domingo, 13 de junho de 2010

Livros - Os homens que não amavam as mulheres

"Primeiro volume de trilogia cult de mistério que se tornou fenômeno mundial de vendas, Os homens que não amavam as mulheres traz uma dupla irresistível de protagonistas-detetives: o jornalista Mikael Blomkvist e a genial e perturbada hacker Lisbeth Salander. Juntos eles desvelam uma trama verdadeiramente escabrosa envolvendo a elite sueca.

Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou.

Quase quarenta anos depois o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção para a Millennium e provas contra Wennerström, se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet. Mikael descobre que suas inquirições não são bem-vindas pela família Vanger. E que muitos querem vê-lo pelas costas. De preferência, morto. Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados - de preferência, os mais sórdidos -, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois.... até um momento presente, desconfortavelmente presente”. (Resenha retirada do skoob)


Fazia muito tempo que um livro não me empolgava tanto, não conseguia me prender tanto e me deixar com vontade de quero mais (ainda bem que tem mais dois do mesmo autor e com os mesmos personagens). E por falar em personagens, a dupla de protagonistas é, sem dúvida, um dos pontos fortes do livro, uma vez que são tão bem desenvolvidos, tão bem detalhados que chegam a parecer reais. E o melhor de tudo, fogem do comum.

A trama também é muito bem estruturada. Além do tema central, do possível assassinato de Harriet Vanger, o livro consegue passear por temas complexos, como política, religião, ética no jornalismo, processos judiciais, crise financeira e abuso sexual, dentre outros, sem se tornar chato em uma única página.

O livro foge do comum, daí ser, em minha opinião, a principal razão do seu sucesso. Os personagens centrais, principalmente Lisbeth, estão longe de ser o esperado de uma protagonista de um Best-seller. E é exatamente isso que faz dela uma personagem extremamente singular.

Eu fico até meio sem saber o que dizer do livro sem me tornar chata ou prolixa. A verdade é que eu adorei. Tinha momentos em que eu não conseguia parar de ler, mesmo com sono, cansada. A minha intenção era emendar e começar a ler logo o segundo volume, mas por causa do lançamento do filme Eclipse, acabei me rendendo à saga Crepúsculo (desafio, ler três livros e ver dois filmes em menos de um mês). Mas depois certamente voltarei para os livros de Larsson, pois me identifiquei bastante com o estilo do autor.

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