem, e impõe restrições orçamentárias a ela, que ainda está sem trabalhar e sem dinheiro.

Para completar, ela descobre a razão de seus pais estarem tão estranhos. Becky tem uma irmã, dois anos mais velha que ela, chamada Jess, por parte de pai, fruto de um relacionamento dele antes de conhecer a mãe dela. Logo ela se empolga toda, pensando que terá com a irmã o mesmo tipo de relacionamento que tem com Suze. Mas, mais uma vez, as coisas não saem como ela planejou e, acredite se puder, a irmã de Becky Bloom odeia fazer compras e é super amarrada com o seu dinheiro.

Becky passa por mal momentos nesse quarto livro, que termina com ela indo ao povoado da irmã tentar se reconciliar com ela, e ficando presa em uma montanha. Elas fazem as pazes, mas não sem antes rolar muita briga e discussão. No final, as duas promovem juntas um protesto contra o novo cliente de Luke mas, como sempre, tudo acaba bem... E Becky descobre que está grávida!

Esse é o livro que eu gosto menos de todos os cinco. Entendam, ele está longe de ser ruim, pelo contrário. Mas é que a história me empolga menos do que as outras. Acho que é por causa da personagem de Jess, de quem não gosto muito, e pela mudança de Suze, que está muito estranha e chata.

No quinto livro, Becky, mais grávida do que nunca, tem que enfrentar sua obstetra maluca. Ela é uma ex-namorada de Luke que ainda está apaixonada por ele e quer roubá-lo dela custe o que custar. A "vaca ruiva" inventa que está tendo um caso com Luke, e Becky acredita, chegando ao ponto de contratar um investigador particular para seguir o marido.

Becky, mais sentimental do que nunca por causa da gravidez, também passa por mal bocados nesse volume, imaginando o fim do seu casamento. Mas ela ainda dá um jeito de sair e comprar Londres inteira, e agora ela de fato tem motivos para fazer compras: o bebê.

O final do livro é muito bom. E, ao mesmo tempo que fiquei feliz com o desfecho à altura de Becky, fiquei também com gostinho de quero mais. E que venha o sexto livro, pois não vejo a hora de saber o que a filha de Becky Bloom irá aprontar...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Livros - Coleção Becky Bloom (parte 1)


Livros:
- Os delírios de consumo de Becky Bloom;
- Becky Bloom: delírios de consumo na 5ª Avenida;
- As listas de casamento de Becky Bloom.

Reler Becky Bloom para mim é como visitar uma velha amiga, que eu não vejo a algum tempo, mas de quem adoro ouvir as histórias. É sentar para bater um papo e relembrar os velhos tempos. E, por mais que eu já saiba as histórias que ela está contando, sempre há algum detalhe que eu não me lembro, e sempre me divirto bastante ouvindo-a.

Conheço a personagem há bastante tempo, e leio todos os livros pelo menos uma vez por ano, porque eu simplesmente adoro. Sei que é muito fácil para as mulheres, de uma forma geral, dizer que se identificam com Becky. Afinal, quem nunca teve um dia de descontrole em um shopping? Quem nunca chegou em casa apinhada de sacolas de compras e ficou pensando: "Meu Deus, o que eu fiz? Como vou pagar por tudo isso?"

Mas no meu caso as semelhanças vão um pouco além. Tenho consciência de que sou uma consumidora compulsiva, que tenho muita coisa e que adoro comprar. Algumas amigas me chamam de Becky, inclusive. Sou apaixonada por roupas, óculos, relógios, bolsas, mas tem que ser tudo de grife. Sapatos, então, são um caso a parte. Tenho um guarda-roupas só para eles...

É por isso que eu adoro ler os livros de Becky... Quando vejo todos aqueles nomes de estilistas famosos saltando das páginas, meu coração dispara. Porque a verdade é que eu entendo Becky Bloom. Eu sei o que é querer desesperadamente alguma coisa, eu sei qual é a sensação de receber uma sacola de uma vendedora e saber que todas as coisas dentro dela agora são suas, eu sei o que é atrasar o pagamento de uma conta porque simplesmente não se controlou e acabou gastando o dinheiro em uma bolsa nova... E é por isso que eu sou completamente apaixonada pelos livros, pela personagem.

