sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Cinema - A origem

A origem (Inception)
Ano: 2010
Gênero: Ficção científica
Direção: Christopher Nolan
Roteiro:Christopher Nolan
Elenco: Leonardo DiCaprio, Marion Cotillard, Joseph Gordon-Levitt, Ellen Page, Ken Watanabe, Cilian Murphy, Tom Berenger, Michael Caine.



Fazia muito tempo que eu não saia de uma sala de cinema em êxtase. E tenho que dizer que saí assim de A origem, disparado o melhor filme do ano, para mim, e um dos melhores que já vi na vida. Nunca imaginei que a mente humana poderia bolar um roteiro tão denso e criativo como o desse longa. É claro que não se pode deixar de lado que essa mente é a de Christopher Nolan, que vem nos brindando, nos últimos tempos, com excelentes filmes, como Amnésia, Insônia e O grande truque. Mas nenhum desses se compara a A origem.

Há pouco tempo eu chamei a atenção, em um post, para Leonardo DiCaprio, que deixou de ser apenas aquele rostinho bonito de Titanic para se transformar em um dos melhores atores da atualidade, adquirindo o respeito dos críticos mais ferrenhos, da mídia e, o mais importante, de fãs do cinema ao redor do mundo. E nesse filme ele comprova a sua qualidade como ator. Se alguém ainda duvida da capacidade de atuação do rapaz, assista Ilha do medo e em seguida A origem. Todas as suas dúvidas serão dirimidas.

Mas não é só ele no elenco que se destaca. Aliás, todo o elenco é bastante consistente e ajuda o filme a se tornar a experiência maravilhosa que é. Chamo atenção também para a excelente trilha sonora.

É o tipo do filme que a pessoa ou ama ou odeia. Fui ver com uma amiga, que perdeu o fio da meada em algum momento e detestou. Eu, por outro lado, saí do cinema completamente extasiada. É verdade que o início do filme é um tanto confuso, que são muitas informações para serem digeridas em pouco tempo: projeções, subconsciente, sonhos dentro de sonhos, labirintos, realidades criadas. Mas depois que o plano todo é arquitetado, o filme se torna brilhante. E o desfecho, o clímax da obra se dá em uma sequência eletrizante, de quase meia hora, onde é praticamente impossível sequer piscar o olho, de tão envolvente que é.

E, no meio de tanta "loucura", de tanta inovação, temas tão antigos quanto o próprio mundo são tratados ao longo do longa, na real motivação do personagem de DiCaprio de realizar o que seria o seu último trabalho: amor, família e a dificuldade de se esquecer alguém amado.

Só para concluir, acho que o Oscar é supervalorizado, mas sei que é um prêmio importante. Sei também que DiCaprio já provou ser merecedor de uma estatueta na sua estante por atuações anteriores. Mas, se ele não ganhar com essa, eu definitivamente vou achar que aquele povo lá de Hollywood não bate bem do juízo...

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