Tá, mas eu não sou apenas uma consumidora compulsiva maluca... assim como também Becky não é. O que eu mais gosto nela é a sua perspicácia, a forma como ela vê as coisas, a forma como ela consegue sair das maiores confusões em que se mete...

Atualmete, a série tem cinco livros. O sexto está em fase de pré venda nas maiores livrarias online do mundo, mas não sei quando será lançado no Brasil (não vejo a hora de ler, a propósito). Hoje vou me ater aos três primeiros volumes, e amanhã comento os outros dois.

No primeiro volume, somos apresentadas à personagem e ao seu mundo. Ela é uma jornalista financeira, mas está longe de ser organizada com as suas próprias finanças. Ela mora em Londres, onde divide um apartamento com sua amiga Suze. Nesse primeiro volume, Os delírios de consumo de Becky Bloom, a personagem está endividada, e tenta dar um jeito de pagar suas dívidas. Primeiro, ela tenta ganhar na loteria (fácil, fácil...). Antes mesmo de saber se ganhou ou não, Becky gasta mentalmente todo a sua fortuna. Quando não ganha na loteria, ela tenta cortar gastos, levando uma vida frugal. É claro que é um desastre total... Uma simples ida ao museu acaba se transformando em uma tarde de compras. Por fim, ela parte para outra alternativa: ganhar mais dinheiro. Consegue um emprego como vendedora em uma loja aos sábados, mas é demitida no primeiro dia por esconder de uma cliente uma calça que ela realmente queria para ela. Depois ela tenta mudar de emprego, e se vê diante de uma sala repleto de banqueiros finlandeses (ela, naturalmente, não fala uma única palavra do idioma, apesar de ter colocado no currículo que era fluente).

Nesse meio tempo, suas dívidas só aumentam. Seu gerente do banco não a deixa em paz, e Becky acaba indo se esconder na casa dos pais. Lá, ela descobre que seus vizinhos foram lesados em um investimento e, pela primeira vez, Becky tem vontade de escrever uma matéria sobre finanças pessoais. O artigo é um sucesso, e ela é convidada para fazer um programa de televisão, em um debate contra Luke Brandon, um famoso e arrogante empresário do ramo de RP, com quem ela já havia se desentendido antes. Mas eles acabam juntos e ela ganha uma participação fixa no programa de TV.

No segundo volume, Becky Bloom: delírios de consumo na 5ª Avenida, Luke decide expandir sua empresa, abrindo uma filial em Nova York. Após um grande período de incerteza, sem saber se seu relacionamento teria algum futuro, ele a convida para ir com ela, e o casal vai passar alguns dias em Nova York, conhecendo a cidade e se adaptando à nova vida. Becky fica louca diante de tantas oportunidades, de tantas coisas bonitas e diferentes para comprar. Ela está mais descontrolada do que nunca, vivendo o que, para ela, é um sonho.

Só que uma matéria em um jornal inglês transforma o sonho em pesadelo, e o mundo da apresentadora de TV desmorona colocando em risco, inclusive, o novo negócio do namorado. Humilhada e sem nenhuma perspectiva na América, ela volta para Londres, sozinha e desolada. Lá ela descobre que a vida não está melhor. Desempregada e solteira, Becky precisa dar um jeito em sua vida. E a solução que ela encontra é simplesmente brilhante... Ela decide vender todas as suas coisas, pagar suas dívidas e se mudar sozinha para Nova York, começando uma nova carreiroa como compradora pessoal (o emprego perfeito para Becky)

No terceiro volume, As listas de casamento de Becky Bloom (meu favorito), ela e Luke estão morando em Nova York. No casamento de sua melhor amiga, Suze, nos arredores de Londres, Luke pede Becky em casamento. E ela aceita. Sua mãe, imediatamente, começa a organizar o casamento da filha. O que Becky não imaginava é que a mãe de Luke, também iria querer fazer um casamento para o filho, no Plaza, em Nova York. Becky está mais dividida do que nunca, sem saber o que fazer: ter o casamento dos sonhos no Plaza e ferir os sentimentos da mãe, ou casar em Londres e ter que pagar uma multa de cem mil dólares (dinheiro que ela não tem).

Esse livro é o meu favorito por dois motivos: primeiro porque a solução encontrada por Becky para o problema dos dois casamentos é perfeita, e é a cara dela. Depois, e principalmente, porque a personagem revela um lado mais maduro nesse volume, ao se preocupar com Luke e com os problemas dele, ao colocar as necessidades dele na frente das dela (pelo menos de alguma delas). A personagem mostra um lado mais maduro nesse livro, mais humano

Nossa, este post ficou enorme... E deu para notar que eu adoro a série de livros. Amanhã, os volumes 4 e 5: A irmã de Becky Bloom e O chá-de-bebê de Becky Bloom.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Itens comprados, itens riscados

Desde que a minha ex-colega de apartamento foi embora (o que, aliás, foi uma das melhores coisas que já me aconteceu), meu apê estava um pouco carente de móveis. Na verdade, a maioria das coisas do apartamento já era minha e venho conseguindo viver normalmente sem as poucas coisas que ela levou. A que me fazia mais falta era a mesa da sala (não que a dela fosse grande coisa, mas pelo menos eu tinha um lugar para comer civilizadamente, sem precisar me apertar na mesinha da cozinha). Mas o problema foi resolvido, pois ontem chegou a mesa que eu comprei, juntamente com a cômoda do meu quarto.

A compra desses dois itens para a minha casa faz parte da minha lista de "101 coisas para fazer em 1001 dias". Acho que a minha lista é muito pessoal, razão pela qual optei por não divulgá-la na íntegra aqui no blog. O que não me impede de comentar alguns itens mais genéricos, a medida que os for cumprindo. Então aí vai:

002. Comprar uma mesa de jantar
005. Comprar uma cômoda para o meu quarto

Cumpridos!!






segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Livros - Memória de minhas putas tristes

Fiquei muito curiosa para ler este livro. A primeira coisa que me chamou a atenção foi o título (além do autor, é claro). Depois pesquisei alguma coisa sobre ele na net e li comentários muito bons de pessoas que leram. A empolgação foi aumentando... Mas depois que li o livro, a decepção foi grande.

Sei que os livros despertam emoções diferentes nas pessoas. Eu posso gostar muito de uma obra, enquanto meu vizinho, namorado, amigo, pai ou mãe pode detestar a mesma obra. Isso é muito pessoal. Mas, ao mesmo tempo fico receosa de criticar uma obra de Gabriel Garcia Marquez. Entretanto, devo ser honesta e dizer, sem medo, que eu simplesmente não gostei do livro. Não gostei mesmo...

Em primeiro lugar, não gostei da história em si. Um homem de 90 anos que se apaixona por uma menina de 14?!?! Um tanto forçado, se querem a minha opinião sincera. Em segundo lugar, não gostei da narrativa. O livro se arrasta, é repetitivo, cansativo... Apesar de ter apenas 127 páginas, parece que tem mais de 600!!

A verdade é que o livro não me prendeu e, apesar de falar de amor – um amor não convencional, é verdade – não me marcou., não teve nenhuma relevância para mim. Sei que Garcia Marquez é um excelente escritor, mas eu esperava mais. O personagem central não é tão marcante quanto outros personagens criados pelo autor, a história é fraca. Enfim, talvez eu não tenha captado a essência da obra, talvez seja eu, ou talvez tenha sido o momento em que li. Eu não sei. Só sei que não gostei. De verdade...

domingo, 15 de agosto de 2010

Livros - O recurso


John Grisham tem um estilo muito único de escrever. É impossível não reconhecer uma de suas obras logo nas páginas iniciais. Cresci lendo os livros do autor e gosto bastante da maioria. O autor transita muito bem pelo mundo jurídico e suas ramificações, com obras sobre tribunais, júris, acordos milionários, eleições, escritórios de advocacia, grandes egos, buscas incessantes por poder e dinheiro...

O recurso não é diferente. O livro começa com um julgamento e um grande veredicto, em favor de uma viúva que perdeu o marido e o filho por causa da água de sua cidade, totalmente contaminada por uma fábrica. Um casal de advogados concordou em dar entrada no processo, arriscando suas carreiras e todo o seu futuro financeiro. Diante do veredicto de 41 milhões de dólares, eles acreditam que suas vidas estão prestes a mudar... Mas será que estão mesmo?

Do outro lado, um empresário bilionário e ganancioso, com acesso a tudo e todos que o dinheiro pode comprar, está decidido a não deixar que um único centavo do seu dinheiro vá parar nas mãos da viúva e dos seus advogados.

O livro deixa, então, os tribunais um pouco de lado, e entra em uma outra área, não menos corrupta e não menos fascinante: a política. O que é necessário fazer para ganhar uma eleição.

Golpes sujos, armações, manipulação de pessoas, coisas e fatos, tráfico de influência: tudo é válido para conseguir vencer a eleição e garantir que os interesses dos financiadores da campanha sejam preservados.

O livro não é o melhor de Grisham, mas faz uma crítica ferrenha ao sistema de eleições para magistrados americanos que, se pararmos para pensar, não diverge muito do que vemos acontecer por aí, inclusive no nosso país. E por isso ele é muito bom e vale a pena ser lido. Definitivamente recomendo.

sábado, 14 de agosto de 2010

Cinema - Salt

Salt (Salt)
Ano: 2010
Gênero: Ação
Direção: Philip Noyce
Roteiro: Kurt Wimmer
Elenco: Angelina Jolie, Liev Schreiber, Chiwetel Ejiofor, Daniel Olbrychski, August Diehl, Daniel Pearce, Hunt Block, Andre Braugher


A presença de Angelina Jolie em cena faz com que o filme se torne bom. É ela quem sustenta toda a história, toda a trama. Ela dá um show: loira, morena, série, com o seu olhar enigmático, saltando de caminhões, lutando. A atriz e o filme se confundem, e o filme não seria nada sem ela. De verdade.

Quem é Salt? Essa é a pergunta que o filme se propõe a responder. Ela cresceu na Rússia e foi treinada para viver nos Estados Unidos, como membro ativo da sociedade, até que chegue a hora de entrar em ação. Mas ela defende mesmo os interesses dos russos? Ou viver tanto tempo na América, se apaixonar e casar fez com que ela mudasse de lado?

Não consigo imaginar outro ator ou atriz no papel de Salt, que foi originalmente oferecido a Tom Cruise, que recusou. Porque, como eu disse acima, foi ela quem transformou o filme em um sucesso. Também se destacam no elenco Liev Schreiber e Chiwetel Ejiofor, que estão ambos muito bem em cena.

Da história em si, pode-se esperar o normal. Muitos tiros, reviravoltas, cenas mentirosas e um final inconclusivo, que dá margem à uma possível continuação. Esse é o formato desse tipo de filme. Mas é uma fórmula que, apesar de um pouco batida, continua dando certo, e garante boas horas de diversão...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Livros - Morte entre ruínas


Uma família bastante incomum, com uma matriarca do tipo tirana, controladora. Filhos infelizes, privados de uma vida normal, da convivência com outras pessoas. Uma viagem ao exterior. Uma morte praticamente anunciada. É claro que é um caso para Hercule Poirot.

Em comparação ao último livro de Agatha Christie que eu li, esse foi bem melhor. Tem mais ação, mais história, mais lógica, na verdade. E o final é bem mais plausível. Mas ainda assim, a leitura foi apenas boa, sem nada de excepcional.

Entretanto, uma coisa merece ser destacada no livro. Gostei bastante da forma como a autora descreveu os personagens, os cenários. Em breve lerei mais Agatha Christie, e espero que as histórias continuem melhorando.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Meus hábitos (e manias) de leitora

Vi esse post no blog da luma (www.lumakimura.net). Lá, ela indica outros blogs onde ela também viu o post e fiquei com vontade de fazer uma também. Ainda não li todos os que ela indicou, para poder criar a minha própria lista sem me deixar influenciar pelas outras, mas decidi também elencar os meus hábitos de leitora:

- Leio o mesmo livro várias e várias vezes, mas apenas se eu tiver gostado muito;

- Não me incomodo de ler na tela do computador. Na verdade, aproximadamente a metade dos livros que eu leio é em formato de e-book;

- Mesmo que eu já tenha lido o livro, se eu tiver gostado muito e achar que vale a pena, compro;

- Não gosto de audiolivros. Para mim, ouvir um audiolivro não é a mesma coisa que ler;

- Não gosto de livros na versão pocket. Tenho apenas dois. Não é nem tanto com relação ao texto, que muitos hoje em dia saem com o texto integral da obra, mas é por causa do tamanho mesmo. Comprei “O homem duplicado” de Saramago em versão pocket, mas já estou arrependida.;

- Adoro coleções de livro. E, assim como a Luma, tenho uma obsessão pelas capas. Outro dia gastei R$ 20,00 a mais em uma livraria, porque queria que o segundo e o terceiro volume da minha coleção Milenium tivessem a mesma capa que o primeiro;

- Tem alguns livros que eu leio religiosamente uma vez por ano. São eles: a coleção de Harry Potter, a coleção de Becky Bloom (aliás, estou relendo agora) e O dia do curinga, De Jostein Gaarder. E todas as vezes que meio me divirto e adoro;

- Gosto de ler deitada, com a barriga para baixo e o livro (ou notebook) na minha frente. Mas ultimamente, devido ao período eleitoral, tenho tido bastante tempo livro no trabalho, que passo lendo. Quando meu chefe não está, vou para a sala dele, sento em uma cadeira e coloco os pés em outra e leio. Quando ele está, leio sentada na minha mesa mesmo;

- Geralmente leio até dormir, e pego no sono por cima do livro ou do notebook (não sei como ainda não derrubei ou esmaguei o notebook);

- Não escrevo nos meus livros, mas sublinho as passagens que acho interessante. Uso umas canetinhas coloridas, que parecem destaca texto, com a vantagem de que não ficam claros com o passar do tempo;

- Não gosto de emprestar meus livros (assim como meu DVDS). Só empresto se for a uma pessoa de muita confiança, e com a recomendação de que é proibido riscar e dobrar páginas. Também não peço livros emprestados (a não ser aos meus pais);

- Não dobro as páginas dos livros, uso marcadores, que ganho em livrarias;

- Adoro livrarias. Como toda boa leitora, sou capaz de passar horas e horas em uma, mas não leio em livrarias. Compro muitos livros pela net (geralmente no submarino), mas compro em livrarias também.

- Adoro ganhar livros de presente. E não costumo trocar. Se a pessoa me deu, é porque acha que tem algo a ver comigo. Então leio para descobrir o que é;

- Não gosto de vender ou trocar livros. O que é meu, é meu. Só compro e compro.

- Tenho menos livros do que gostaria de ter.

- Sou capaz de ler em um local barulhento e não ouvir uma única palavra do que está sendo dito ao meu redor, fico totalmente focada na leitura.

- Prometi a mim mesma no começo do ano nunca mais abandonar um livro pela metade. Mesmo se eu não estiver gostando, vou até o fim.

- Já tentei por várias vezes fazer uma lista de todos os livros que li na vida, mas é impossível, pois esqueço vários e fico frustrada por a lista não estar completa. Apenas recentemente descobri o Skoob, mas não coloquei lá todos os livros que me lembro já ter lido. Comecei uma lista do zero, do início de 2010. Atualmente está com 34 livros lidos, com 3 releituras. Ou seja, são 31 livros lidos pela primeira vez, o que signifca que cumprirei facilmente minha meta de ler 50 livros em 2010.

- Se o livro foi adaptado para o cinema, gosto de ler o livro antes de ver o filme.

- Meus livros não tem um critério muito lógico de organização na estante do meu escritório, mas sei exatamente onde cada um deles está. Como a estante estava abarrotada, recentemente movi uma coleção de Stephen King (com 32 ou 34 livros – não lembro ao certo), para outro lugar, o que fez com que ganhasse espaço para mais alguns livros novos.

- Avião, para mim, além de ser um meio de transporte, tem outras duas utilidades: ler e dormir. Viagem de avião sem um livro, não dá...

- Não gosto de livros de autoajuda, mas em geral não tenho preconceitos com livros. Se, por algum motivo (seja o título, a capa, a informação da orelha, um comentário que li na net ou que alguém fez), eu leio;

- Sou fiel a alguns autores e estou sempre procurando novidades deles. Não tenho preconceitos com autores, com uma única exceção: Paulo Coelho. Falem o que quiserem, mas esse, eu não leio de jeito nenhum.

Acho que é isso.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

DVDS

Não foi apenas a minha coleção de livros que cresceu este mês. A de DVDS, que andava um pouco abandonada, também ganhou novos membros, que em breve serão vistos e/ou revistos e, consequentemente, comentados aqui no blog. Eis os novos "membros":



terça-feira, 10 de agosto de 2010

Livros - Marley & eu


Eu sei que esse livro foi muito criticado, que algumas pessoas falaram muito mal dele, chegando a considerá-lo, inclusive, uma categoria inferior de literatura. Mas falem o que quiser, eu não tenho como negar: adoro o livro. Adorei da primeira vez que li, dei muita risada, me emocionei, chorei de verdade... e agora, relendo, depois de algum tempo, os sentimentos foram os mesmos.

Não há como não se encantar por esse cachorro grandalhão e bobão. Não há como não dá risada com as encrencas que ele aprontou, não há como não se emocionar com o final da história, não há como não querer ter um desses em casa com você (mesmo com toda a destruição provocada por ele).

A história já foi amplamente divulgada, já virou filme (que, definitivamente, não faz jus ao livro), já foi bastante explorada. Mas o que vale a pena dizer sobre o livro é que, de forma descontraída e despretensiosa o livro diverte e narra a vida de uma família por mais de uma década, de forma sucinta, é verdade, mas de forma totalmente apaixonante.

Labrador é uma raça de cachorro muito especial. Sim, é verdade que eles comem tudo o que vêem pela frente, mas é verdade também que são extremamente leais. Além das peripécias do cão protagonista, um fator contribuiu muito para que eu me identificasse com o livro e fez com que eu adorasse lê-lo. O nome desse fator: Bella, também conhecida como o furaCÃO. É impossível não se apaixonar...







segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Livros - O morro dos ventos uivantes


Falar sobre “O morro dos ventos uivantes” definitivamente não é uma tarefa fácil. O livro é um clássico e muita gente já disse muita coisa sobre a obra. É um livro denso, uma história pesada, que retrata o amor de uma forma que foge do convencional e do tradicional final feliz.

Catherine Earnshaw e Heathcliff são os protagonistas dessa história de amor, violenta e bastante possessiva, que acaba gerando o ódio entre duas famílias vizinhas. Isso porque, a jovem Catherine de repente se vê dividida entre Heathcliff, um jovem sem passado e sem família que foi morar na mesma casa (que dá nome ao livro) ainda criança, e o belo e rico Edgar Linton, seu vizinho. Ela acaba se casando com Linton. Com o coração partido, Heathcliff foge, retornando apenas anos depois, bastante mudado e com um sentimento de vingança reinante em seu coração (se é que ele tem um).

Como parte do seu plano de vingança, Heathcliff acaba se casando com a cunhada de Catherine, Isabella, e se torna dono da casa que dá nome à história. Catherine dá à luz a sua filha com Edgar, também chamada Catherine, e morre logo em seguida. O plano de vingança de Heathcliff não lhe traz a paz que almejava, e a morte de Catherine transforma-o em um ser humano amargo e sem coração. E durante anos, ele vive atormentado pelo fantasma de Catherine.

Apesar de ser uma história de amor, esse é o sentimento que os personagens menos vivenciam nas páginas da obra. Não o amor puro, feliz, como deve ser. O amor dos personagens centrais é mascarado por sentimentos negativos, como ódio, vingança, amargura e frieza. O personagem de Heathcliff é, sem dúvida, um dos mais odiados e incompreendidos de todos os tempos.

Mas mesmo assim é um livro muito bom. Uma história envolvente, que prende e encanta desde a primeira página. A leitura não se torna enfadonha em momento algum. Cada página traz um novo detalhe que torna o livro único, em toda a sua profundidade e densidade.

Gostei bastante e, definitivamente, recomendo.

P.S. Eu sempre tive vontade de ler esse livro. E a leitura nada teve a ver com uma certa saga de vampiros bonzinhos que também li recentemente. Apesar de ter gostado do jovem casal Edward e Bella, e de aparentemente esse ser o livro favorito deles, ele já estava na minha lista de “livros a ler” há muito tempo.

domingo, 8 de agosto de 2010

Cinema - Shrek para sempre

Shrek para sempre (Skrek forever after)
Ano: 2010
Gênero: Animação
Direção: Mike Mitchell
Roteiro: Josh Klausner e Darren Lemke
Elenco (vozes): Mike Myers, Cameron Diaz, Eddie Murphy, Antonio Banderas, Julie Andrews, John Cleese.





Eu demorei para assistir ao capítulo final de Shrek. Entre uma coisa e outra, acabei adiando bastante. Mas devo dizer que a espera valeu a pena. Esse foi, sem dúvida, o melhor filme do ogro. e sua turma. É impossível não gostar de Skrek. É impossível não sair do cinema encantado com o filme. É impossível não se emocionar com o final da saga do verdão. E, se o dia como ogro selvagem serviu para ele se apaixonar novamente por Fiona (minha passagem favorita do filme), o último filme serviu, definitivamente, para nos apaixonarmos novamente por ele...

O filme, além de divertir, passa uma mensagem bonita e importante, tanto para adultos como para crianças. Trata de temas como família, rotina, valorizar as pequenas coisas do dia a dia. E sem se tornar chato.

O final emocionou toda a platéia. Os comentários de satisfação eram gerais na saída da sessão. O visual do filme continua imaculado e a trilha sonora, perfeita como nos demais filmes. O burro e o gato dão um show à parte, mas a personagem que mais se destaca no capítulo final da saga é, sem dúvida, Fiona.

Excelente diversão, que com certeza vale a pena.


sábado, 7 de agosto de 2010

Livros - A terceira moça


Fazia muito tempo que eu não lia Agatha Christie. Desde a minha adolescência. Mas me lembro perfeitamente que sempre gostei bastante dos livros da autora. Talvez algo tenha mudado em mim desde aquela época, ou talvez deva ter sido apenas porque eu não escolhi um título bom da escritora, mas o fato é que a leitura não me agradou tanto quanto costumava agradar.

Em "A terceira moça", Poirot recebe uma visita de uma jovem que acredita que possa ter cometido um assassinato. Exatamente. Ela não tem certeza. Mas não confia no detetive o suficiente para lhe contar o que aconteceu, e vai embora de sua casa sem nada dizer de mais concreto, o que instiga a curiosidade de Poirot.

Ele começa, então, uma investigação. Dá um jeito de se aproximar da família da moça, e acaba sendo contratado pelo seu pai para descobrir o que aconteceu com ela, que supostamente está desaparecida. Só que, na verdade, a moça está internada em uma clínica de repouso, sob a orientação do próprio Poirot. O que ele quer, na verdade, é uma oportunidade de investigar o suposto crime que a moça acha que cometeu.

O problema é que a história demora para engrenar. Durante a maior parte do livro, nada acontece, e só o que surgem são questionamentos e mais questionamentos. E quando o desfecho é finalmente revelado, ele não faz o menor sentido. A conclusão é um tanto forçada, e eu fiquei com uma sensação de que poderia ter sido bem melhor, mais bem resolvido.

A leitura, para mim, foi apenas razoável. Mas pretendo continuar lendo mais da autora. Aliás, estou lendo outro livro dela atualmente, e estou gostando mais da história. Em breve, mais resenhas de Agatha Christie.